Por que tornou-se possível libertar Assange

Brasil, México e Austrália reivindicam sua libertação e somam peso diplomático à campanha, que até agora reunia ativistas. Ameaça dos EUA e Reino Unido ao jornalismo fica exposta. Luta precisa crescer, mas algo importante se moveu

Por Chris Hedges no Consortium News | Tradução: Maurício Ayer, em Outras Palavras

“Como prisioneiro político, mantido para o prazer de Vossa Majestade em nome de um constrangido soberano estrangeiro, tenho a honra de residir entre os muros desta instituição de classe mundial. Na verdade, vosso reino não conhece fronteiras.”

Com essas palavras, a incômoda presença de um fantasma das masmorras do reino se fez sentir como uma gélida brisa em meio à coroação de Carlos III da Inglaterra, no último dia 6 de maio. O trecho citado é parte da carta endereçada por Julian Assange a Sua Majestade, naturalmente embebida em ironia, em que convida o rei a conhecer a prisão de Belmarsh, onde se encontra em solitária enquanto aguarda julgamento de um pedido de extradição dos EUA. Assange buscou em O mercador de Veneza as palavras do bardo de Stratford para sensibilizar o soberano que o mantém sob custódia: “A qualidade da misericórdia não é forçada. Ela cai como a chuva suave do céu sobre os baixios”. (mais…)

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Lula 3: não esqueçam quem é o inimigo

Ao posicionar o Brasil pela construção do mundo multipolar, Lula atiça o Império, que não hesitará em conspirar para derrubá-lo. A mídia já entendeu – e abre fogo contra ele. Cabe a nós defender seu mandato – e pressioná-lo criticamente à esquerda

por Maurício Abdalla*, em Outras Palavras

Lula, no cenário internacional, tem-se constituído peça determinante para uma possível mudança histórica, que, caso se concretize, será um marco decisivo para o futuro da geopolítica global e das relações internacionais: o enfraquecimento do poderio imperial dos EUA e o início da criação de um mundo multipolar. (mais…)

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EUA anunciam doação de R$ 2,5 bilhões ao Fundo Amazônia

ClimaInfo

Nada como o Brasil firmar com a China uma série de acordos, inclusive na área ambiental, para fazer os Estados Unidos mostrarem serviço. É o que apontam diplomatas ouvidos por O Globo sobre o anúncio feito pelo presidente estadunidense, Joe Biden, de que vai pedir ao Congresso de seu país US$ 500 milhões para Fundo Amazônia – cerca de R$ 2,5 bilhões – nos próximos cinco anos. A promessa foi feita em reunião virtual do Fórum das Grandes Economias sobre Energia e Clima, que junta lideranças das 26 maiores economias do mundo, o que inclui o Brasil. (mais…)

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Após o vazamento sobre a Ucrânia, a mídia está perdida

O recente vazamento sobre os documentos de guerra da Ucrânia revela como o governo dos EUA tem enganado o público. Mas a mídia corporativa está mais preocupada em punir o mensageiro do que expor a mensagem – tudo em nome da “defesa da democracia”.

POR BRANKO MARCETIC*, em JACOBIN

O vazamento dos documentos sobre a guerra da Ucrânia é bombástico. Entre outras coisas, os documentos revelam que o governo Biden tem enganado o público sobre sua otimista avaliação no esforço de guerra ucraniano. O vazamento revela a extensão da espionagem dos EUA contra amigos e inimigos, incluindo o secretário-geral das Nações Unidas. (mais…)

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“A OTAN participa do projeto estadunidense de planejar uma guerra contra a China”. Entrevista com Noam Chomsky

IHU

A guerra na Ucrânia completou um ano sem que se vislumbre o fim dos combates, sofrimento e destruição. De fato, a próxima fase da guerra pode setransformar em um banho de sangue e durar anos, já que os Estados Unidos e a Alemanha concordaram em fornecer tanques à Ucrânia e Volodymyr Zelensky incita o Ocidente a enviar mísseis de longo alcance e aviões de guerra. (mais…)

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Embaixador brasileiro nos EUA criticou invasão do Capitólio em telegrama diplomático

Nestor Forster escreveu que “turba” de invasores criaram “cenas chocantes de cerco e vandalismo”; Bolsonaro não condenou

Por Natalia Viana, em Agência Pública

O Brasil foi o penúltimo país do mundo a reconhecer a vitória de Joe Biden como presidente nos Estados Unidos em 2020. Além de ter dado declarações de apoio a Donald Trump, o então presidente Jair Bolsonaro não condenou a invasão violenta ao congresso americano em 6 de janeiro, reforçando a narrativa do aliado sobre fraude eleitoral nos EUA. (mais…)

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