Para encobrir o massacre, traçam-se paralelos patifes. Comparar a violência do escravo, em luta ou desespero, à do colonizador que o submete é propor o silêncio resignado dos oprimidos. Reflexões no Dia de Solidariedade ao Povo Palestino
Por Hamza Hamouchene no Africa Is a Country |Tradução: Maurício Ayer, em Outras Palavras
Por qual padrão de moralidade a violência usada por um escravo para quebrar suas correntes pode ser considerada igual à violência de um senhor de escravos?
Walter Rodney
Após os ataques do Hamas a Israel, em 7 de outubro, que causaram mais de 1.200 mortes, proliferaram as injunções na grande mídia e entre políticos e especialistas ocidentais, impondo que qualquer um que desejasse expressar uma opinião sobre os acontecimentos e os crimes de guerra israelenses e o genocídio que ocorreram em seguida em Gaza, primeiro deveria denunciar o Hamas antes de expressar qualquer outra opinião. A não obediência explícita a isso ou qualquer tentativa de colocar os acontecimentos no seu contexto histórico ou de enfatizar as causas profundas do conflito foram interpretadas como tolerância às ações do Hamas (ou seja, que a pessoa era um simpatizante do Hamas) e confundidas com antissemitismo. (mais…)
Ler Mais