Trump quer ocupar também o Brasil? Por Paulo Kliass

Documentos oficiais vazados mostram: Washington cobiça a base aérea de Natal e a ilha de Fernando de Noronha. Áreas têm alto valor estratégico, potencial econômico e valor ambiental. Que resposta o Brasil dará a este plano imperialista?

Outras Palavras

A estratégia adotada por Donald Trump desde que assumiu a Presidência dos Estados Unidos em seu segundo mandato tem sido marcada por uma certa inconstância no que se refere às relações internacionais. Os sinais de uma ofensiva em larga escala relativamente à imposição de tarifas sobre o comércio exterior em todo o globo foram sendo paulatinamente flexibilizados. Tendo em vista o grau de isolamento em que o governo se encontrou, optou-se pela adoção de medidas menos impactantes nas negociações individuais com cada país ou bloco. Apesar de identificar na China o adversário mais relevante a combater na disputa global, a Casa Branca se viu obrigada a recuar de forma significativa também neste caso. (mais…)

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Cabeça de dragão. Por Raúl Zibechi

“Quase todos os analistas aceitam o declínio relativo da hegemonia estadunidense, e muitos deles apostam que a atual guerra comercial será vencida pela China. Analisar a magnitude das lacunas produtivas entre um país e outro nos ajuda a entender melhor o que está em jogo”. A reflexão é de Raúl Zibechi, em artigo publicado por Brecha, com tradução do Cepat.

Eis o artigo.

Quase todos os analistas aceitam o declínio relativo da hegemonia estadunidense, e muitos deles apostam que a atual guerra comercial será vencida pela China. Analisar a magnitude das lacunas produtivas entre um país e outro nos ajuda a entender melhor o que está em jogo. (mais…)

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Vietnã, 50: A Grande Vitória. Capítulo 5

A quinta parte de nossa série sobre a heroica tomada de Saigon, em 1975. Debilitado e sem dinheiro de Washington, governo fantoche do Sul tentou resistir. Mas revolucionários arquitetaram uma brilhante investida final que, enfim, reunificou o país

por Daniel M. Huertas, em Outras Palavras

Capítulo 5 – Do Acordo de Paris à queda de Saigon (1973-1975)
“Esta será a mensagem final da estação de Saigon. Foi uma luta longa e perdemos. […] Aqueles que não conseguem aprender com a história são forçados a repeti-la. Esperemos que não tenhamos outra experiência no Vietnã e que tenhamos aprendido nossa lição. Saigon desligando” (mensagem derradeira de Thomas Polgar, chefe da estação de Saigon da CIA, um dos últimos estadunidenses a deixar a cidade de helicóptero) [1]. (mais…)

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O imperador e sua corte de magnatas

Uma aliança nefasta foi forjada. Os bilionários, que antes viam Trump com desconfiança, adentraram a Casa Branca, governam sem intermediários e dão retaguarda para delírios imperiais do presidente. Como chegaram lá? Quais seus planos? Que fazer para enfrentá-los?

Por John Bellamy Foster, no Monthly Review | Tradução: Marcos Montenegro, em Outras Palavras

Neoliberalismo e a classe dominante dos EUA
Se houve um amplo abandono da noção de classe dominante no marxismo ocidental no final dos anos 1960 e 70, nem todos os pensadores se alinharam. Sweezy continuou a argumentar na Monthly Review que os Estados Unidos eram dominados por uma classe capitalista dominante. Assim, Paul A. Baran e Sweezy explicaram em Capital Monopolista em 1966 que “uma pequena oligarquia apoiada em vasto poder econômico” está “no controle total do aparato político e cultural da sociedade”, tornando a noção dos Estados Unidos como uma democracia autêntica, na melhor das hipóteses, enganosa.38 (mais…)

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Vietnã, 50: A coragem anticolonial das mulheres. Capítulo 4

Elas foram cruciais na resistência à invasão dos EUA. Traçaram táticas para proteger vilas. Forneceram ajuda médica aos feridos. E criaram seus próprios pelotões de guerrilha. Leia o quarto capítulo de nossa série sobre a grande vitória sobre o imperialismo

por Daniel M. Huertas, em Outras Palavras

Capítulo 4 – Heroísmo, resiliência, honestidade e responsabilidade: o nevrálgico papel feminino nas guerras de independência [1]

A batalha pela reunificação do Vietnã (1945-1975) não pode ser compreendida sem o sacrifício silencioso de mulheres que perderam seus filhos e maridos nas guerras de resistência [2]. Após a fundação do Partido Comunista do Vietnã (PCV), em 1930, surgiram muitas organizações lideradas por mulheres, como a Associação das Mulheres pela Libertação, Associação das Mulheres pela Democracia, Associação das Mulheres Anti-imperialistas, Associação das Mulheres pela Segurança Nacional e União das Mulheres Vietnamitas, que acabou se tornando a principal delas. Desse modo, a presença feminina está intimamente ligada à Revolução Vietnamita e ao desenvolvimento da nação. (mais…)

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“Toda política hoje é mesopolítica: uma política de meios e de mediações”. Entrevista especial com Rodrigo Petronio

O professor e ensaísta analisa como Donald Trump se transformou em um showman global da antipolítica extremista de direita

Por: Baleia Comunicação | IHU

Se na segunda metade do século XX as democracias eram usurpadas com tanques e coturnos, no século XXI a democracia é tomada de assalto por meio de uma espécie de atentado contra a linguagem. “Destruindo a linguagem, conseguimos destruir a própria efetividade dos argumentos e da refutação. A estratégia é muito clara. E foi usada no Brasil por [Jair] Bolsonaro. E tem sido utilizada por todos os políticos de extrema-direita, incluindo Trump. A ideia básica é criar dispositivos de poder baseados em dispositivos de linguagem que deteriorem a possibilidade de diálogo”, pondera Rodrigo Petronio, em entrevista por e-mail ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU. (mais…)

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Vietnã, 50: “O horror, o horror”. Capítulo 3

Terceiro texto da série sobre a vitória contra os EUA. O três milhões de vietnamitas mortos; a maioria, civis. O Massacre de My Lai que chocou até soldados americanos. O agente laranja que ainda adoece a população. E vários outros crimes de guerra transmitidos ao vivo e a cores…

por Daniel M. Huertas, em Outras Palavras

Capítulo 3 – Ao vivo e a cores: a brutalidade da agressão do imperialismo dos Estados Unidos [1]

“A tecnologia tornava suas vítimas invisíveis, como não podiam fazer as pessoas evisceradas por baionetas ou vistas pelas miras de armas de fogo. Diante dos canhões permanentemente fixos da Frente Ocidental estavam não homens, mas estatísticas – nem mesmo estatísticas reais, mas hipotéticas, como mostraram as “contagens de corpos” de baixas inimigas durante a guerra americana no Vietnã. Lá embaixo dos bombardeios aéreos estavam não as pessoas que iam ser queimadas e evisceradas, mas somente alvos” (Eric Hosbsbawm) [2]. (mais…)

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