Tempo de tela: entre riscos e benefícios, como cuidar das nossas crianças e adolescentes?

Em todo o mundo, elas utilizam os dispositivos eletrônicos por muito mais tempo do que o recomendado. Podem ter problemas de sono, de vista e até de desenvolvimento, além dos riscos à sua segurança. Qual o caminho para o equilíbrio?

por Carolina Scherer Beidacki, em Outra Saúde

Uma pessoa no Brasil passa, em média, 56,61% do seu tempo acordado em frente a telas, é o que indica um levantamento realizado em 2022. Mundialmente apenas 35,6% de crianças entre 2 e 5 anos estão observando o tempo de tela recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 1h por dia. Quanto maior o tempo de exposição a telas maiores podem ser os riscos relacionados a problemas de saúde e de desenvolvimento para crianças e adolescentes. Jovens em situação socioeconômica mais vulnerável podem ser desproporcionalmente afetados, é o que mostra o estudo “Tempo de Tela para Crianças e Adolescentes”, publicado pelo Instituto Veredas sob encomenda da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). (mais…)

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Crescimento: seis décadas de ilusões

Ideia de que o aumento do PIB é o objetivo central da Economia remonta aos anos 1950. Deformou conceitos de Keynes. E, depois de multiplicar a desigualdade e minar a democracia, terminou em… estagnação. Como revertê-la agora?

por Ann Pettifor, em Outras Palavras

“Crescimento” é um termo usado por economistas que têm em vista uma atividade econômica ampliada: um aumento no investimento, emprego, bens e serviços. Também é usado, de forma pejorativa, por ambientalistas convencidos de que a expansão interminável da atividade econômica em um mundo com recursos finitos é insustentável. Eles empregam mais comumente seu antônimo, “decrescimento” – como em The Future Is Degrowth: A Guide to a World beyond Capitalism [“O futuro é decrescimento: Um guia para um mundo além do capitalismo”]. O uso e a evolução de “crescimento” e sua ligação com o PIB representam uma etapa importante no surgimento do sistema atual de governança econômica global, baseado nas expectativas de “crescimento” contínuo, por sua vez facilitado pela desregulamentação financeira e mobilidade de capital. Tal “crescimento”, no contexto do capitalismo financeirizado, levou a desequilíbrios ecológicos, sociais e econômicos que ameaçam provocar colapso sistêmico. (mais…)

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Quando a esquerda não ousa governar

No Brasil, em nome dos “mercados”, Haddad anuncia cortes que apequenam Lula-3. Na França, a Frente Popular pode desperdiçar a vitória que as urnas lhe deram, por desconfiar de si mesma. O que há em comum entre estes dramas?

por Antonio Martins, em Outras Palavras

Por que não se contingenciam os juros?, poderia ter perguntado ao ministro Fernando Haddad um dos jornalistas presentes ao anúncio, nesta quinta-feira (18/7), do corte de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024. Aplicados sobre um gasto público já comprimido, o bloqueio de R$ 11,2 bi e o contingenciamento de R$ 3,8 bi significam que o SUS continuará muito distante de seu projeto original; que o governo manterá o flerte com com o “novo ensino médio” e a educação segregada; que nas cidades o próprio Minha Casa, Minha Vida patinará; que quase nada se fará em relação à reforma agrária (como constatou há semanas João Pedro Stédile); que, enfim, Lula 3 permanecerá, por enquanto, apequenado. (mais…)

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Steven Levitsky: “O atentado contra Trump vai ter menos impacto que a facada em Bolsonaro”

Em entrevista, autor de “Como as democracias morrem” afirma que eventual segundo governo Trump será ainda mais autoritário

Por Natalia Viana | Edição: Bruno Fonseca, Agência Pública

Um segundo governo Trump deve ser mais autoritário, afirma o professor de Harvard Steven Levitsky, autor do livro best-seller Como as democracias morrem (editora Zahar, 2018). Nessa conversa exclusiva com a Agência Pública, o diretor do Centro David Rockefeller para Estudos Latino-Americanos afirma que, se eleito, Trump não vai confiar em especialistas para definir suas políticas e deve usar o Estado para perseguir seus inimigos. (mais…)

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CPAC põe Brasil no centro da extrema direita internacional, diz cientista política

Para Camila Rocha, alcance do evento reforça a percepção de poder da extrema direita

Por Andrea DiP, Clarissa Levy, Ricardo Terto, Stela Diogo | Colaboração: Ana Alice de Lima, Agência Pública

Jair Bolsonaro, Javier Milei, Nikolas Ferreira, Ricardo Salles, Magno Malta e Eduardo Verástegui. Esses foram alguns dos nomes proeminentes da extrema direita nacional e internacional que compareceram à edição 2024 do CPAC Brasil, em Balneário Camboriú (SC), no último final de semana. A versão brasileira do congresso conservador realizado anualmente nos Estados Unidos, importada em 2019 pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), posiciona o Brasil de maneira central no ecossistema da extrema direita internacional. É o que avalia Camila Rocha, doutora e mestre em ciência política pela Universidade de São Paulo (USP) e autora do livro Menos Marx mais Mises: o liberalismo e a nova direita no Brasil (Todavia, 2021). (mais…)

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Bolsonaristas articulam na Europa criação de coalizão da extrema direita internacional

Previsto para outubro, movimento Aliança pela Liberdade reunirá partidos conservadores da Europa e América

Por Alice Maciel, Agência Pública

Após fortalecer os laços com a extrema direita dos Estados Unidos (EUA) e da América Latina, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em parceria com o ex-ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni (PL-RS), está articulando na Europa a fundação de uma coalizão de partidos conservadores dos dois continentes. O movimento “Aliança pela Liberdade”, com lançamento previsto para outubro em Portugal, foi tema do discurso de Lorenzoni durante o CPAC Brasil, congresso conservador realizado no último final de semana em Balneário Camboriú (SC). (mais…)

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