O governo Temer tem ajudado a pavimentar o caminho para Bolsonaro. Por Leonardo Sakamoto

No blog do Sakamoto

É curioso verificar que o governo Temer fortaleceu a musculatura da candidatura de Jair Bolsonaro involuntariamente.

Para chegar ao poder, o presidente teve que fechar acordos com parte do poder econômico e da velha política, com a promessa de apoio a mudanças legais, perdões de dívidas bilionários e redução de impostos, entre outros benefícios. (mais…)

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1968, revoltas no Brasil e no mundo: a barricada fecha a rua, mas abre caminhos

Jean Tible*

A barricada fecha a rua, mas abre caminhos.
Uma das frases símbolos dos muros de Paris em maio de 1968.
68, uma revolução mundial.
Um vírus da desobediência contagiou todo o planeta: Paris, Senegal, Japão, Vietnã, Cidade do México, Praga, Estados Unidos, Palestina, dentre outros pedaços.
Uma explosão de vida. A palavra-chave: experimentação. Novos desejos, aspirações e conexões brotam e desabrocham em todos os cantos do mundo. Um novo espírito do tempo, tempo do mundo. (mais…)

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Kroton: ‘Em termos de educação pública nunca experimentamos um inimigo com uma força social tão concentrada como esse’

A Kroton Educacional, maior empresa de educação do mundo, vai se tornar ainda maior. Na última terça-feira (24) saiu o anúncio de que a companhia assumiu o controle da Somos Educação – dona do sistema de ensino Anglo e de editoras como a Ática e Scipione, grandes produtoras de material didático. A compra, no valor de R$ 4,6 bilhões, ainda está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que regula a concorrência. É a segunda aquisição da Kroton – que controla grande parte do mercado privado de educação superior no país, com 877 mil matrículas em um universo de 6 milhões de vagas – na educação básica em menos de um mês. (mais…)

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Perfil de Mídia Comunitária: Fala Manguinhos!

por Steffi Be, em RioOnWatch

Faz quatro anos que a Agência de Comunicação Comunitária Fala Manguinhos! atua como um alto-falante para que as vozes do Complexo de Manguinhos sejam ouvidas–dentro e fora da favela. Edilano Cavalcante, o coordenador da iniciativa, que participou desde o início nela, sempre enfatiza esse imagem do alto-falante que ilustra o chamado do Grupo de Comunicação dessa mídia comunitária: “A comunidade vê que ela tem voz! Fala Manguinhos!, é o alto-falante”. (mais…)

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Reforma trabalhista: o pior ainda está por vir

Precarização do trabalho, salários menores, insegurança e até doenças psicossociais. Em entrevista à Fórum, o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, explicou como a reforma trabalhista começará a dar seus sinais em um futuro já certo de profundas transformações no mundo do trabalho

Por Ivan Longo, em Revista Fórum

O golpe que culminou no impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff não veio à toa. Ele foi articulado entre setores das elites brasileiras e um deles, o empresarial, exigiu uma “flexibilização” das leis do trabalho e Michel Temer, assim que assumiu a presidência, colocou o assunto em discussão. Maquiando com adjetivos como “modernização” da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e prometendo que a medida geraria mais empregos, o emedebista encabeçou a pauta no Congresso e, finalmente, sancionou a reforma trabalhista em novembro do ano passado. (mais…)

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Num Brasil de duas Constituições concomitantes, a democracia é incompleta. Entrevista especial com Fábio Konder Comparato

por João Vitor Santos, em IHU On-Line

Desde 1824, pouco depois que se instaura a independência do Brasil, o país passa a ser regido por duas Constituições e isso atravessa toda a monarquia e os períodos de regime republicano, chegando aos dias de hoje. É o que acredita o jurista Fábio Konder Comparato. Para ele, essa é a razão pela qual até hoje se vive uma espécie de arranjo democrático. “Nunca fomos uma autêntica democracia, no sentido original da palavra na língua de Homero, porque entre nós o poder supremo, ou seja, a soberania jamais pertenceu ao povo (demos)”, destaca. Ou seja, sempre tivemos uma Constituição, por vezes muito bem-acabada, enquanto peça legal, e outra, como um código velado, que de fato funcionava na prática. É o que chama de a Constituição“oficial” e a “subliminar”. A segunda sempre esteve focada na manutenção dos poderes de uma elite que até mesmo usava da própria “constituição oficial” para assegurar sua dominação. “Até mesmo durante os regimes autoritários ou ditatoriais, fizemos questão de promulgar uma Constituição. Assim foi em 10 de novembro de 1937 para justificar a instituição do Estado Novo getulista, e em 24 de janeiro de 1967 em pleno regime militar”, acrescenta. (mais…)

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