Como evitar uma crise de opioides no Brasil

Pesquisador explica por que o consumo irrefreado de substâncias como o fentanil ainda não se espalhou no país. Mas alerta: a falta de testes pode estar nos deixando no escuro – e qualificar os profissionais de saúde será crucial para evitar tragédias

por Gabriela Leite, Outra Saúde

Desde ao menos 2014, os Estados Unidos vêm registrando recordes de mortes por overdose causadas pelo consumo de opioides – principalmente o fentanil. Trata-se de uma medicação contra a dor extremamente potente que, utilizada com outras drogas, também serve como forte anestésico. É feita para o uso restrito aos hospitais, pois produz depressão respiratória aguda. (mais…)

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O que Zanin deveria saber sobre a maconha

Legalização não aumenta o consumo ou os casos de adição. Já a política atual, além de injusta e discriminatória, impede acesso à Saúde e aumenta o encarceramento fútil. Infelizmente, ignorância não é só de Zanin. Está disseminada no Judiciário

por Glauco Faria, em Outras Palavras

Na quinta-feira (24), o Supremo Tribunal Federal (STF) deu sequência ao julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 635659, que trata da descriminalização do porte de drogas para consumo próprio. Após um ajuste do voto do relator, ministro Gilmar Mendes, que antes havia se manifestado por descriminalizar o porte para consumo próprio de todas as drogas e agora o restringiu à maconha, o ministro Cristiano Zanin proferiu o primeiro voto contrário à inconstitucionalidade alegada na ação. (mais…)

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O assassinato no Equador e a farsa da guerra às drogas

Insistência no proibicionismo e mudança na geopolítica do tráfico colocaram país no centro das rotas internacionais. E a resposta – encarceramento em massa – jogou gasolina à fogueira. América Latina continua a repetir os erros de sempre

por Glauco Faria, em Outras Palavras

Nesta quarta-feira (9), o candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio, de 59 anos, foi assassinado na capital do país, Quito, após sair de um compromisso eleitoral. Ele disputava uma vaga em um possível segundo turno na corrida eleitoral, de acordo com as pesquisas mais recentes, e sua campanha havia informado à mídia, em 4 de agosto, que o presidenciável continuaria viajando pelo país, mesmo diante de ameaças de morte que teria recebido de “grupos criminosos”. (mais…)

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Carta aberta ao ministro Flávio Dino. Por Luiz Eduardo Soares

Diante das novas brutalidades da polícia contra negros e pobres, em três estados, tomo a liberdade de compartilhar algumas observações e propostas. Ao longo de décadas, acumulei mais derrotas que vitórias. Por isso mesmo, me permito algumas ponderações

Por Luiz Eduardo Soares, na RED

Nem quando, em 1999, ouvi no rádio do carro a notícia de minha morte, nem quando, ainda garoto, ao lado de meu pai, escutei no radinho de pilha a leitura do Ato Institucional número 5, em 13 de dezembro de 1968 -eu ainda não atinava completamente seu alcance devastador-, nem mesmo quando, em 17 de março de 2000, soube pela TV que havia sido exonerado da subsecretaria de segurança do estado do Rio, o que me levaria a fugir com a família para o exílio. Nada disso. O momento mais marcante eu vivi, às 18:44 do dia 30 de outubro de 2022, assistindo à edição especial do Foro de Teresina: as curvas se encontraram, as linhas se cruzaram e o destino do Brasil começava a apontar na direção da vitória sobre o fascismo. Lula ultrapassava Bolsonaro na contagem de votos. Viramos! A comoção que tomou conta da sala, nos abraços enxarcados, nas interjeições embargadas, na alegria feroz e contagiante, nada tinha de ingenuidade quanto aos limites do que seria sensato esperar. Aquilo era nosso culto, o exorcismo em gritos e pranto da abjeção inominável que o bolsonarismo representava. Era nossa forma de louvar a vida, com seus riscos e contradições. O voto do povo trabalhador mais espoliado rasgava o capuz que nos asfixiava. O futuro se abria diante de nós. (mais…)

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“A Cracolândia é resultado do próprio projeto de cidade”, diz pesquisador

Para Aluízio Marino, do LabCidade, dados mostram que ações policiais não reduziram fluxo nem trouxeram mais segurança

Por Bianca Muniz, Bruno Fonseca, Matheus Santino, em Agência Pública

As operações policiais realizadas neste ano na região da Cracolândia, no Centro da cidade de São Paulo, não têm surtido efeito, nem diminuído a quantidade de pessoas que frequentam a cena de uso de drogas. É o que afirma o bacharel em políticas públicas Aluízio Marino, um dos coordenadores do LabCidade, laboratório de pesquisa e extensão da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP). (mais…)

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“Narcoecologia”: ONU aponta relação entre tráfico de drogas e desmatamento na Amazônia

ClimaInfo

O geógrafo Aiala Colares Couto, professor da Universidade do Estado do Pará (UEPA) e integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, chamou de “narcoecologia” a conexão entre tráfico de drogas e crimes ambientais na Amazônia, como desmatamento, grilagem, garimpo em Terras Indígenas e extração ilegal de madeira. Em sua análise, o avanço de grandes facções criminosas alimenta ilegalidades ambientais no território amazônico. (mais…)

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