Incêndios na região não são fatalidades naturais, mas produtos de escolhas sacrificantes à vida para expansão do agro; em meio ao cenário de falsas “soluções verdes”, povos originários e tradicionais cerradeiros resistem para adiar o fim do mundo
por João Palhares e Valéria Pereira Santos*, em Le Monde Diplomatique Brasil
Enquanto a 30ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP30)[1] concentra os holofotes mundiais sobre as falsas “soluções verdes” à crise climática, o Cerrado – berço das águas do Brasil – segue queimando em silêncio. Essa terra-território[2], responsável por abastecer oito das principais bacias hidrográficas do país, enfrenta incêndios cada vez mais intensos e recorrentes. (mais…)
