Manutenção, atitude anticapitalista?

Em tempo de obsolescência programada e descarte, sobressai prática de prevenir a deterioração das coisas úteis. Porque, mesmo singela, é potente e antissitêmica. Como se relaciona com a desalienação e reflexão sobre a materialidade do mundo

Por Alex Vuocolo, em Noema
Tradução: Antonio Martins, no Outras Palavras

Os trens R32, do sistema de metrô de Nova York, são apelidados de Brightliners por seu exterior brilhante e sem pintura. Foram construídos para durar 35 anos. (Imagine só: sua vida útil estampada em metal, sua morte prefigurada.) Quando finalmente foram retirados de serviço em janeiro de 2022, já haviam circulado por nada menos que 58 anos e eram, segundo a maioria dos relatos, os vagões em operação mais antigos do mundo. São 23 anos não planejados de transporte de pessoas. Uma geração inteira viu essas belezas de aço inoxidável chispando pelo túnel até a plataforma, com seus exteriores canelados e anúncios iluminados. (mais…)

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Celulares, capitalismo e obsolescência programada

Como reunir, em cada aparelho, alguns dos metais mais raros do planeta — cuidando para que a devastação resultante converta-se rapidamente em desperdício

Por Patrick Byrne e Karen Hudson-Edwards, no Outras Palavras

Algo como cinco bilhões de pessoas, em todo o mundo, usarão um celular em 2020. Cada aparelho é feito de muitos metais preciosos, sem os quais não seriam possíveis vários de seus principais recursos tecnológicos. Alguns, como o ouro, nos são familiares. Outros, como o térbio, são menos conhecidos. (mais…)

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