Questão florestal na Amazônia: PAE Lago Grande

O Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) Gleba Lago Grande foi criado em Santarém, no oeste do Pará, para assentar famílias que se sustentam do extrativismo, pesca e agricultura, mas enfrentam uma disputa com grileiros, madeireiros e mineradoras, responsáveis pelos crimes ambientais na região

Por Rogério Almeida, da Amazônia Real

Cravado na derradeira reserva de floresta primária do Pará, no município de Santarém, no oeste do estado, o  Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) Lago Grande foi criado em 2005, concomitante ao início da operação da mineradora Alcoa na região, na cidade vizinha de Juruti, onde extrai bauxita. (mais…)

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Amazônia: o custo de se tornar Brasil. Mas ela quer mesmo ser Brasil?

A Amazônia vivenciou diferentes ciclos históricos de uma pretensa ‘internacionalização’ e tentativas de intervenção estrangeira para que seus recursos naturais sejam explorados. O que é real e o que é lenda? E como esse debate se insere na atualidade?

Por Lúcio Flávio Pinto, da Amazônia Real

A história contemporânea da Amazônia segue dois marcos. Sem considerá-los, ninguém poderá entender o que já aconteceu. O primeiro deles, por ordem cronológica, tem dois desdobramentos. Começou na segunda metade da década de 1950. Foi quando pela primeira vez a Amazônia foi integrada por terra ao restante do país, inicialmente através das rodovias Belém-Brasília e Brasília-Acre, seguidas de outras estradas de porte semelhante, como a Transamazônica. (mais…)

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Questão florestal na Amazônia: entre cadeias de crimes e possibilidades de base comunitária

No Pará, há mais de dez anos, um coletivo luta pela efetivação de uma política pública que favoreça o manejo florestal de base comunitária. O Estado tem procrastinado a demanda popular

Por Rogério Almeida, da Amazônia Real

Santarém (PA) – Em 2010 o professor e jornalista Felipe Milanez percorreu parte do rio Arapiuns, afluente do caudaloso Tapajós, no município de Santarém, no oeste paraense, onde predomina a presença do povo Borari. A missão residia em reportar, entre outros dramas, a extração ilegal de madeira em área denominada de Gleba Nova Olinda. (mais…)

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Justiça suspende projetos de crédito de carbono do governo do Amazonas

Projeto lançado pelo estado do Amazonas para Unidades de Conservação também afeta Terras Indígenas. Funai e lideranças dizem que não foram consultadas

Por Elaíze Farias, da Amazônia Real

Manaus (AM) – A 9ª Vara da Justiça Federal suspendeu o edital do governo do Amazonas, lançado em 2023, para contratação de empresas interessadas em implantar projetos de mercado de crédito de carbono/REDD+ em 21 Unidades de Conservação (UC) no Amazonas, atendendo a um pedido do Ministério Público Federal e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Conforme dados da Funai, algumas das 21 UCs do edital estão sobrepostas a 5 terras indígenas, além de outras numerosas comunidades onde vivem populações indígenas que moram ou fazem uso do recurso da floresta. Em fevereiro deste ano, o órgão entrou como polo ativo do processo judicial. (mais…)

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Petróleo: a hipocrisia do Brasil na COP30

Cientistas analisam e criticam ambiguidade e contradições do governo brasileiro na sua política ambiental. Para eles, a postura revela incoerência entre retórica e realidade. Artigo foi publicado na Science, nesta quinta

Por José é Amorim Reis-Filho, Tommaso Giarrizzo, Friedrich Wolfgang Keppeler, Eurico Noleto-Filho, Marcelo Oliveira Soares, Valter M. Azevedo-Santos, Guilherme O. Longo, Mariana Bender, Rafael A. Magris e Philip M. Fearnside, em Amazônia Real

Publicamos uma carta na revista Science [1], disponível aqui, explicando a inconsistência entre o discurso brasileiro sobre aquecimento global e a atuação do governo na exploração de petróleo na foz do rio Amazonas e em outros novos campos de extração propostos. Aqui trazemos este texto em português: (mais…)

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MPF destaca a urgência da crise do mercúrio em painel na COP30 com a exibição de “Amazônia, a Nova Minamata?”

A tragédia dos indígenas Munduruku com a contaminação pelo mercúrio utilizado no garimpo ilegal foi o pano de fundo do debate

Na tarde desta sexta-feira (14), o estande do Ministério Público Federal (MPF) na Zona Verde da COP30, em Belém (PA), exibiu o filme “Amazônia, a Nova Minamata?”, do diretor brasileiro Jorge Bodanzky, seguido por uma roda de conversa que colocou em evidência a gravidade da contaminação por mercúrio na Amazônia. Procuradores e servidores do MPF, pesquisadores, acadêmicos, especialistas e comunicadores refletiram sobre a realidade vivida pelas populações tradicionais amazônicas com a contaminação das águas pelo metal pesado, utilizado indiscriminadamente pelo garimpo ilegal. (mais…)

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“A COP pode ser o anúncio de novas violências para a Amazônia”

O geógrafo e professor paraense Bruno Malheiro afirma que o discurso da “transição verde” transforma a crise climática em negócio e ameaça povos, florestas e modos de existência

Por Ismael Machado, da Amazônia Real

Belém (PA) – Professor da Universidade Federal do Pará e autor de Geografias do bolsonarismo, Bruno Malheiro analisa as contradições entre o discurso verde das corporações e a realidade dos territórios amazônicos. Para ele, a COP30 em Belém revela a tentativa de transformar a crise climática em nova fronteira de negócios — e os povos da floresta, mais uma vez, em alvo de um reposicionamento geoeconômico violento. (mais…)

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