As palavras apodrecem. Por Luiz Eduardo Soares

O mais dilacerante sofrimento humano não é nomeável, descritível, muito menos mensurável. Transborda os limites da linguagem e de qualquer medida. Sua natureza é a incomensurabilidade. Por isso, quando provocado, este sofrimento, por ações alheias evitáveis, não pode ser justificado, não cabe em nenhuma sequência moralmente motivada de atos. Milhares de crianças mutiladas, membros amputados sem anestesia, espíritos destroçados, seus mundos familiares arruinados, seu espaço devastado, as coisas que as cercam estilhaçadas e calcinadas. Essas palavras estão vazias, evocam mas não substituem os corpos empilhados em Gaza, apodrecendo em Gaza: as palavras também apodrecem. (mais…)

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Lula nos dá dignidade mundial. Por Gilberto Maringoni

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LULA CHAMOU PARA SI o comando das relações exteriores ao fazer um pronunciamento histórico sobre a ação genocida de Israel em Gaza. A comparação com as práticas de Adolf Hitler contra os judeus choca, mas era o mínimo a ser feito às vésperas do ataque final das tropas do Estado sionista a Rafah, ao sul de Gaza. Depois de inviabilizar uma área pouco maior que o bairro paulistano de Parelheiros, assassinando 30 mil palestinos e ferindo ou mutilando mais 70 mil, as tropas de Tel-Aviv buscam completar a limpeza étnica, que se vale do ataque do Hamas em 7 de outubro como pretexto.

O PRESIDENTE RECUPERA as mais belas iniciativas da esquerda mundial ao se colocar resolutamente ao lado dos oprimidos, no mesmo momento em que governos dos EUA e da Europa Ocidental exibem ao mundo um repugnante espetáculo de covardia e de desrespeito aos direitos humanos. (mais…)

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Não há escapatória em Rafah, só podemos esperar o pior em nossa tenda enquanto as bombas caem

Um médico e psiquiatra de Gaza conta a sua experiência como deslocado em Rafah e garante que, embora se dedique à saúde mental, nada o preparou para o gigantesco sentimento de desesperança colectiva que reina na Faixa.

Por Bahzad Al Akhras, no The Guardian / Rebelión

Sou médico e psiquiatra e antes da guerra em Gaza mantinha uma rotina diária previsível. Ir trabalhar na clínica, visitar amigos e passar um tempo com minha família. Uma vida normal. Agora a minha família e eu somos refugiados em Rafah. Temos vivido nas piores condições imagináveis ​​desde que o exército israelita nos ordenou que abandonássemos a nossa casa em Khan Younis . (mais…)

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Um conhecido terror ataca o sul do Líbano

A destruição, a deslocação em massa e a incerteza causadas pelos bombardeamentos israelitas são a mais recente tragédia contra uma população civil que tem sofrido guerras, ocupações e hostilidades militares desde o estabelecimento de Israel.

Por Joan Cabasés Vega, em El Salto

A fumaça negra que se expande sobre as colinas após cada bombardeio israelense transforma o sul do Líbano num território fantasma. Dezenas de municípios próximos à fronteira com o estado de Israel estão praticamente vazios depois de quatro meses sob a ameaça do fogo sionista. O som dos aviões militares assusta os mais pequenos e os ataques indiscriminados mantêm os mais velhos acordados. No entanto, milhares de famílias continuam a abandonar as suas casas em busca de um local seguro sem saber quando poderão regressar. (mais…)

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Haaretz: Um ataque israelense a Rafah será uma catástrofe humanitária sem precedentes. Por Gideon Levy

A opinião pública israelita deve acordar, e com ela a Administração Biden. Esta emergência é mais grave do que qualquer outra durante esta guerra

Do Haaretz, no Rebelión

A única coisa que podemos fazer agora é pedir, implorar, chorar: não entre em Rafah. Um ataque israelita a Rafah será um ataque ao maior campo de refugiados do mundo. Irá arrastar o exército israelita para a prática de crimes de guerra de uma gravidade que nem eles próprios conseguiram alcançar. Neste momento é impossível invadir Rafah sem cometer crimes de guerra. Se as Forças de Defesa de Israel (IDF) invadirem Rafah, a cidade se tornará uma casa funerária.

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Gaza: Hind, palestina de 6 anos desaparecida após implorar por socorro, é encontrada morta

Por Lucy Williamson, BBC News, Jerusalém

Uma menina de 6 anos que desapareceu na Cidade de Gaza no mês passado foi encontrada morta, junto com vários parentes e dois paramédicos que tentaram salvá-la. Hind Rajab estava fugindo da cidade com sua tia, tio e três primos quando o carro em que estavam parece ter ficado cara a cara com tanques israelenses e foi atacado.

Gravações de ligações entre Hind e atendentes de canais de emergência sugerem que a menina foi a única que ficou viva no carro, escondida das forças israelenses entre os corpos dos parentes. Enquanto falava com os telefonistas do canal de emergência, a linha foi cortada em meio ao som de tiros. (mais…)

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