Itamaraty admite à ONU que grupos neonazistas se intensificaram no Brasil. Por Jamil Chade

  • Documento da relatoria da ONU indica que dados submetidos pelo Brasil apontaram que esses grupos ganharam força a partir dos anos 80
  • O movimento neonazista será alvo de um debate no Conselho de Direitos Humanos da ONU nesta segunda-feira
  • Segundo os dados brasileiros, esses grupos continuam ativos no país

No Uol

Em informações submetidas às Nações Unidas, o governo brasileiro admite: o movimento neonazista passou por uma expansão no país desde os anos 80 e hoje está ativo. Os dados fazem parte de um informe da ONU que será debatido na segunda-feira, no Conselho de Direitos Humanos, em Genebra.

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Negros, as vítimas esquecidas da era nazista

Das 75 mil pedras comemorativas dedicadas às vítimas dos nazistas, apenas quatro são em memória de negros. Indícios de uma perseguição que foi, em grande parte, apagada.

Por Harrison Mwilima, na DW

Os negros são as vítimas esquecidas da Alemanha nazista, diz Marianne Bechhaus-Gerst, professora de Estudos Africanos na Universidade de Colônia. A perseguição deles sob os nazistas definitivamente “não é enfatizada o suficiente”, acrescenta.

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Extrema direita mundial estreita laços com Governo Bolsonaro, que segue passos de Orbán e Trump. Por Jamil Chade

Após troca de comando nos EUA, Brasil ganha centralidade entre nações que pregam contra o que chamam de comunismo e defendem pautas ultraconservadoras. País emula modelo húngaro de controle

El País

A deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF) exibiu orgulhosa uma foto com a deputada alemã Beatriz von Storch, do partido de extrema direita AfD. “Hj recebi a deputada Beatrix von Storch, do Partido Alternativa para Alemanha [AfS], o maior partido conservador daquele país. Conservadores do mundo se unindo p/ defender valores cristãos e a família”, escreveu a deputada em sua rede social. A foto causou choque, especialmente pelo fato de Storch ser neta de Lutz Graf von Krosigk, ministro de Finanças do Governo nazista de Adolph Hitler. Nascido em 2013, o partido AfD é alvo de investigação do serviço secreto alemão por conexões com atos extremistas no país.

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“Fascismo”, “nazismo” e “perversão” na crítica política. Por Christian Ingo Lenz Dunker

“É preciso incorporar o silêncio dos sobreviventes, renovar nomeações, recolher versões e trabalhar para que certas palavras se separem da moldura imóvel do museu.”

No blog da Boitempo

Desde que Bolsonaro chegou ao poder, e mesmo antes disso, muitos vêm comparando sua trajetória política com o fascismo, com o nazismo e com a figura clínica da perversão como maneira de alertar para o mal que seu governo representa para o espírito e para a sociedade brasileira. Assim como ninguém se diz racista, ninguém se reconhecerá nazista, com as exceções notáveis de sempre. No entanto, esse argumento, que se poderia chamar argumento do pior, vem sendo neutralizado por um certo neoliberalismo digital complacente, sempre disposto a ir um pouco além na tolerância e na administração do sofrimento humano. Foi nesse contexto que os anos 1990 viram aparecer a lei de Godwin, que afirma: “À medida que uma discussão online se alonga, a probabilidade de surgir uma comparação envolvendo Adolf Hitler ou os nazistas tende a 100%.”

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Homem agita bandeira nazista na varanda em área nobre de Florianópolis

Santa Catarina é o 2º Estado com mais células nazistas no país, atrás apenas de São Paulo

No Voz da Resistência

Um homem não identificado foi gravado por vizinhos agitando uma bandeira nazista em uma região nobre do centro de Florianópolis. O vídeo passou a circular nas redes sociais na noite de quinta-feira (13/05), e criou alvoroço nas redes sociais. A apologia ao nazismo é crime federal desde 1989.

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Governar através do sexo. Por Vladimir Safatle

O poder no Brasil sugere o fim do mundo através de crianças que “não sabem ler, mas sabem usar camisinha”. Fala de maneira similar àquela que os alemães ouviam, na década de trinta

em El País

No final do século XIX, o Ocidente desenvolveu uma forma de falar de sexo que até então nunca vira a luz. Nós conhecíamos discursos jurídicos sobre comportamentos sexuais, que tipificavam o permitido e o proibido. Conhecíamos discursos morais e teológicos, com suas distinções entre o moral e o imoral. Mas nunca havíamos visto discursos médicos e clínicos sobre o sexual. Ou seja, nunca a definição sobre o que é da ordem do sexual havia passado por distinções como “normal” e “patológico”. Não por acaso, foi exatamente nessa época que o Ocidente viu proliferar, pela primeira vez, tratados sobre perversões, classificações clínicas detalhadas e precisas a respeito de “desvios” em relação a uma sexualidade “normal”. O mundo então descobriu, entre nós, a existência de pessoas descritas como “sádicos”, “fetichistas”, “exibicionistas”, “masoquistas”, “zoofílicos”, “homossexuais”, entre tantos outros. O primeiro texto no qual um comportamento sexual era definido como um transtorno psíquico fora publicado em 1870 pelo médico alemão Carl Friedrich Otto Westphal. Nele, tratava-se de descrever o sentimento homoafetivo como “sentimento sexual contrário”. A partir de então, o Ocidente rapidamente criou uma forma totalmente nova de falar de sexo.

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A Gestapo está nas ruas. Por Weiller Diniz

Em Os Divergentes

Até o tiro fatal nos excessos da Lava Jato, o alarido “a PF está nas ruas” suscitava um alvoroço nacional. O estampido despertava, majoritariamente, curiosidade e, em proporções menores, inquietudes institucionais e temores de retrocessos civilizatórios. As comunicações, endereçadas a um seleto grupo de escolhidos, eram disparadas de maneira mecânica e sem apuração, com o objetivo de alcançar a maior ressonância possível. A operação comandada pelo xerife Sérgio Moro e seus detetives do MP (“equipe de Moro”) fez uma aliança tática com setores da mídia. Granjearam publicidade fácil e repercussão. Alcançaram resultados e, temporariamente, os julgamentos foram desaforados dos autos para as sentenças midiáticas, invariavelmente condenatórias.

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