FCE/UFRGS: Nota em solidariedade ao professor Marcio Pochmann

UFRGS

A Direção da Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS e os ex-diretores em atividade no Departamento de Economia e Relações Internacionais vêm, por meio desta nota, registrar sua mais elevada consideração e respeito ao Prof. Dr. Marcio Pochmann, economista graduado em nossa instituição no ano de 1984, cuja trajetória acadêmica e profissional é amplamente reconhecida.

Sua recente indicação para presidir o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) suscitou debates públicos que questionam sua capacidade técnica e idoneidade para o exercício de funções públicas. As críticas sugerem que o Dr. Pochmann carece de predicados técnicos devido à sua formação teórica e à sua atuação acadêmica, ambas caracterizadas pela ênfase na crítica a determinadas correntes de pensamento existentes dentro da área da Economia. Esta, por sua vez, caracteriza-se pela pluralidade de tradições teóricas, metodológicas, epistemológicas e ontológicas. Se, para algumas pessoas, esta característica é um problema, para a FCE ela é uma virtude. (mais…)

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Parque Harmonia em Porto Alegre revela que parques são “bola da vez” na transformação do verde em espaço de consumo. Entrevista especial com Paulo Brack

O professor ainda chama atenção que lugares estabilidade climática nas grandes cidades são “reformados” para se tirar árvores, construir prédios e se arrancar gramas para instalação de tapetes sintéticos

Por: João Vitor Santos, em IHU

Derrubar mais de 400 árvores quase na beira do lago Guaíba. Sim, foi isso que o poder público municipal de Porto Alegre autorizou à empresa que arrendou um dos seus espaços públicos, o Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, conhecido também por Parque Harmonia. A empresa alega que não precisará derrubar todas as árvores liberadas e brada que no projeto, chamado de revitalização, a grama e as áreas de terra batida serão arrancadas para darem lugar a pistas de concreto e ambientes com tapetes sintéticos que imigram grama. “As áreas verdes da cidade que promovem uma maior estabilidade climática estão sendo agora transformados em espaços com expansão, sem limites, de concreto, pavimentação, lojas, bares, restaurantes, estacionamentos para veículos particulares que liberam gases de efeito estufa e outras atividades que estão associadas a um evidente aumento de consumo”, observa Paulo Brack. (mais…)

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A ‘revolução passiva’ neoliberal. Por Luiz Marques

Terapia Política

O neoliberalismo sequestrou a noção de “revolução”. Assim, uma fração hegemônica da classe dominante pôde apresentar-se com o discurso desabonador ao estado de coisas. O deslocamento do campo revolucionário permitiu à extrema direita assumir uma posição antissistêmica e, num giro de 180°, acusar de reacionários aqueles que expunham os ardis das reformas para a reconfiguração das relações entre capital e trabalho. A avalanche do pensamento único desceu o Mont Pèlerin com tal violência, que a dama de ferro britânica virou uma espécie de porta-bandeira no quadro A liberdade guiando o povo (1830), de Eugène Delacroix. Os carbonários agora vestiam verde e amarelo. (mais…)

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Pochmann: Como se forma a direita “antissistema”

Neoliberalismo tenta postergar o colapso da modernidade ocidental – e parte das esquerdas deixa de apresentar alternativas reais. Diante do futuro incerto, ultradireita capitaliza crises existenciais e usa “rebeldia” para ocupar novos espaços

por Marcio Pochmann, em Outras Palavras

O avanço do neoconservadorismo nas últimas décadas não constituiu um fenômeno isolado, especialmente no Norte Global do planeta. Com a perda de energia do projeto de modernidade ocidental desde os anos 1970, o progressismo de vanguarda parece ter expirado, cada vez mais sem criatividade. (mais…)

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A ‘revolução passiva’ neoliberal. Por Luiz Marques

O sequestro pelo neoliberalismo da noção de “revolução” permitiu à extrema direita assumir uma posição antissistêmica

Em A Terra é Redonda 

O neoliberalismo sequestrou a noção de “revolução”. Assim, uma fração hegemônica da classe dominante pôde apresentar-se com o discurso desabonador ao estado de coisas. O deslocamento do campo revolucionário permitiu à extrema direita assumir uma posição antissistêmica e, num giro de 180°, acusar de reacionários aqueles que expunham os ardis das reformas para a reconfiguração das relações entre capital e trabalho. A avalanche do pensamento único desceu o Mont Pèlerin, com tal violência, que a dama de ferro britânica virou uma espécie de porta-bandeira no quadro A liberdade guiando o povo (1830), de Eugène Delacroix. Os carbonários agora vestiam verde e amarelo. (mais…)

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A aventura da emancipação. Por Luiz Marques

em Terapia Política

O movimento neofascista ficou mal acostumado, após o impeachment que resultou do conluio entre a mídia corporativa, o Legislativo venal que perpetua o clássico padrão de mando e obediência a serviço dos poderosos e o Judiciário servil às inúmeras ilegalidades lavajatistas. Para Jessé Souza, no cordão dos descontentes, “o ataque a todos os tipos de garantias individuais e ao processo legal foi legitimado pelo Tribunal (leia-se a Suprema Corte) que precisaria defender a Constituição”. (mais…)

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Paulo Amarante contra a saúde mental neoliberal

Noções individualistas e medicalizantes dominam discussão sobre bem-estar. Psiquiatra propõe: em política de saúde mental, ousadia e criatividade – com foco na comunidade e no território – é que responderão ao sofrimento psíquico generalizado

por Guilherme Arruda, em Outra Saúde

Em entrevista ao portal do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz, publicada hoje também em Outra Saúde, o mentaleiro Paulo Amarante apresentou na última semana sua perspectiva sobre temas que ganham crescente atenção na conjuntura: o grande sofrimento psíquico da população brasileira – e as respostas ousadas e criativas que devem ser formuladas para enfrentar essa crise. (mais…)

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