por Maurício Angelo, em Miniver
Dois anos e meio ou quase 1.000 dias depois do maior crime ambiental da história do Brasil e um dos maiores do mundo, depois de adiar por cinco vezes o cumprimento do acordo, a notícia veio sem pegar ninguém exatamente de surpresa: a ação civil pública do MPF que pedia R$ 155 bilhões de reparação foi “suspensa”, a outra ação do governo federal que pedia R$ 20 bilhões foi extinta e um novo “Termo de Ajustamento de Conduta” foi assinado. Com o ar de normalidade aparente que a justiça – o terror de classe organizado – sempre tem, o discurso agora é que os atingidos terão “mais participação” nas decisões, espremidos em um conselho das empresas e de consultorias em que são minoria. 1.000 dias depois. Matar 19 pessoas, poluir mais de 600 km de rio, o Complexo de Abrolhos e o Oceano Atlântico e atingir diretamente a vida de milhões de pessoas parece não ser suficiente. (mais…)