Em meio à crise climática, falta água para milhões

Após 46 anos, ONU volta a realizar Conferência da Água para debater rumos do abastecimento e saneamento básico. Houve melhora, de 2000 para cá, mas meio bilhão de pessoas continuam vulneráveis – e mudanças no clima agravam o problema

por Alessandra Monterastelli, em Outra Saúde

A Conferência da Água da Organização das Nações Unidas (ONU) se encerrou na última sexta-feira (24/3), em Nova York. A última cúpula para discutir o assunto ocorreu em 1977. Desde então o acesso ao tratamento da água melhorou em todos os países – com exceção daqueles localizados na África Subsaariana, onde os números referentes ao acesso à água pioraram nos últimos 20 anos. (mais…)

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Saneamento rural e indígena: como democratizá-lo

Com novo governo, a política de água e esgoto para o campo será gerida pelo Ministério das Cidades. Mas como construir ações com a Saúde? Por que são cruciais para a sustentabilidade, o combate à pobreza e respeito aos modos de vida tradicionais?

por Alexandre Pessoa Dias, em Outras Palavras

Após a passagem desse período desastroso de quatro anos de desmonte das políticas públicas do nosso país, principalmente para as populações mais vulnerabilizadas, o ano de 2023 começa com um processo de reconstrução das políticas públicas de saneamento e de saúde, com inúmeras e profundas mudanças. Superar a atual insegurança hídrica no Brasil é um grande desafio. (mais…)

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Sabesp não divulga testes que comprovam contaminação da água em 132 cidades brasileiras

Em São Paulo, Diadema, Santos e no Guarujá, testes apontaram substâncias químicas fora do limite em três anos seguidos.

Por Hélen Freitas, Ana Aranha, Agência Pública/Repórter Brasil

O Estado de São Paulo tem uma das maiores empresas de abastecimento do mundo, com 28,6 milhões de pessoas atendidas, e a que mais realiza testes para medir a qualidade da água no Brasil. A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) tem a missão de ser “referência mundial na prestação de serviços de saneamento”. Em suas ações de comunicação, porém, a empresa omite problemas na qualidade da água que deveriam ser divulgados aos consumidores. 

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Em Maceió, retrato dos brasis da fome

Na comunidade da Muvuca, sintomas de um país esquecido por Bolsonaro. Lá, saneamento privado não chega: duas torneiras de água suja matam a sede de 3,6 mil barracos. Moradores buscam restos de comida em hotéis – antes dados para os porcos

Por Josué Seixas, no Outras Palavras

Williams Tavares, de 19 anos, interrompe o telefonema com a reportagem para ajudar uma mulher e uma criança a transportar água para dentro da comunidade Muvuca, no Vergel do Lago, uma das regiões mais pobres de Maceió, capital de Alagoas. Ele retorna à ligação ofegante.

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A espantosa privatização das águas brasileiras (Título original: Nem a ditadura militar ousou tanto)

O caso emblemático de Alagoas: com base em lei de Bolsonaro, governador oferece mananciais a especuladores financeiros, sem experiência no setor. Municípios são forçados, na prática, a aderir. Outros estados planejam negociatas semelhantes

Por Teia Magalhães, no Outras Palavras

A Secretaria de Estado da Infraestrutura de Alagoas – SEINFRA colocou em consulta pública a concessão dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário de 89 dos 102 municípios do Estado, divididos em duas Unidades Regionais de Saneamento Básico (URSBs): Agreste e Sertão compõem o chamado “Bloco B”, e Zona da Mata e Litoral Norte foram reunidos no “Bloco C”. As definições foram feitas pela lei estadual nº 8.357, em dezembro de 2020.

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Especialista compara novo marco do saneamento à cloroquina: “Não cura e pode matar”

Marcos Montenegro, do Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento, analisa impactos da lei 14.026

por Lu Sudré, em Brasil de Fato

A meta de universalização do saneamento básico para a próxima década será inalcançável caso o Brasil mantenha políticas de austeridade e continue a incentivar o protagonismo da iniciativa privada no setor.

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Saneamento básico é um direito humano universal. O silêncio proposital da mudança do novo marco legal. Entrevista especial com Léo Heller

Brasil não precisa de um novo Marco Legal do Saneamento Básico; basta seguir o Plano Nacional de Saneamento Básico – Plansab e investir em políticas públicas, afirma o engenheiro

Por: Patricia Fachin, em IHU On-Line

A aprovação do Projeto de Lei 4.162/2019 do saneamento básico no Senado Federal no mês passado e sancionado pela Presidência da República ontem [15-07-2020], é resultado do lobby das grandes empresas privadas que atuam no setor e dos defensores de uma política econômica neoliberal que reivindicam a ausência do Estado na prestação de serviços básicos, segundo a avaliação do engenheiro civil e doutorado em Epidemiologia, Léo Heller. “Se compararmos a posição das várias entidades do setor que representam a sociedade civil, houve quase um consenso dessas entidades contrárias ao projeto. Apenas uma entidade – a representante das concessionárias privadas – apoiou o projeto e isso ficou muito nítido. (…) Esse foi o caldo de cultura que germinou essa lei aprovada pelo Senado recentemente”, afirma. 

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