Futebol, crise climática e distopia: o jogo já começou. Por Milly Lacombe

No UOL

Há décadas cientistas do mundo inteiro avisam sobre o que a exploração capitalista – infinita e desesperada por lucro imediato – dos recursos finitos do planeta faria com nossas vidas. Parecia sempre que esse dia seria logo mais, nunca hoje. Pois aqui estamos. Vivendo dentro de uma distopia. Blade Runner, Mad Max, Guerra Civil – chamem como quiserem desde que reconheçam que a ficção científica é agora o puro suco de realismo capitalista de nossas miseráveis vidas.

Os CTs de Grêmio e Inter foram inundados em Porto Alegre. Jogos no Rio Grande do Sul estão adiados. Desmatar e queimar a Amazônia e o Cerrado deu nisso. O agro é pop? O agro, nos termos em que é conduzido e administrado, é apenas morte.

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Desigualdade no mundo: Pirâmide UBS 2023. Por Ladislau Dowbor

A pirâmide acima ajuda, pela forma visual, a ter uma noção real, a “ver” os números. Uma ferramenta útil, por exemplo, para os professores que queiram fazer os alunos entenderem a dimensão dos nossos desafios.

No Fórum21

Todos sabemos do drama da desigualdade, ainda mais porque somos um dos países mais desiguais do planeta. Mas muitos têm dificuldade em dimensionar realmente a que ponto isso é catastrófico.

A pirâmide acima ajuda, pela forma visual, a ter uma noção real, a “ver” os números. Por exemplo, professores que queiram fazer os alunos entenderem a dimensão do desafio. A fonte é de banqueiros, e confiável. E acrescentamos um parágrafo da Oxfam, que mostra que no tempo a situação piora.

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Os nossos criminosos de guerra e os outros. Por Halley Margon

No Terapia Política

I

Quanto tempo ainda será necessário para que a grande audiência planetária possa perceber a dimensão do massacre que Israel está perpetrando na Palestina? Se é que um dia isso vai acontecer. Porque a verdade é que os vencedores não gostam de revelar seus crimes, têm recursos para impedir que venham à tona e até para fazer com que pareçam atos do mais puro heroísmo. (mais…)

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Palestina e as condições objetivas para produção da fúria. Por Berenice Bento

O drama do povo palestino não começou há uma semana. São 75 anos de perambulação

No A Terra é Redonda

A imprensa repete: “Nada justifica matar civis!” para se referir aos ataques do Hamas nos últimos dias. Eu concordo. Mas por que Israel nunca foi condenado e exposto a um massacre midiático por seus crimes contra os civis palestinos? A cobertura sionista tem uma estrutura que se repete: corte cirúrgico para os fatos dos últimos dias. Negam-se a fazer qualquer reflexão, qualquer enquadramento mais amplo. O objetivo é claro: isolar os atos de um contexto anterior que o determina. E ao fazê-lo, o caminho está aberto para a patologização e a criminalização dos palestinos. Ou seja, mediante a absolutização do caso, se preserva a estrutura política, no caso, o colonialismo israelense. (mais…)

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Notas sobre Gaza e a necropolítica. Por Sérgio Amadeu da Silveira

O que o Estado de Israel pratica na Palestina é uma necropolítica ou a produção do extermínio de um povo

No A Terra é Redonda

Achille Mbembe escreveu um pequeno ensaio denominado “Necropolítica”, publicado em 2003. Nele, o filósofo camaronês declarou-se preocupado com “aquelas formas de soberania cujo projeto central não é a luta pela autonomia, mas a instrumentalização generalizada da existência humana e a destruição material de corpos humanos e populações”. Mbembe expande a noção foucaultiana de biopolítica para incluir formas de violência que são explicitamente orientadas para a morte. Para Mbembe, a necropolítica é praticada em vários contextos, desde as relações coloniais até práticas contemporâneas em zonas de guerra e áreas de conflito. (mais…)

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Corpos estendidos no chão: até quando a necropolítica será a principal face do estado nas favelas do Rio? Por Dani Monteiro e Mônica Cunha*

De acordo com a Rede de Observatórios, 87,3% dos mortos pela polícia no Rio de Janeiro em 2021 eram pretos

No Brasil de Fato

Somos duas pretas, duas mulheres que cresceram convivendo com o racismo desde a favela até o asfalto. Somos de duas gerações distintas, podíamos ser mãe e filha e, por incrível que pareça, da geração da mais velha para a geração da mais nova, as injustiças e mortes de que os pretos como nós são vítimas se avolumam como os corpos expostos para quem quiser ver. (mais…)

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‘Independência e morte’, bradam as polícias do Rio de Janeiro. Por Luiz Eduardo Soares

O enclave policial é refratário à autoridade política e nenhum governador jamais comandou (plena e efetivamente) as polícias estaduais

No A Terra é Redonda

O título exato deste artigo deveria ser mais extenso: As polícias fluminenses, por meio de seu porta-voz, o governador, proclamam a independência e declaram que o Rio de Janeiro passa a ser território livre dos limites constitucionais. Explico. (mais…)

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