Nuvens sobre a Lava Jato. Por Marcelo Semer

Na Revista Cult

Ao completar seis anos, a Operação Lava Jato vive os seus dias mais delicados. Há uma profusão de dúvidas e irregularidades que pairam sobre o seu horizonte.

Bruno Dantas, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), quer apurar se houve emprego ilícito de gravações não autorizadas pelos membros da operação. Quatro ocupantes da força-tarefa se desligaram após uma visita de inspeção da Procuradoria Geral da República (PGR), que não admite mais a existência de um “corpo isolado” na instituição. Deltan Dallagnol está na iminência de ser novamente julgado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), pelos excessos midiáticos na apresentação da acusação contra Lula. Denúncia do site Poder 360 informa que sobrenomes dos presidentes de Câmara e Senado foram suprimidos de investigação sobre doações ilegais, de modo a evitar o foro privilegiado que a deslocaria para o Supremo Tribunal Federal (STF) – Maia estava identificado como Rodrigo Felinto e Alcolumbre como Davi Samuel. Por fim, mas não menos grave, veio à tona reportagem da Agência Pública, com dados obtidos pelo Intercept Brasil, desvelando uma relação não informada com agente do FBI.

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Investigada por fake news, Kicis contratou serviços de mídias sociais de apoiadores do governo

Militante do movimento Nas Ruas, marqueteiro do Aliança pelo Brasil e suplente de vereador pró-Bolsonaro estão entre os que receberam R$ 24,4 mil de verba parlamentar, de acordo com as notas fiscais obtidas pela Pública

Por Alice Maciel, Ethel Rudnitzki, Agência Pública

Em março e abril, três empresas recém-fundadas foram contratadas pela deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), em Brasília, para cuidar de suas redes sociais. As três foram abertas tendo como primeira cliente a deputada federal, alvo do inquérito sobre as fake news no Supremo Tribunal Federal (STF). Nesse período, como apurou a reportagem, Kicis disseminou, em suas redes sociais, notícias comprovadamente falsas e/ou distorcidas sobre o combate ao coronavírus e contra adversários políticos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), participando ainda da convocação de pessoas para as manifestações antidemocráticas e anti-isolamento social, investigadas pelo STF desde abril. Os serviços dessas empresas são pagos com verba parlamentar, ou seja, com dinheiro público.

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Projeto de lei sobre fake news “coloca o checador numa berlinda”, diz Cristina Tardáguila

Diretora adjunta da Rede Internacional de Fact-Checkers fala sobre novo PL que pode ir a votação hoje no Senado e diz que checadores não querem ser “Ministério da Verdade”

Por Ethel Rudnitzki, em Agência Pública

O Senado deve votar nesta terça-feira (2/6) o PL 2.630/2020, de autoria do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e dos deputados Tábata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES). O projeto propõe a criação da Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, que já ficou conhecida como Lei das Fake News.

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O cara da TV Record, o fracasso do Direito e o mundo do espetáculo

Por Lenio Luiz Streck, em Conjur

1. O fracasso da civilização
Li e vi o “espetáculo” que o jovem rapaz apresentador da TV Record (ver aqui) fez ao vivo. Quem tiver estômago, veja. A notícia é autoexplicativa. Em nome do “ibope” e da espetacularização, informou ao vivo, com fones no ouvido e tudo, que a filha da senhora havia sido assassinada. Sim, ele fez isso.

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#VazaJato 23: Dallagnol manda, Diogo Mainardi obedece

The Intercept Brasil

A Vaza Jato já mostrou como os procuradores de Curitiba se achavam no direito de interferir na política interna de um país vizinho, de manipular a opinião pública para achacar o STF e de utilizar seus cargos a favor de interesses políticos. Agora, a nova reportagem da série revela como o site O Antagonista tornou-se um verdadeiro parceiro da força-tarefa comandada pelo procurador Deltan Dallagnol.

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