Intelectualidade negra: relembrando Milton Santos. Por Gislene Aparecida dos Santos

No Jornal da USP

No ano de 1989, ocorreu o 1º Encontro de Docentes, Pesquisadores e Pós-Graduandos Negros das Universidades Paulistas, realizado na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Unesp. Esse evento contou com a palestra O intelectual negro no Brasil, proferida pelo professor Milton Santos.

Nas primeiras décadas do século 21, temos a ilusão de que as portas, finalmente, estão se abrindo para que pessoas negras sejam “aceitas” no mundo acadêmico. Na era das redes e mídias sociais na qual o supostamente coletivo impera tolhendo a independência do pensamento pelo medo do isolamento e dos cancelamentos públicos, recuperar as sábias palavras do professor e intelectual Milton Santos é como reencontrar a bússola perdida no lamaçal de ideias desconexas. É a redefinição de um rumo dentro das universidades, como pessoas que querem pensar o Brasil e contribuir para que versões fáceis e banais não proliferem em busca de “15 minutos de fama”, sem compromisso com a história e com a verdade. (mais…)

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Quando Marx traduziu “O Capital” para o francês. Por Marcello Musto

No 150° aniversário da publicação da tradução francesa de “O Capital”, Marcello Musto escreve sobre a participação ativa de Marx no processo de tradução e comenta a fortuna crítica desta tradução/nova edição no mundo.

No blog da Boitempo

Em fevereiro de 1867, depois de mais de duas décadas de trabalho hercúleo, Marx finalmente pôde dar a seu amigo Friedrich Engels a tão esperada notícia de que a primeira parte de sua crítica à economia política estava finalizada. A partir daí, Marx viajou de Londres a Hamburgo para entregar o manuscrito do Volume I (“O processo de produção do Capital”) de sua  magnum opus e, de acordo com seu editor Otto Meissner, foi decidido que O Capital seria lançado em três partes. Cheio de satisfação, Marx escreveu que a publicação de seu livro foi “sem dúvida, o mais terrível míssil que já foi lançado contra as cabeças da burguesia”. (mais…)

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“O esforço de dar vozes aos que não falavam”. Essa foi uma marca das obras de muitos dos principais autores literários no Brasil

A leitura de trechos de Macunaíma pela cantora Maria Bethânia, lembrando as vicissitudes do herói negro, índio e branco, considerado, por muitos, como símbolo de um povo em formação¸ marcou a última sessão do seminário USP Pensa Brasil

Por Luiz Roberto Serrano, no Jornal da USP

A violência em Canudos reverberou 100 anos depois, no massacre do Carandiru em São Paulo. Dois momentos violentos em que a elite brasileira, instalada no poder, teve dificuldade em reconhecer o povo de seu país. Dois momentos destacados por José Miguel Wisnik, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, na abertura da mesa Impasses da Cultura Brasileira, no encerramento do seminário USP Pensa Brasil na sexta-feira, 2 de setembro. (mais…)

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Direitos em Cena: É proibido ser mãe. É “Proibido Nascer no Paraíso”

Documentário acompanha as mulheres de Fernando de Noronha (PE) que são impedidas de darem à luz em sua terra natal

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Ele foi um empreendedor, comerciante e explorador. Um judeu que se tornou cristão. O português Fernão de Noronha (1470-1540) viveu aproximadamente 70 anos. Dizem que ele tentava chegar ao Brasil quando descobriu ilhas vulcânicas no litoral de Pernambuco que levam o seu nome. O arquipélago tornou-se a primeira Capitania Hereditária do Brasil. O local sobreviveu a invasões de piratas franceses, ingleses e holandeses. Durante muitos anos, Fernando de Noronha tornou-se presídio político federal. Vários presos políticos ficaram aprisionados ali. O mais famoso foi o ex-governador Miguel Arraes (1916-2005), capturado nos primeiros momentos da ditadura militar (1964-85). (mais…)

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MPF: Justiça Federal suspendeu nomeação ilegal na Fundação Casa Rui Barbosa

Fabiane dos Santos Monteiro foi nomeada, sem ter os atributos curriculares e expertise, para Chefe na Divisão de Difusão Cultural

Em ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal concedeu liminar para suspender os efeitos da Portaria de Pessoal MTUR n.º 10, de 12 de janeiro de 2021, do Ministro de Estado do Turismo, que nomeou Fabiane dos Santos Monteiro para exercer o cargo em comissão de chefe da Divisão de Difusão Cultural da Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB). Na ação, o MPF apontou que Fabiane Monteiro não tinha os atributos curriculares e expertise para o cargo. Dessa forma, com a decisão, ela deve ser imediatamente afastada do cargo, suspendendo-se também, o pagamento da remuneração pelo exercício das funções. (mais…)

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O mistério dos brinquedos antigos que está intrigando cientistas

Por Amanda Ruggeri, na BBC Future

O arqueólogo americano Gus Van Beek (1922-2012) passou duas décadas escavando a antiga cidade assíria de Tell Jemmeh, que foi habitada há cerca de 2.200 a 3.800 anos, na região que hoje corresponde ao sudoeste de Israel.

Van Beek recuperou tantos objetos que o Instituto Smithsonian, nos Estados Unidos, levou 40 anos para catalogar todos. Havia moedas, escaravelhos, amuletos e uma imensa coleção de cerâmica — tão grande que parte dela precisou ser descartada posteriormente. (mais…)

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Frei Betto denuncia massacre indígena e mostra Jesus como militante

Ativista político com trajetória rica no campo da esquerda, jornalista e escritor lança livros em Vitória, no próximo dia 17

Por Roberto Junquilho, no Século Diário

O tom Vermelho do Verde é o livro que Frei Betto, jornalista, escritor, com formação em antropologia, filosofia, teologia e ativista político, lança em Vitória no próximo dia 17, no espaço Ellus, Centro, juntamente com o livro infanto-juvenil O Estranho Dia de Zacarias e Jesus Militante, que aborda a atividade política de Jesus. Ele conversou com Século Diário e revelou uma memória afetiva com a Capital do Estado, para onde veio depois de sair da prisão, na década de 70, durante a fase mais dura da ditadura militar. Aqui, ele viveu cinco anos. “Sinto saudades”, diz.

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