Racismo Reverso: a dissimulação do discurso

Por Monique Rodrigues do Prado*, em Alma Preta

Na realidade brasileira, as cotas raciais sempre foram em favor da branquitude. O Estado Brasileiro garantiu que negros não entrassem na escola (Constituição de 1824); não tivessem acesso à terra (Lei de Terras 1850, n 601) e que, mesmo depois da “abolição” a distribuição das terras fossem endereçadas aos imigrantes europeus (Decreto 528 de 1890). Ou seja, além de colonizadores, foram também historicamente os cotistas e favorecidos pela lei nacional.

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Defensoria entra com petição contra Defensoria a favor de cotas raciais na Magazine Luiza

Petição de grupo de trabalho da Defensoria Pública da União pede que Educafro e Movimento Negro Unificado sejam inseridos em ação que busca multar empresa em R$ 10 mihões por combater o racismo

por Jessica Santos, A Ponte

No fim da tarde desta quinta-feira (8/10), a DPU (Defensoria Pública da União) entrou com uma petição contra a própria DPU no caso do programa de ações afirmativas da Magazine Luiza. Após repercussão da ACP (Ação Civil Pública), de autoria do defensor Jovino Bento Junior, um grupo de 13 defensores públicos, ligados ao GT de Políticas Étnico Raciais e a Defensoria Regional de Direitos Humanos da DPU entraram com uma petição como amigos da corte (amicus curiae) para se colocar contrários a atuação de seu colega.

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Contra fraudes em cotas, MPF cobra que UFPA e IFPA criem comissões de verificação da autodeclaração racial

Por todo o país, MPF tem recebido denúncias sobre ocupação ilegal de vagas de cotistas por não-negros e não-indígenas

Ministério Público Federal no Pará

O Ministério Público Federal (MPF) enviou, nesta terça-feira (8), recomendações à Universidade Federal do Pará (UFPA) e ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA) para alertar sobre a necessidade de criação de Comissões Especiais de Verificação da Autodeclaração Étnico-Racial nos processos seletivos de alunos.

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Universidade de Brasília expulsa 15 alunos por fraudar cotas raciais

Outros tiveram seus diplomas ou créditos cassados; medida é considerada histórica

Por Nayá Tawane, no Brasil de Fato

Em uma ação histórica, a Universidade de Brasília (UnB) expulsou 15 estudantes por fraudes em cotas raciais. A reitoria da UnB afirmou que as investigações, que atingiram outras dez pessoas, começaram a partir de uma denúncia do movimento negro em 2017.

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As políticas da desigualdade racial no Brasil: uma república erguida com cotas para os brancos

Nunca houve nada de propositivo na história da República brasileira visando a melhoria das condições de vida da população negra. Muito pelo contrário, o que se constata é a construção ativa de inúmeras políticas afirmativas para brancos, com cotas para imigração, trabalho, terras e crédito.

Por Leonardo Fabri, no Blog da Boitempo

No debate público acerca das relações étnico-raciais no Brasil, especialmente no que tange à assimetria existente entre brancos e negros na sociedade, é muito recorrente a ideia de que os quase quatro séculos de escravidão negra seriam o fator nevrálgico para o “estado da arte” da atual desigualdade racial brasileira. No entanto, essa formulação ignora as inúmeras políticas públicas postas em ação, antes e depois da abolição de 1888, responsáveis pela consolidação de nossa demografia racial e a materialidade do racismo. Sem contar a eficácia de “jogar” para um passado longínquo as causas e os proponentes dessa desigualdade, interditando ações concretas para a superação dessa realidade.

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‘Advocacia da União quer esvaziar significado do feriado da consciência negra’

Para Douglas Belchior, data é reflexão sobre exploração, opressão e ódio mesmo após a abolição. “Povo negro ainda não alcançou a condição de cidadão”

por Cida de Oliveira, da RBA

São Paulo – O parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) contrário à lei municipal que criou o feriado da consciência negra na cidade de São Paulo é racista, na opinião do professor Douglas Belchior. Integrante do movimento negro Uneafro Brasil e da Coalizão Negra por Direitos,  Belchior considera o posicionamento do órgão como parcial, político, alinhado e orientado pelo governo de Jair Bolsonaro.

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PFDC solicita ao governo diagnóstico sobre cotas raciais no ensino superior e estratégias para enfrentamento ao racismo

Medida busca subsidiar análise acerca dessa política pública. A Lei 12.711 determina que, até 2022, seja promovida a revisão do programa

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal, solicitou à Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, informações sobre o acompanhamento feito pelo órgão quanto à execução da política afirmativa de cotas raciais para acesso ao ensino superior. 

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