Para o antropólogo, “ao medirmos a potência de um desfile meramente por suas afinidades políticas, ignoramos todo o resto”.
Por: Patricia Fachin, em IHU On-Line
O carnaval e o samba, muito antes de apresentarem um retrato unívoco do Brasil, são artes que expressam “as mazelas dos oprimidos, isto é, dos seus criadores” e refletem sobre temas que perpassam suas vidas há séculos, como a violência, o racismo e a opressão, mas não só. O carnaval, como uma “forma de arte extremamente complexa”, também manifesta em seus sambas-enredo uma visão cosmopolítica, religiosa, o modo de vida que circunda elementos do candomblé, a cultura negra e a arte de matriz africana, e isso faz “toda a diferença”, diz o antropólogo Orlando Calheiros à IHU On-Line.
(mais…)