PA: Agricultura orgânica contra o colapso climático

A luta de agricultores em Altamira, região onde a floresta foi devastada por megaprojetos. Buscam mudar a cultura local de utilizar venenos. Ensinam formas de produção sustentáveis. E mostram que os pequenos negócios dependem também da floresta em pé

Por Juliana Bastos Salgado, na InfoAmazonia

Da lama amarela do garimpo à terra preta da horta, Sebastião Heraldo Lira Gomes já fez de tudo um pouco. Aos 45 anos, trabalhou como pedreiro, em empresas de pavimentação e de produção de tijolos, e já foi até garimpeiro. No garimpo, viu sua vida por um fio enquanto catava galhos na lama para fazer a limpeza do material a ser minerado. Um colega de trabalho avisou, preocupado, apontando para uma montanha de rejeitos: “Essa barreira vai desabar”. De fato desabou, e Sebastião escapou por pouco. Ele contou o “causo” enquanto plantava mudas de alface em uma das aleias na sua horta orgânica em Altamira, no sudoeste do Pará, uma cidade marcada por dois monumentos de destruição da floresta: o marco inaugural da Transamazônica e a Usina Hidrelétrica de Belo Monte. (mais…)

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Kayapós e Norte Energia fecham acordo de compensação ambiental de Belo Monte

Depois da invasão à sede da Norte Energia em Altamira, a concessionária conseguiu chegar a um acordo com indígenas sobre compensação ambiental por Belo Monte.

ClimaInfo

Lideranças Kayapós e a direção da Norte Energia firmaram na última 5ª feira (5/12) um novo acordo referente às compensações ambientais da construção e da operação da usina hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira (PA). De acordo com a Folha, o novo acordo prevê o financiamento de cerca de R$ 34 milhões para projetos de suporte às comunidades indígenas paralisados desde outubro do ano passado, quando venceu o antigo contrato. (mais…)

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Belo Monte: o paquiderme de energia parado. Por Lúcio Flávio Pinto

Em Amazônia Real

A imprensa nacional descobriu a pólvora. Uma curta “reportagem especial” da TV Bandeirantes, exibida na semana passada, fez a denúncia: das 18 turbinas instaladas na barragem da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará, 17 não estavam funcionando. Mesmo a única máquina em atividade, só estava utilizando metade dos seus 650 megawatts de potência. Na plena potência, a geração da usina seria de 11.450 MW.

Em geração máxima, Belo Monte seria capaz de atender 12% do consumo de energia do Brasil, mas agora é responsável por 0,61%. Em alguns dias ficou totalmente parada porque a vazão do rio, um dos maiores do mundo, não era suficiente sequer para movimentar uma única turbina. A severidade da situação é consequência de uma estiagem recorde em vários rios da bacia amazônica, a maior do planeta. A única surpresa é esse grau de severidade, mas não a paralisação da enorme hidrelétrica, que custou 40 bilhões de reais, o dobro do valor de projeto. (mais…)

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Justiça atende a pedido do MPF e confirma que concessionária de Belo Monte (PA) deve fornecer água a indígenas

Licenciamento obrigou a empresa a atender a todos os indígenas impactados pelo empreendimento, destacou o MPF

Ministério Público Federal no Pará

A Justiça Federal, atendendo a pedido do Ministério Público Federal (MPF), revalidou decisão que obriga a Norte Energia, concessionária da hidrelétrica de Belo Monte, a fornecer água potável para 18 aldeias da Terra Indígena Apyterewa, em São Félix do Xingu, no Pará. (mais…)

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Construção de linhão de Belo Monte em MG carrega suspeita de crime ambiental

Proprietária de fazenda do Barão de Bocaina acusa a portuguesa EDP, responsável pelas obras, de avançar sobre área de preservação e derrubar ilegalmente 378 árvores.

ClimaInfo

imenso estrago socioambiental provocado pela instalação da hidrelétrica de Belo Monte no rio Xingu, no Pará, é público e notório. Mas os impactos ambientais não se resumem à usina e se estendem à linha de transmissão destinada a escoar a eletricidade até o Sudeste. O último imbróglio envolve o trecho de 750 km entre Ibiraci (MG) e Cachoeira Paulista (SP) sob responsabilidade da portuguesa EDP, conta André Borges na Piauí. (mais…)

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Belo Monte desestruturou um ecossistema e as vidas de indígenas, ribeirinhos e pescadores

Obra de R$ 19 bilhões alterou o curso do rio Xingu, deslocou dezenas de milhares de pessoas e matou espécies da flora e fauna locais.

ClimaInfo

Desde novembro de 2021, a hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará, opera sem licença ambiental, que venceu na ocasião. Desde então, a Norte Energia, dona da usina, tenta aqui e ali passar uma imagem de bom-mocismo e “limpar” um projeto que, além de ineficiente em termos de energia, provocou impactos ambientais e sociais profundos. Basta ir até a região para verificar. (mais…)

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Como tragédias e conflito de Belo Monte unem histórias de sindicalista e de Altamira

Maria da Guia é presidente de sindicato em Altamira (PA) e vivenciou a transformação do município causada por megaobras

Por Julia Dolce, Agência Pública

Há cidades cuja história oficial é quase totalmente capturada pela trajetória de uma só pessoa, uma grande personalidade talhada em pedra e cujo nome se repete em placas turísticas. Mas há também o oposto, pessoas cujas vidas são devoradas pela história da cidade onde moram, quando território e gente se tornam um só personagem. É o caso de Maria da Guia. E é o caso de Altamira, um município-floresta paraense a 818 km de Belém, palco de uma tragédia em quatro atos sobre um cotidiano de estrada-barragem-migração-crime que rouba a história de sua própria gente. (mais…)

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