A solução para o caos ambiental de Belo Monte está na mesa do Ibama

Pesquisadores indígenas, ribeirinhos e da academia apresentaram à Procuradoria-Geral da República dados alarmantes que mostram: o Rio Xingu está morrendo

por Clara Roman, no ISA

O pulso do Rio Xingu é o que garante a vida do próprio rio e de todos os seres que o habitam. Os povos indígenas e ribeirinhos da Volta Grande do Xingu – trecho do rio logo após o barramento da Usina Hidrelétrica de Belo Monte – sempre souberam disso. (mais…)

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Hidrovia do rio Tocantins ameaça ribeirinhos, quilombolas e indígenas

Por Cícero Pedrosa Neto, em Amazônia Real

Belém (PA) – O ribeirinho Ronaldo Macena aprendeu a pescar com o pai e o avô e sabedoria que deles herdou o faz ter uma certeza: a hidrovia no rio Tocantins é uma ameaça à sobrevivência de comunidades ribeirinhas, quilombolas e indígenas. Para tornar o rio navegável, o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit) prevê obras de dragagem em uma extensão de 177 quilômetros e de explosão de pedras submersas em outros 35 quilômetros do local conhecido como Pedral do Lourenço (ou Pedral do Lourenção), no sudeste do Pará. Pesquisadores ouvidos pela Amazônia Real temem pela repetição de um “novo Belo Monte” – – hidrelétrica no rio Xingu que causou a destruição dos modos de vida de milhares de pessoas. (mais…)

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‘No momento que cortaram ao meio o Xingu e o sangraram, também fomos sangrados’

Pescador-escritor, o ribeirinho escreve para liberar os sentimentos represados pela dor de testemunhar o impacto de Belo Monte no rio que é sua vida

por RAIMUNDO DA CRUZ E SILVA, VOLTA GRANDE DO XINGU/PARÁ, em Sumaúma

Essa narrativa que eu vou fazer agora e vou apresentar para vocês fala da visão de um ribeirinho, de dentro do rio, da Volta Grande do Xingu e do TVR [Trecho de Vazão Reduzida]. Como era antes nosso rio e como está agora. Então, vamos lá. O colapso de um rio e a visão de um ribeirinho. A esperança e o colapso do nosso rio. A omissão de um empreendimento e a exclusão de um povo. Isso é de que nós vamos falar. Então, vamos lá. (mais…)

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‘O peixe ficou analfabeto de rio’

Desde que a Norte Energia, a dona de Belo Monte, fez do Xingu sua caixa-d’água particular, o rio se tornou imprevisível, com grande impacto no cotidiano dos moradores humanos e não humanos. Indígenas, pescadores e ribeirinhos passaram então a monitorar o comportamento do Xingu todos os dias para ajudar o Ibama a tomar a melhor decisão sobre a renovação da licença de operação da hidrelétrica

por HELENA PALMQUIST, ALTAMIRA/PARÁ, em Sumaúma

O caminho até a piracema é longo e tortuoso. A mata de igapó não está alagada, mas muito úmida. O solo, recoberto por folhas, fica escorregadio e é preciso atenção para subir e descer os pequenos barrancos onde as águas do rio Xingu recortam o terreno em dezenas de pequenos córregos, que na Amazônia são chamados de igarapés. Raimundo da Cruz e Silva, de 47 anos, faz esse percurso todos os dias para verificar se a água subiu ou desceu e se os peixes estão se reproduzindo. Ele confere a altura das águas em réguas instaladas no perímetro, faz fotos e grava vídeos e áudios daquela que chama de “minha piracema”. Raimundo é um dos 12 pesquisadores ribeirinhos e indígenas que monitoram os impactos da hidrelétrica de Belo Monte sobre os ecossistemas do rio. Ao lado de pesquisadores acadêmicos de várias universidades brasileiras, eles integram o Observatório da Volta Grande do Xingu, um trabalho independente que tem produzido a análise ambiental mais acurada dos impactos da usina sobre a vida no rio. (mais…)

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Belo Monte: Depois de peixes sumirem, indígenas e ribeirinhos elaboram proposta para garantir a vida no Xingu

Após anos de monitoramento, pesquisadores independentes estabelecem vazão necessária para reprodução de peixes e aguardam posicionamento do Ibama em mais um capítulo de guerra judicial

por Clara Roman, em ISA

Indígenas e ribeirinhos apresentaram ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) uma proposta para que a Usina Hidrelétrica de Belo Monte libere água suficiente para a manutenção da vida na região. O órgão ainda não se manifestou, mas deve fazê-lo a qualquer momento. (mais…)

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IBAMA quer reparação de Belo Monte por danos à ribeirinhos

ClimaInfo

Reportagem da série Planeta em Transe, da Folha de S.Paulo, realizada na região afetada pela usina de Belo Monte, no rio Xingu, abordou a realidade enfrentada por milhares de moradores de comunidades ribeirinhas e indígenas que tiveram seus modos de vida e suas relações com o território impactados pelo início das operações da hidrelétrica.

Insegurança alimentar e mudanças na dieta devido à ausência de peixes – antes abundantes na região -, migração, endividamento (impossibilitando até o pagamento das contas de luz) e adoecimento compõem o pacote de impactos negativos que atingem em cheio populações do médio Xingu a jusante da usina construída na região de Altamira (PA). (mais…)

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