Agonia. Por Jacques Gruman

Palavra boa/Não de fazer literatura, palavra/Mas de habitar/Fundo/O coração do pensamento, palavra (Chico Buarque)

em A voz da esquerda judaica

Lá se vai mais uma. Seguindo a trajetória de extermínio sistemático das livrarias do Rio, está fechando as portas a Malasartes, pioneira em literatura infanto-juvenil no Brasil. Criada há quase meio século, ajudou a formar gerações de leitores, que lá apareciam latejando curiosidades e buscando letras, imagens e sobretudo afeto e acolhimento. Dona Yaci Mattos de Moraes sabia disso e foi uma espécie de mestre de cerimônia que abriu portas para a literatura. (mais…)

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Morre Ziraldo, o pai do Menino Maluquinho e um dos maiores cartunistas do país

Por Amauri Arrais, para a BBC News Brasil

Morreu neste sábado (6/4), aos 91 anos, Ziraldo, criador do Menino Maluquinho (1980), autor do clássico Flicts (1969) e de centenas de outras histórias e personagens que povoam o imaginário infantil há gerações.

Ziraldo morreu em sua casa, um apartamento na zona sul do Rio de Janeiro, de acordo com canal Globonews, que cita informações de sua família.

Formado em direito, ele foi cartunista, chargista, escritor, pintor, dramaturgo, cronista, apresentador e humorista, entre outras atividades ao longo de mais de seis décadas de carreira.

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Racismo, marxismo, drogas e sangue: a incrível história de Billie Holiday e sua ‘Strange Fruit’. Por Jota Wagner

Canção de protesto vendeu mais de um milhão de cópias, rendendo à diva do jazz idolatria e um fim precoce

No Music Non Stop

Na plateia, em Nova Iorque, era raro não ver alguma lenda do jazz entre seus espectadores, fãs daquela talentosa novidade. O show já havia acabado e, então, era hora do público embasbacado ouvir um acorde seco do piano, uma frase triste do trompete e a voz de Billie Holiday cantando os primeiros versos de Strange Fruit, música executada (mesmo quando era proibida pela polícia) no final de seu show, quando as luzes começavam a acender por ordem de donos de clubes putos da vida, cientes de que a diva cantaria seu protesto, mesmo que recomendassem o contrário. (mais…)

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Ailton Krenak rompe um silêncio de 127 anos dos indígenas na ABL. Por Elaíze Farias

A academia centenária fará história empossando, pela primeira vez, um líder indígena, escritor, ambientalista e homem sábio nesta sexta-feira (05), no Rio de Janeiro (Foto ABL/Divulgação).

Amazônia Real

Manaus (AM) – A Academia Brasileira de Letras (ABL) tem em seu pilar a celebração e o cultivo da lusofonia e não deixa de ser revolucionário que Ailton Krenak, como o mais novo imortal, entrará na instituição para promover o que ele chama de “língua brasileira”. A língua falada no Brasil que, mesmo de origem lusitana, tem semântica e léxicos próprios, resulta em um vasto vocabulário de palavras indígenas e africanas. É a língua do ‘tupi or not tupi’, que Ailton parafraseia do célebre trocadilho do escritor Oswald de Andrade (1890-1954) para a frase clássica de “Hamlet”, de William Shakespeare, enquanto conversa com a Amazônia Real para esta entrevista. (mais…)

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Manifesto pau-brasil – 100 anos. Por Maria Lúcia Outeiro Fernandes

A Terra é Redonda

O Manifesto da Poesia Pau-Brasil, escrito por Oswald de Andrade e publicado no Correio da Manhã, em 18 de março de 1924, deve ser compreendido no processo de modernização que vinha sendo desenvolvido por um grupo de intelectuais, escritores, artistas, jornalistas, por meio de debates na imprensa, artigos em revistas, literárias ou não, e, principalmente, pela produção de obras literárias e artísticas, nas quais os autores colocavam em prática suas propostas, a fim de alcançarem uma série de propósitos. (mais…)

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