As lutas pela saúde pública desaguaram em Mar del Plata

Na 5ª Assembleia pela Saúde dos Povos, movimentos sociais internacionais se reuniram para debater caminhos para garantir a saúde para todos. Foi momento importante para unir as vozes contra as desigualdades, a privatização do conhecimento e a guerra

por Gabriela Leite, em Outra Saúde

Todos os anos, em Genebra, os países se reúnem em evento da Organização Mundial da Saúde (OMS) para debater o presente e o futuro da saúde. Mas as lutas do Sul Global são deixadas repetidamente em segundo plano, atrás de interesses de Estados Unidos e Europa, além daqueles de grandes corporações. Guardadas as proporções de escala, um outro evento, pequeno e combativo, serviu de contraponto ao do establishment. Foi a 5ª Assembleia pela Saúde dos Povos, que aconteceu na semana iniciada em 7 de abril, na cidade litorânea de Mar del Plata, Argentina. (mais…)

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Portugal entre 1974 e 1975. Por Raquel Varela

No A Terra é Redonda

Nunca tanta gente decidiu tanto

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Era uma vez um homem, ou quase-homem, que queria comer o fruto do alto duma árvore. Olhou, calculou a distância, decidiu que queria (ato consciente) comer o fruto e pensou em como fazer-se chegar lá. Começou por uma liana, que se partiu, refletiu sobre o peso, e pensou que podia produzir, com as próprias mãos, uns “degraus”, até que construiu uma escada. E quis ensinar à sua comunidade o que era uma escada, como fazê-la, como usá-la, e, por isso deu nomes – à corda, à escada e ao ato de ir além, ir mais alto. (mais…)

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Elon Musk está engajado com extrema direita, diz advogada e ativista de direitos digitais

Estela Aranha afirma que “vazamentos” do Twitter Files misturam informações para compor narrativa de censura

Por Andrea DiP, Clarissa Levy, Ricardo Terto, Agência Pública

No domingo, dia 21 de abril, Bolsonaro mobilizou milhares de eleitores na praia de Copacabana. Em cima de um carro de som, o ex-presidente exaltou o dono da rede social X (antigo Twitter), o bilionário Elon Musk, que vem usando suas redes sociais para atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. De acordo com a advogada e ativista de direitos digitais Estela Aranha, Bolsonaro aproveita o tema para engajar a base bolsonarista contra a corte. (mais…)

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A extrema-direita está “na moda” de novo? Metapolítica, redes internacionais e âncoras históricas. Artigo de Steven Forti

IHU

“A preocupação com a ascensão da extrema-direita hoje atravessa a política, mas também a academia. Neste quadro, regressam as discussões sobre a ligação destes movimentos com o fascismo histórico e as ameaças que implicam para as democracias liberais tensas”, escreve Steven Forti. (mais…)

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Polêmica: em busca da soberania perdida

A globalização está em crise. Direita deu-se conta e evoca ideia de nação que se liga a Propriedade, Privilégio e (falsa) Segurança. Esquerda demora-se, porque não enxerga as possibilidades de uma luta do povo contra o capital e suas misérias

Por Fernando Marcelino, em Outras Palavras

O historiador Eric Hobsbawn apontava que o os governos dos Estados-nações e Estados territoriais modernos apoiam-se em três presunções: primeiro que tenham mais poder do que qualquer outra unidade que opere em seus territórios; segundo, que os habitantes dos seus territórios aceitem mais ou menos de bom grado sua autoridade; e terceiro, que eles possam proporcionar aos habitantes serviços que de outra maneira não poderiam ser prestados com efetividade, como a manutenção da lei e da ordem. Por mais de duzentos anos, até o final da década de 1970, a ascensão do Estado moderno deu-se de forma contínua e independentemente da ideologia e da organização política. Nos últimos quarenta anos, a tendência se inverteu. O Estado neoliberal abandonou muitas de suas atividades diretas tradicionais. O Estado territorial perdeu o monopólio da força armada, da estabilidade e do poder. Ao minar a influência do Estado na condução da sociedade, o (neo)liberalismo passou a desmontar o aparelho estatal, privatizando suas funções para o mercado ou simplesmente retirando-o da responsabilidades antes estratégicas, como o uso legítimo da violência, política monetária e cambial, política externa, energia, infra-estrutura, indústria, serviços de saúde e educação e cultura (HOBSBAWN, 2007). (mais…)

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