Ela não se define pela produção em pequena escala, mas pelo potencial de reorganizar o trabalho num sistema predatório, a partir dos “de baixo”, do território e da natureza. Brasil tem políticas na área, mas subfinanciadas. COP30 é oportunidade de inseri-la na agenda internacional
por Paulo Petersen, em Outras Palavras
Em um período histórico marcado pelo industrialismo e pelos protocolos burocratizados de organização dos processos produtivos, não resta dúvida quanto à importância da celebração Década da Agricultura Familiar, estabelecida pela Assembleia Geral das Nações Unidas, no período de 2019 a 2028. Ao jogar luzes sobre esta que corresponde à mais numerosa categoria profissional do planeta, a iniciativa da ONU contribui para posicionar a agricultura familiar como ator relevante na agenda política internacional. Chama a atenção, em particular, para qualidades intrínsecas ao seu modo de produção e a seu modo de vida que devem ser valorizadas e desenvolvidas como condição incontornável para o equacionamento de críticos dilemas que confrontam as sociedades contemporâneas ao cenário de colapso socioecológico. (mais…)
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