Água potável: a insustentável situação do saneamento no Brasil. Entrevista especial com Iene Christie Figueiredo

Por: João Vitor Santos, em IHU On-Line

A cidade do Rio de Janeiro ocupou as manchetes de jornais em todo o Brasil e no mundo nas primeiras semanas de 2020, mas não foi por conta de suas belas paisagens litorâneas, senão pela qualidade da água disponibilizada às pessoas. O problema histórico nas regiões periféricas de todo o Brasil chegou à classe média carioca e ganhou status de calamidade. Essa é só a ponta do iceberg do descaso do saneamento básico no país. “Todos os afluentes ao rio Guandu se encontram em estado avançado de degradação da sua qualidade, uma vez que cortam regiões/municípios com crescente adensamento populacional e sem qualquer serviço de esgotamento sanitário prestado de forma efetiva. Ou seja, todo esgoto doméstico gerado nessa região vai para os cursos d’água sem qualquer tipo de tratamento”, explica a professora doutora Iene Christie Figueiredo, em entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line.

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A catástrofe da água como síntese do Rio

Cidade deixou de investir em abastecimento há décadas – e, como todo o país, vomita esgotos nas represas. Tudo piorou com corte de verbas de Bolsonaro e planos para sucatear e vender a Cedae. Que venha a rebeldia civilizatória de nova Revolta da Vacina!

Por Tainá de Paula, no Outras Palavras

O título do texto é provocador. O Rio de Janeiro entra em 2020 como a capital mundial da arquitetura, signatária de tratados internacionais, incluindo a agenda 2030 da ONU que pontua uma série de objetivos de desenvolvimento sustentável para as cidades, ou seja, temos uma década para acertar o passo com nossas pactuações mundiais.

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Água e esgoto: uma privatização selvagem

Projeto de lei que amplia a participação de setor privado em serviços de saneamento é reciclado na Câmara. Conservadores apostam em modelo que descumpre contratos e exclui regiões pobres e periféricas

por Ana Lúcia Britto, em Outras Palavras

Uma das mazelas do país é ausência de acesso ao saneamento básico, que atinge de forma mais grave os mais pobres, moradores de favelas ou periferias metropolitanas, e de áreas rurais. No contexto atual,  com a proposta de mudança no marco regulatório do setor, a perspectiva de atender a população mais vulnerável torna-se cada vez mais distante. O plenário do Senado aprovou, no dia 6 de junho, o Projeto de Lei (PL) 3261/2019, de autoria do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que também era relator da Medida Provisória (MP) 868/2018 encaminhada no apagar da luzes do governo Temer, para alterar o marco legal do saneamento básico (Lei 11.445/2007). A proposta vai agora para discussão na Câmara dos Deputados.

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A expansão urbana desordenada e o risco de uma escassez hídrica. Entrevista especial com Pedro Roberto Jacobi

Por: Patricia Fachin, em IHU On-Line

A expansão urbana desordenada ou a ocupação inadequada de áreas da cidade geram “um somatório de problemas”, que se estendem desde a falta de moradia digna até a proliferação de doenças e o agravamento da crise ambiental. Como lembra o professor Pedro Roberto Jacobi, que pesquisa a “governança global da metrópole frente às mudanças climáticas“, “essa não é uma história nova” no Brasil. “É uma história que se repete: na medida em que a gestão pública não dá conta de uma demanda por moradia, de uma população que não tem recursos para entrar no mercado imobiliário, desencadeia uma expansão urbana desordenada”. Entretanto, alerta, “a ocupação das áreas próximas aos reservatórios tem reduzido o potencial de produção de água, eliminando mata ciliar. A perda de mata ciliar é um fenômeno que aumenta a erosão, de um lado. De outro lado, existe o problema da falta de saneamento nas áreas de ocupação irregular, que contamina as águas, provocando sua eutrofização e, com isso, reduzindo o potencial de aproveitamentos desses reservatórios”.

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A privatização do saneamento saiu do jeito que as empresas queriam

por João Peres, em The Intercept Brasil

EM SEU PERFIL público no LinkedIn, o consultor Diogo Mac Cord de Faria se define assim: “executivo sênior, com mais de 15 anos de experiência como consultor. Neste período, pude assessorar investimentos da ordem de R$ 40 bilhões em vários setores de infraestrutura (por meio de concessões públicas), como energia elétrica, saneamento básico e mobilidade urbana.”

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Moradores de favelas testemunham na CPI das Enchentes e demandam respostas

por Rachel Mucha, em RioOnWatch

No dia 26 de abril, um expressivo grupo de mobilizadores e moradores de favelas, acadêmicos e ativistas se reuniram para denunciar e protestar contra a negligência das autoridades da prefeitura durante as enchentes mortais ocorridas em 6 de fevereiro e 8 de abril em uma audiência pública organizada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Enchentes da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O Vereador Tarcísio Motta, do PSOL, chefe da CPI, convidou o Prefeito Marcelo Crivella a participar da reunião para abordar os impactos agudos que as recentes enchentes tiveram sobre comunidades vulneráveis. Antecipando a presença do prefeito—ou a falta dele—os participantes distribuíram petições pró-ambientais e cartazes entre eles, protestando contra a administração de Crivella antes do início da reunião. Gritos de “Vidas Faveladas Importam!” Ecoaram por toda a grande galeria onde o evento foi realizado. A audiência também foi transmitida ao vivo no Facebook.

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Água para poucos: uma história de luta por saneamento básico no Brasil

A lei define saneamento: abastecimento e tratamento de água, esgotamento sanitário e manejo dos resíduos sólidos e das águas pluviais

por Clovis Nascimento*, em CartaCapital

Em um país com mais de 55 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, privatizar o saneamento é prejudicar e condenar os pobres. Como se não bastasse a insensibilidade para com a saúde de milhões de pessoas privatizar o saneamento é condenar também o meio ambiente. Esgotos e lixo não coletado e ou, não tratado, é fator de poluição de rios, córregos e praias. Desde a redemocratização, o País assistiu a diversos ataques ao sistema público de saneamento, resistindo a alguns, sucumbindo a outros.

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