Produção planejada de combustíveis fósseis é o dobro do aceitável pela meta do Acordo de Paris

Planos projetam 460% mais carvão, 83% mais gás e 29% mais petróleo do que o possível queimar para manter aumento de temperatura de 1.5oC.

ClimaInfo

Os países produtores de combustíveis fósseis estão planejando expansões nos volumes extraídos que, se efetivados, vão estourar duas vezes o orçamento de carbono do planeta, conclui a 4ª edição do relatório “Production Gap”, da ONU, lançada nesta 4ª feira (8/11). Os autores do relatório chamam planos de insanos. (mais…)

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“Carros elétricos não são a solução para a transição energética”, diz pesquisador

Peter Norton, autor do livro “Autonorama”, questiona marketing das montadoras e a idealização da tecnologia

Por Gabriel Gama, Agência Pública

Em viagem ao Brasil para o lançamento de seu livro “Autonorama: uma história sobre carros inteligentes, ilusões tecnológicas e outras trapaças da indústria automotiva” (Autonomia Literária e Fundação Rosa Luxemburgo), o historiador da tecnologia Peter Norton concedeu entrevista para a Agência Pública e explicou porque não enxerga os carros elétricos como uma solução para a transição energética. (mais…)

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Carta à Mãe Terra diz não ao Marco Temporal e à energia nuclear! Por Zoraide Vilasboas

A carta “Vozes de Ilhéus à Assembleia da Mãe Terra e aos povos da Terra”, assumida por mais de 300 participantes do 2º Fórum Brasileiro dos Direitos da Natureza, disse não à energia nuclear, defendeu o urgente reconhecimento dos direitos da Natureza e requereu ao presidente Lula o veto do Marco Temporal das terras indígenas. Mas o PL 2903, aprovado pelo Senado, apesar de extinto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), só foi vetado parcialmente por Lula na última sexta-feira. Visto pelos nativos como “PL da morte”, o impacto do veto parcial sobre o futuro dos povos originários está sendo avaliado por suas lideranças. Já no Congresso, a bancada do boi quer derrubar o veto presidencial. (mais…)

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O inconfiável setor nuclear. Por Heitor Scalambrini Costa e Zoraide Vilasboas

São extremamente preocupantes as perdas, desaparecimentos e roubos de material radioativo notificados à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Em 2019, ocorreram cerca de 190 ocorrências com material nuclear radioativo, fora do controle regulatório. Estas informações são remetidas voluntariamente por 36 países, alimentando o banco de dados da AIEA. A média registrada na última década foi de 185 ocorrências/ano.

Notícias veiculadas por organizações da sociedade civil na mídia alternativa, pela internet, mostram que o Brasil tem passado por situações graves, nos últimos meses, relacionadas a materiais atômicos e os riscos decorrentes de sua exposição, podendo afetar a saúde de pessoas e contaminar o meio ambiente. Pelo perigo inerente às atividades nucleares, elas devem estar cercadas do especial cuidado da segurança em radioproteção. Elementos radioativos não podem ser usados para comércio ilícito, muito menos ir parar nas mãos de traficantes mal-intencionados, e assim podendo servir para propagar medo e violência, com fins estratégicos e políticos. (mais…)

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Em audiência pública, população debate aspectos sociais, econômicos e ambientais da implantação de parques de energias renováveis na PB

Evento ocorreu na última quinta-feira (28) na Câmara Municipal de Campina Grande e contou com presença de vários órgãos e entidades

Ministério Público Federal na Paraíba

“Como é que eles, os empresários, chegam aqui e botam essas coisas, os aerogeradores, sem pedir permissão a ninguém? Antes, aqui era Sítio Sobradinho, e agora já não é mais. Agora, eles é que são os donos, e não pode ser assim. Nós temos nossos direitos. Eu não quero sair do meu lugar, porque meu lugar era muito sossegado. Um lugar para você viver a vida inteira. E agora, não tem mais como eu viver aqui. Como é que eles podem vir fazer isso e tirar a paz da gente?”. “Depois da implantação, muitos animais cismaram e fugiram daqui. Hoje em dia, dificilmente a gente escuta o canto de um passarinho. Muitos dos animais que viviam aqui, a gente não vê mais. Sumiram e eu acho que foi porque ficaram assustados com o barulho das torres”. Foi com depoimentos como esses, de dois atingidos, que começou mais uma audiência pública realizada na Câmara Municipal de Campina Grande, na última quinta-feira (28), sobre os impactos sociais, ambientais e econômicos decorrentes da implantação de parques de energias renováveis (eólica e solar) no Nordeste brasileiro. (mais…)

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Expansão de eólicas ameaça comunidades e Caatinga no semiárido do Rio Grande do Norte

Moradores e pesquisadores denunciam barulho, cisternas danificadas, desmatamento e falhas no processo de licenciamento

Por Étore Medeiros, Iano Flávio Maia, Agência Pública

“Onde eles botam essas bichas, ninguém pode trabalhar. Onde tem essas bichas, casa não pode ter perto. Que nem essa aí”, fala indignado José Ponciano de Oliveira, 73 anos, enquanto aponta para o enorme aerogerador, de 135 metros de altura, construído ao lado de sua casa. “Porque se uma bicha dessas voa para cima de uma casa, não acaba com tudo? Oitenta mil quilos?”, questiona o agricultor. Ele mora há mais de 40 anos no sítio Cabeça dos Ferreira, comunidade quilombola Macambira, entre os municípios de Bodó, Lagoa Nova e Santana do Matos, na Serra de Santana, interior do Rio Grande do Norte. A região é uma dentre diversas outras dos estados do Nordeste que têm experimentado o avanço de eólicas — e, com eles, ameaças ao estilo de vida da população. (mais…)

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