‘Neo-pistolagem’: facções criminosas ocupam comunidades indígenas e quilombolas na Amazônia

Autoridades federais e estaduais apontaram presença de criminosos em comunidades. Objetivo, entre outros, é se esconder, praticar crimes ambientais e ficar perto de rotas internacionais de tráfico de drogas.

Por Clara Velasco, g1

Integrantes de facções criminosas estão dominando comunidades e territórios quilombolas e indígenas na região da Amazônia para se esconder, explorar a mão-de-obra local, evitar fiscalizações, praticar crimes ambientais e dominar a rota do tráfico internacional de drogas —um fenômeno que um integrante da Abin definiu como “neo-pistolagem”. (mais…)

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Família dona do avião com maconha tem história de grilagem e assassinato de sem-terra

Marcos Bengtson, administrador de serviços na Igreja do Evangelho Quadrangular, responde em liberdade a processo por morte de camponês; o pai Josué, tio da senadora Damares Alves, perdeu o mandato em 2018 por enriquecimento ilícito na ‘máfia das ambulâncias’

Por Nanci Pittelkow, em De Olho nos Ruralistas

A Polícia Federal apreendeu no sábado (27) um avião carregado com 290 quilos de skunk, um tipo de maconha concentrada, no Aeroporto Internacional de Belém. Um homem foi preso em flagrante e teve o celular apreendido. A droga ocupava todo o espaço da aeronave, fora os assentos para um passageiro e o piloto. O avião, que estava em um hangar de voos particulares, pertence à Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), que fundada e liderada por um tio da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), Josué Bengtson. (mais…)

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‘Narcogarimpo’ desafia o governo no território Yanomami

Em uma semana, ao menos 14 pessoas, uma delas do PCC, foram assassinadas dentro da terra indígena. A facção mandou um ‘salve’ em que coloca policiais e servidores na mira

por RAFAEL MORO MARTINS e ANA MAGALHÃES, em Sumaúma

Os anos de abandono governamental do território Yanomami transformaram a maior terra indígena do Brasil em um campo minado que já começa a explodir. O preço do ouro e a ausência de fiscalização dentro da área, que fica na fronteira com a Venezuela, posição estratégica para o narcotráfico, atraíram membros de facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC) para o garimpo. Os integrantes do grupo criminoso, que resistem a abandonar seu novo negócio lucrativo, têm atirado contra agentes de segurança e aldeias indígenas. Apenas em uma semana, entre o final de abril e o início de maio, 14 pessoas foram assassinadas no território – entre elas um indígena. O conflito pode se acirrar ainda mais diante da promessa do PCC de retaliar a morte de um dos seus membros durante uma operação policial no fim de abril. (mais…)

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Nova política antidrogas inclui proteção e acesso a direitos da mulher

Ministros defendem tratamento sério, e não hipócrita, da questão

Por Pedro Peduzzi, na Agência Brasil

As políticas estratégicas relativas a usuários de drogas terão um olhar diferenciado do governo brasileiro. A ideia é tratar o tema de forma científica, sem preconceitos, nem hipocrisia. Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, as políticas carregarão um “olhar para os excluídos”. E, a partir desse olhar, será necessário que as autoridades tenham coragem para pautar temas e humildade para ouvir” aqueles que, de fato, têm expertise sobre o tema. (mais…)

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O problema das drogas x O problema da guerra contra “as drogas” na perspectiva da saúde pública. Por Paulo Fleury Teixeira*

Autor convidado, analisa número de mortes decorrentes do uso de drogas e da guerra “contra elas”, no Brasil. Extermínio causado pela suposta tentativa de combatê-las é desproporcionalmente maior – e suas consequências ampliam a tragédia

em Outra Saúde

A ideologia e as políticas antidrogas produzem uma série de abusos e absurdos que não poderiam ser aceitos de modo algum, em qualquer nível de vida civilizada. Mas, em função da “guerra às drogas”, eles são não apenas aceitos, como também difundidos e promovidos. (mais…)

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DPU cobra criação de gabinete de crise em Atalaia do Norte e presença de indígenas nas buscas

Manaus – A Defensoria Pública da União (DPU) pediu a criação de um gabinete de crise para articulação dos atores governamentais envolvidos nas buscas pelo indigenista Bruno da Cunha Araújo Pereira e pelo jornalista britânico Dom Philips. A sala de situação deve ser instaurada em Atalaia do Norte (AM), que concentra os trabalhos de busca dos dois desaparecidos desde o último domingo (5).

A solicitação está em ofício encaminhado para a Polícia Federal nesta sexta-feira (10). A sala de situação, de acordo com a DPU, deve reunir os órgãos, no mínimo, uma vez por dia, com o objetivo de informar como foram as buscas e alinhar estratégias de atuação. Devem estar presentes:

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STF – Barroso dá cinco dias para que União informe todas as providências e resultados da busca pelo indigenista e jornalista desaparecidos na Amazônia

Apesar dos relatos de que já estão sendo adotadas providências em âmbito local, o ministro explicou que sua atuação atende a pedido e visa resguardar os direitos à vida e à saúde dos envolvidos.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a União adote, imediatamente, todas as providências necessárias à localização do indigenista Bruno da Cunha Araújo Pereira, servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), e do jornalista britânico Dom Phillips, colaborador do jornal The Guardian, utilizando todos os meios e forças cabíveis. A decisão atendeu a um pedido formulado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 709.

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