Garimpeiros atacam equipes do Ibama e da PRF na Terra Indígena Sararé, em Mato Grosso

Cinco criminosos foram mortos em confronto com agentes federais; área de garimpo ilegal é controlada por organização criminosa

Policia Rodoviária Federal

Na madrugada deste sábado (28/9), servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram atacados a tiros durante uma operação de combate ao garimpo ilegal, que teve início na segunda-feira (23/9) na Terra Indígena (TI) Sararé, em Mato Grosso.

Após intenso confronto, cinco garimpeiros foram baleados e vieram a óbito no local. As equipes federais apreenderam seis armas em posse dos criminosos, incluindo um fuzil 5.56mm, uma submetralhadora, uma espingarda calibre 12, duas pistolas e um revólver, além de munições, miras refletivas e carregadores. (mais…)

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Liderança Quilombola é assassinada no Pará

Teia dos Povos

Na última terça-feira dia 24 de setembro de 2024, Edney Oliveira de Jesus, quilombola da Comunidade Moura, Alto Trombetas, na cidade de Oriximiná, no oeste Pará, foi brutalmente assassinado pela polícia de Oriximiná. Ediney foi um dos sócios fundadores da cooperativa COOPER MOURA, foi professor em sua comunidade e ultimamente trabalhava na mineradora MRN. O mesmo sofria de transtornos psicológicos diagnosticados por profissionais de saúde. (mais…)

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A ONU não protegerá Gaza, mas pode adotar um “Pacto para o Futuro”? Por Pepe Escobar

As Nações Unidas se tornaram uma paródia de si mesmas. Enquanto os líderes mundiais se reuniam em Nova York esta semana, Gaza, Líbano e Palestina não estavam em nenhuma parte da agenda, mas um Pacto dos EUA forçado, projetado para proteger a “ordem baseada em regras”, estava bem no topo.

No The Cradle

A incapacidade – e a falta de vontade – das Nações Unidas e do seu Conselho de Segurança de impedir um genocídio transmitido ao vivo as desacreditou além de qualquer redenção possível. Qualquer resolução séria que inflija consequências sérias à psicopatologia mortal de Israel foi, é e será bloqueada no Conselho de Segurança da ONU. (mais…)

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Morreu Fredric R. Jameson, proeminente filósofo e crítico cultural (1934-2024)

Foi um dos pensadores mais influentes do nosso tempo, conhecido pela sua análise crítica do pós-modernismo e pela sua firme adesão ao marxismo. A sua influência perdurará, alimentando novas gerações de críticos, pensadores e ativistas que procuram desmascarar as estruturas de poder na nossa cultura contemporânea.

Por Dialektika, no Esquerda.net

A 22 de setembro de 2024, Fredric R. Jameson, um dos pensadores mais influentes do nosso tempo, conhecido pela sua análise crítica do pós-modernismo e pela sua firme adesão ao marxismo, faleceu aos 90 anos de idade. Jameson, cujas ideias remodelaram profundamente a teoria cultural contemporânea, deixou um legado que continuará a ressoar entre filósofos, críticos culturais e académicos empenhados em compreender a cultura no contexto do capitalismo tardio. (mais…)

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Israel fecha escritório da Al Jazeera em Ramallah, Cisjordânia: tudo o que você precisa saber

Às 3 da manhã, soldados israelenses fortemente armados invadiram o escritório da Al Jazeera em Ramallah, expulsando a equipe.

Por Al Jazeera Staff, na Al Jaazera

Na televisão ao vivo, soldados israelenses fortemente armados invadiram o escritório ocupado da Al Jazeera na Cisjordânia, em Ramallah, e entregaram ao chefe do escritório, Walid al-Omari, um aviso para fechá-lo. Os soldados ordenaram que todos que trabalhavam no turno da noite no escritório fossem embora, dizendo que eles só poderiam levar seus pertences pessoais. (mais…)

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Quando o Estado vigia a todos e não quer ser vigiado por ninguém. Por Fausto Salvadori

Newsletter da Ponte

Do jeito que diversos policiais e seus apoiadores na extrema-direita passaram a se referir às câmeras nas fardas, parece que as bodycams viraram coisa de comunista, como as praias grátis, a Constituição e as vacinas. Por isso a reportagem da Ponte sobre o fim do programa de câmeras corporais de Santa Catarina, publicada nesta semana, pode surpreender muita gente. É que nela a repórter Jeniffer Mendonça lembra que a ideia de implantar filmadoras em gambés não veio da mente de algum professor universitário maligno vestido com camiseta de Che Guevara, mas foi uma iniciativa das próprias forças policiais.

Em 2018, quando o Tribunal de Justiça de Santa Catarina disse que havia uma grana disponível que a Polícia Militar poderia utilizar, os policiais catarinenses resolveram investir a verba extra comprando bodycams. Foi o primeiro estado a adotar o sistema em sua polícia, mas outros já estavam de olho na ideia. A PM paulista, por exemplo, já havia implantado um projeto-piloto de teste de câmeras em fardas em 2017.

Nada disso deveria ser uma surpresa. As polícias valorizam a disciplina e o controle sobre seus homens, especialmente as militares, que cultivam o dogma de que os praças precisam ser vigiados constantemente pelos oficiais por pertencerem à mesma classe social e terem a mesma cor da pele dos grupos que devem reprimir. As câmeras, assim, teriam tudo para se tornar mais um instrumento útil dessa autovigilância.

Por isso, chega a ser engraçado constatar o salto duplo twist carpado dado pela questão das câmeras no imaginário policial ao longo dos últimos anos. Em pouco tempo, o uso das bodycams passou a ser tão atacado por policiais, parlamentares das bancadas da bala e outros políticos da extrema-direita que começou a ser abandonado. Governada pelo bolsonarista Jorginho Mello (PL), Santa Catarina anunciou nesta semana que vai acabar com as câmeras nas fardas. Em São Paulo, o também bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos) vai pelo mesmo caminho: atacou em diversas vezes o instrumento, dizendo não querer “um policial vigiado”, e aparentemente trabalha para adotar um sistema em que os policiais poderão desligar suas câmeras quando quiserem.

O que aconteceu? Por que uma ferramenta que os próprios policiais haviam escolhido adotar virou, em pouco tempo, sinônimo de intromissão e desrespeito? Sobre isso, a reportagem da Jeniffer traz a declaração de um PM anônimo que é preciosa para entender o que se passou nessas cabeças fardadas: “A esquerda e ONGs têm papel fundamental nesse triste desfecho, quando focaram somente na letalidade policial, deixando praticamente de lado outros aspectos relevantes, como a produção de provas”.

Em tempo: para entender o que um policial militar chama de “esquerda”, é preciso levar em conta que estamos falando de uma corporação que até hoje guarda orgulho das atrocidades da ditadura militar e na qual a maioria dos seus membros apoia o bolsonarismo e odeia ouvir falar em pautas LGBTQIAPN+ (como apontou uma pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública). Então, é provável que para um PM um termo como “esquerda” sirva para definir simplesmente todo mundo que duvide da existência de uma conspiração do Foro de São Paulo com o PT para introduzir mamadeiras de piroca na educação infantil.

O que as polícias não previram — e não gostaram quando aconteceu — é que, com a implantação das câmeras corporais, a sociedade civil e mesmo alguns governos passaram a ver nelas uma ferramenta útil para conter a violência policial. Em São Paulo, já havia algo dessa ideia quando João Doria deu sinal verde para a PM paulista implantar o sistema: era uma época em que o governador tucano buscava tirar o pé da letalidade estatal, após a repercussão ruim do massacre de nove jovens numa ação policial em Paraisópolis. O fato é que, especialmente em São Paulo, as câmeras se mostraram bastante eficazes para reduzir tanto a quantidade de policiais que matavam como a dos que morriam.

Em vez de comemorar, porém, a polícia e seus apoiadores reagiram, passando atacar as câmeras como se pudessem se tornar uma forma de a sociedade civil controlar o seu trabalho. E tudo que policiais e militares no Brasil não querem é terem de se submeter ao poder civil e às regras democráticas. A briga com as câmeras, aliás, faz parte de um movimento mais amplo em que os policiais aproveitaram a ascensão ao poder da extrema-direita para tentar afrouxar ainda mais os poucos controles que ainda têm sobre si, como quando buscaram, por exemplo, com o pacote anticrime do então ministro Sergio Moro, ampliar as situações em que poderiam matar com impunidade garantida. Isso eles não conseguiram, mas o tal pacote criou uma série de entraves para a investigação das mortes cometidas por policiais que continuam até hoje.

O que leva a gente a notar, com pouca surpresa, que as forças policiais e os governos que rejeitaram a filmagem das ações policiais são as que estão fortalecendo mais e mais os sistemas que permitem às forças policiais filmar todo o restante da população que não veste fardas, como Tarcísio de Freitas faz em São Paulo com o Muralha Paulista. Enfim, estão conseguindo o que queriam: um Estado que vigia a todos, mas que não pode ser vigiado por ninguém. Isso tem um nome: Estado policial.

Ilustração: Junião

 

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Governo Federal aumenta e institui novas multas para quem provocar incêndios florestais

Presidente Lula também assinou medida provisória com excepcionalidade no repasse financeiro a estados cuja situação de calamidade ou emergência for reconhecida pelo Governo Federal. Atos estão publicados em DOU Extra desta sexta-feira (20)

Gov.br

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o Decreto nº 12.189, que endurece as sanções a pessoas que provocarem incêndios ilegais no país. Publicada em edição extra no Diário Oficial da União desta sexta-feira (20), a norma institui novas multas por infrações envolvendo incêndios. O início de queimadas em florestas ou outras vegetações nativas terá penalidade de R$ 10 mil por hectare ou fração; já em florestas cultivadas, de R$ 5 mil. Essas sanções não existiam e se somam ao conjunto de outras medidas que visam desincentivar e coibir os incêndios criminosos. (mais…)

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