Fiocruz: taxa de suicídio e autolesões entre crianças e jovens vêm aumentando 6% e 29% ao ano no Brasil

Por Mariana Sebastião (Cidacs/Fiocruz Bahia)

A taxa de suicídio entre jovens cresceu 6% ao ano no Brasil entre os anos de 2011 e 2022. Já as taxas de notificações por autolesões na faixa etária de 10 a 24 aumentaram 29% a cada ano nesse mesmo período. O número foi maior que na população em geral, cuja taxa de suicídio teve crescimento médio de 3,7% ao ano e a de autolesão 21% ao ano, neste mesmo período. Esses resultados foram encontrados na análise de um conjunto de quase 1 milhão de dados, divulgados em um estudo recém-publicado na The Lancet Regional Health – Americas, desenvolvido pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), em colaboração com pesquisadores de Harvard. (mais…)

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Carta aos que não sepultei. Por Berenice Bento

Não sairemos iguais após o horror em Gaza. Seremos assombrados pelos rostos palestinos que vimos sucumbir e pelo gozo perverso dos sionistas. E se alguém não está cheio de hematomas internos, é porque não olhou nos olhos das crianças palestinas

Na Cult / Outras Palavras

Em uma sala iluminada precariamente, um palestino dava uma entrevista. A calvície, os óculos, a barba por fazer revelam uma pessoa cansada, de noites insones. Enquanto durava a entrevista, o som das bombas lá fora não arrefecia. Ele olhava para a câmera e dizia: Não sei se vou sobreviver. Não gritava. Não pedia socorro. Não, ele não olhava para a câmera. Olhava diretamente nos meus olhos. E me perguntava: você pode me salvar? Eu o escutava em desespero. Eu não podia acreditar. Ele vai sobreviver, desejava. Ele sabia que não. Foi a última vez que o vi. Foi daquela casa que, minutos depois, seria seu túmulo e de sua família, que o poeta palestino expôs uma nova forma de denunciar o genocídio em curso. Logo depois da entrevista, Refaat al-Areer, de 44 anos, professor de literatura, tradutor e poeta, sucumbia vítima de um bombardeio de Israel. Ele morreu no dia 7 de dezembro de 2023. (mais…)

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Testemunhas do genocídio: médicos descrevem o horror vivido nos hospitais de Gaza. Por Amy Goodman e Denis Moynihan

No Democracy Now!

Atacar hospitais, como Israel está a fazer em Gaza com a cumplicidade dos Estados Unidos, constitui um crime de guerra.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que “Gaza se tornou uma zona de morte”. A ofensiva israelense contra o território palestino ocupado aproxima-se do seu quinto mês e as estatísticas não refletem plenamente o horror infligido aos 2,3 milhões de pessoas ali retidas. Os hospitais de Gaza tornaram-se campos de batalha.

Yasser Khan é um oftalmologista e cirurgião canadense que retornou recentemente de uma missão médica humanitária ao Hospital Europeu Khan Younis em Gaza. Em conversa com Democracia Agora! Expressou:

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Lula está certo sobre Gaza e não é antissemita. Por Glenn Greenwald

Na Folha de São Paulo

Desde que Lula evocou o Holocausto para denunciar a destruição de Gaza por Israel, a grande mídia brasileira se uniu, com raras exceções, para condená-lo. Na segunda-feira (19) à noite, o jornalista William Waack afirmou na CNN Brasil que a declaração de Lula “ofende judeus no mundo inteiro”.

Deixando de lado a incongruência que é ver William Waack se colocar como vigilante da intolerância e fiscal do que se pode dizer no discurso público, a pergunta que faço é: com base no que ele se coloca como porta-voz dos “judeus no mundo inteiro”? (mais…)

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Aimé Cesaire e o racismo na histeria contra Lula. Por Gabriel Rocha Gaspar

Como lembrou pensador africano, o que não se perdoa em Hitler não é o crime em si – é o crime contra o homem branco; é ter aplicado à Europa o que antes atingia apenas os outros. Ao “denunciar” a comparação de Lula, mídia vincula-se a este olhar colonial

No Outras Palavras

“A tradição diplomática do Brasil é de resolução de problemas. O ‘incidente’ com Israel vai em direção oposta e atrapalha não só a imagem do país, mas também o andamento de assuntos de interesse da população num ano eleitoral”. Assim o apresentador editorializou, de forma excepcional, o encerramento do programa Roda Viva, que recebeu, na última segunda-feira, o ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha. (mais…)

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Por que Lula está certo. Por Larry Johnson

Israel age como a Alemanha da Segunda Guerra Mundial

No A Terra é Redonda

Como alguns de vocês devem saber, discordo enfaticamente daqueles que acreditam que o Holocausto foi uma invenção ou um exagero. Terei prazer em debater o assunto com qualquer pessoa, a qualquer hora e em qualquer lugar. Com a minha posição firmemente estabelecida sobre esse ponto, então compreenderão que não estou banalizando a acusação de que as autoridades israelenses se comportam com a mesma ferocidade e falta de humanidade que os nazistas. O presidente do Brasil, Lula, criou um grande alvoroço nessa semana quando acusou Israel de cometer genocídio em Gaza, da mesma forma que os nazistas tentaram exterminar os judeus na Segunda Guerra Mundial. (mais…)

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Memórias de uma ilusão fatal. Entrevista com Gershon Knispel

“Nós, da geração de 1948, chegamos à conclusão de que a grande euforia por um Estado não levou em conta que iríamos nos tornar um país ocupante e, com o tempo, um país baseado nos princípios fascistas mais radicais. Temos agora uma bomba atômica e um muro de 650 quilômetros de extensão e 8 metros de altura.”

O trecho acima é de 1912, extraído de uma entrevista do artista plástico judeu Gershon Knispel a Paula Sacchetta (O Estado de S.Paulo), republicada pelo Instituto Humanitas Unisinos dois dias depois, em 27 de novembro. Vale relembrá-la, neste dias de genocídio. E ela está transcrita abaixo: (mais…)

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