Será possível salvar o Tratado das Pandemias?

Economista italiana alerta para o enfraquecimento de um acordo que deveria servir para garantir a saúde de forma menos desigual na próxima crise sanitária. Norte Global ataca, em especial, as medidas para flexibilizar a propriedade intelectual

por Mariana Mazzucato, em Outra Saúde

Rascunhos recentes de um tratado pandêmico global na Organização Mundial da Saúde (OMS) foram extensivamente criticados e vistos como “vergonhosos e injustos”. Quando a última rodada de negociações começou, em 18 de março, ficou claro que uma lição importante da pandemia da covid-19 estava sendo ignorada: a saúde pública e a saúde da economia são interdependentes. (mais…)

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Musk destampa o esgoto no X/Twitter ao sugerir que vai ignorar Justiça. Por Leonardo Sakamoto

No UOL

Em meio a ataques às decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o proprietário do X/Twitter, o bilionário Elon Musk afirmou que a sua empresa está “levantando todas as restrições” determinadas pelo Poder Judiciário. Não foi claro sobre a quais decisões se referia, mas isso abre um grave precedente.

Primeiro porque qualquer pessoa física ou jurídica que opera em um país está sujeito às suas leis e ao seu Poder Judiciário. Questionamentos devem ser feitos em tribunais e, caso o apelo não seja ouvido, pode-se acionar o sistema de Justiça interamericano, na Organização dos Estados Americanos, ou internacional, nas Nações Unidas, contra um Estado. (mais…)

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Os donos do livro

Cauê Ameni, Haroldo Ceravolo Sereza, Ivana Jinkings e Rogério de Campos escrevem sobre o ataque da Amazon à bibliodiversidade.

Por Cauê Armeni, Haroldo Ceravolo Sereza, Ivana Jinkings e Rogério de Campos, no Blog da Boitempo

Em março, dezenas de editoras e milhares de autores e leitores brasileiros foram surpreendidos pela retirada de um enorme acervo de livros digitais da Amazon. A gigante e a distribuidora Bookwire não se acertavam sobre percentagens de seus negócios e, assim, sem quê nem por quê, os e-books evaporaram da plataforma. (mais…)

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Sobre a arrogância dos “povos escolhidos”

A ideia da “escolha divina” – tão típica de Israel e dos EUA, mas que vai além – demoniza, humilha e exclui os que pensam diferente. Ela se repete em todos os momentos em que a humanidade “perde o horizonte”, como neste início do século XXI

por José Luís Fiori, em Outras Palavras

Agradecemos a Deus pela bomba atômica
ter vindo para nós, e não para os nossos inimigos;
e oramos para que Ele possa nos guiar
para usá-la em Seus caminhos,
e para Seus propósitos”.

Presidente Harry, S. Truman, citado in Perry Anderson,
“A política externa norte-americana e seus teóricos” (mais…)

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Orbán: um ditador quer acolher Bolsonaro

Estudo de uma ultradireita peculiar: sem criar um Estado policial nem cancelar eleições, premiê húngaro submeteu sistema político-eleitoral, Judiciário e mídia – até asfixiar a oposição. Por que alguns sonham com a exportação do modelo

por Glauco Faria, em Outras Palavras

Milhares de pessoas protestaram em Budapeste nesta terça-feira (26), em uma área próxima ao Parlamento. Pediam a renúncia do primeiro-ministro Viktor Orbán e de seu procurador-geral. A manifestação foi organizada após a divulgação de um áudio feito por um ex-funcionário e ex-aliado do governo, Péter Margyar, em um diálogo com sua esposa e ex-ministra da Justiça, Judit Varga, apontando para uma tentativa de adulteração de documentos para acobertar um caso de corrupção envolvendo Pál Vílner, ex-secretário de Estado do Ministério da Justiça. (mais…)

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O que mantém a ultradireita húngara no poder

Ex-parlamentar do Partido Verde relata, em entrevista, a receita autoritária de Orbán. Além do controle das instituições, concessões pontuais à classe média e aos mais pobres e amplo apoio a fundações internacionais conservadoras

por Glauco Faria, em Outras Palavras

Após a revelação de que Jair Bolsonaro havia permanecido por dois dias na embaixada da Hungria no Brasil em fevereiro, o nome do primeiro-ministro do país, Viktor Orbán, passou a fazer parte do noticiário nacional. No poder desde 2010, ele foi o responsável por promover uma série de medidas autoritárias que minaram o regime democrático húngaro e que, ao mesmo tempo, fizeram dele uma espécie de referência para a extrema direita mundial. (mais…)

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