Tirar o combate à fome do arcabouço e seu cabresto

Bolsa Família, PAA e PNAE dão corpo ao compromisso de Lula com a alimentação saudável no prato do brasileiro. Levam dinheiro à agricultura familiar e ao andar de baixo da sociedade. Não podem ser limitados por nova tranca fiscal

por André Cardoso, Juliane Furno, Luís Fernandes, Iriana Cadó e Pedro Faria, em Outras Palavras

O programa político eleito nas urnas em 2022 e que sustenta o governo do presidente Lula tem o combate à fome no seu centro. Para o campo popular, o Novo Arcabouço Fiscal anunciado pelo governo, apesar de solucionar os problemas mais graves criados pelo Teto de Gasto, limita excessivamente o espaço de implementação do programa popular e de sua pauta mais importante, o combate à fome. Em 2022, o Segundo Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19 no Brasil apontou que 33,1 milhões de pessoas não têm garantido o que comer — o que representa 14 milhões de novos brasileiros em situação de fome em relação ao período pré- pandemia. Conforme o estudo, 58,7% da população brasileira convive com a insegurança alimentar em algum grau: leve, moderado ou grave. (mais…)

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Governo Bolsonaro comprou 19 toneladas de bisteca para indígenas que nunca foram entregues

ClimaInfo

A notícia é absurda até para os padrões da insanidade absurda que marcou a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas é uma verdade triste e revoltante. O Estadão revelou que o antigo governo chegou a comprar 19 toneladas de bisteca para compor cestas básicas que seriam destinadas às comunidades indígenas do Vale do Javari, mas nem um grama sequer de carne chegou a elas. (mais…)

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Operação em território Yanomami completa três meses com melhorias na saúde

Inauguração do Centro de Referência em Saúde Indígena e cerca de 5,3 mil atendimentos emergenciais estão entre as principais ações

Por Maíra Elluké, Ministério da Saúde

A Missão Yanomami completou três meses de atuação, nesta sexta-feira (21), com a inauguração do Centro de Referência em Saúde Indígena do polo base de Surucucu. A unidade vai ampliar o atendimento de urgência e emergência aos indígenas no território. Coordenada pelo Ministério da Saúde, por meio do Centro de Operações de Emergência Yanomami (COE-Y), a operação já registrou mais de 5,3 mil atendimentos, entre a Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai), os polos base no território, o Hospital de Campanha das Forças Armadas e o hospital Geral de Boa Vista. Somente na Casai, dos 1.049 atendimentos realizados, houve um total de 764 altas e, dessas, 50,4% são crianças indígenas de até 14 anos. Neste mesmo período também foram entregues mais de 18 mil cestas básicas, totalizando 3.022 quilos de alimentos. (mais…)

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Caminhos para a superação da fome

“O primeiro caminho para superar a fome passa pela Reforma Agrária Popular”

Por Paulo Romário de Lima e Larissa de Padilha Brito*, em Brasil de Fato / MST

Esse texto se coloca como uma convocação para pensar a fome enquanto um problema coletivo, busca dialogar e abrir o debate durante o abril vermelho, dando importância para o tema da Reforma Agrária Popular e superação da fome. O texto procura também apresentar a centralidade da juventude camponesa na construção de uma Reforma Agrária capaz de superar a fome. (mais…)

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Sem mudanças, Bolsa Família pode agravar a fome dos Yanomami

O governo Lula quer ampliar o cadastro na terra indígena, mas é preciso adaptar o programa de transferência de renda às realidades dos diferentes povos para que não se torne mais um vetor de violências

por MARCELO MOURA, em Sumaúma

O rio Demini percorre a porção central da Terra Indígena Yanomami. Nasce ao pé das montanhas que se erguem perto da fronteira do Brasil com a Venezuela. E desce vagaroso, curvando-se para contornar as serras do Aracá até desaguar no rio Negro, próximo à cidade de Barcelos, no Amazonas. Suas curvas e corredeiras compõem o caminho dos Yanomami que viajam para a cidade para acessar os programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. É na calha do Demini que fica a comunidade Maxokapiu, onde pude conviver com os Yanomami ao longo de muitos meses, em diversas viagens de 2018 até hoje, e observar de perto o progressivo impacto do Bolsa Família e de outras iniciativas governamentais no chão da floresta. Na contramão dos bons resultados de programas de transferência de renda em diferentes regiões do país, da forma como foi pensado e como de fato chega aos Yanomami e a muitos outros povos indígenas no Brasil, o Bolsa Família pode criar mais problemas do que soluções. (mais…)

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Fome no Brasil não é conjuntural, pontual, transitória ou atípica; é estrutural. Entrevista especial com José Raimundo Sousa Ribeiro Junior

“Quanto mais restritiva é a definição de fome, menores são os números, menor é a quantidade de pessoas consideradas famintas. Precisamos ter isso em mente porque, à medida que os dados são lançados, muitas vezes eles carregam consigo uma aparência de objetividade e até mesmo de neutralidade que oculta as posições teóricas e políticas que estão por trás da sua formulação”, alerta o geógrafo

Por: Patricia Fachin, em IHU

A busca por compreender o fenômeno da fome em sua complexidade, a partir da análise dos dados, mas também do cotidiano real das famílias, permite observar que este não é um problema “conjuntural, pontual, transitório ou atípico” na sociedade brasileira, mas algo presente e contínuo, um fenômeno estrutural. Ter clareza sobre esta realidade permite “entender qual é a magnitude do problema e, portanto, quais são as possibilidades de superá-lo”, disse José Raimundo Sousa Ribeiro Junior na videoconferência intitulada “O panorama da fome no Brasil e as possibilidades da sua superação”, ministrada em 16-03-2023 no Instituto Humanitas Unisinos – IHU. (mais…)

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CPT anuncia série sobre experiências camponesas por um Brasil sem fome e com justiça social

Em sintonia com a Campanha da Fraternidade 2023, série divulgará ações camponesas no combate à fome a partir da agroecologia e cuidado com a casa comum

Assessoria de Comunicação da CPT

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) anuncia, neste domingo (19), a abertura da série “Fraternidade sem fome – Pão na mesa e justiça social”. De março até dezembro, a Pastoral divulgará periodicamente em seus meios de comunicação experiências de povos e comunidades camponesas de todo o país, as quais revelam que o combate à fome passa pela Reforma Agrária, pela demarcação de territórios tradicionais e pela valorização da agricultura camponesa. A iniciativa é inspirada no tema da Campanha da Fraternidade de 2023 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB): “Fraternidade e fome”, e no seu lema: “Dai-lhes vós mesmos de comer (Mt 14.16)”. (mais…)

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