Da xenofobia de Trump às pressões de Kamala: como fica o Brasil com as eleições nos EUA

Professora Cristina Pecequilo avalia as influências dos EUA no Brasil e os paralelos na política nos dois países

Por Por Andrea DiP, Clarissa Levy, Claudia Jardim, Ricardo Terto, Stela Diogo, Agência Pública

As eleições presidenciais dos Estados Unidos (EUA) estão programadas para o próximo dia 5 de novembro, terça-feira. Diversos países, entre eles o Brasil, observam atentamente o andamento da disputa para saber quem irá governar uma das maiores potências do mundo. (mais…)

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Eleições: Fiasco das esquerdas e a possível reorientação

É preciso compreender o desencanto com a política institucional. Apartada das periferias, emergiu uma elite progressista, que frustrou a renovação de quadros. E a tática eleitoral foi esvaziada de participação popular e formação de consciência política…

por Mauri Cruz, em Outras Palavras

Começo este artigo com um agradecimento as companheiras e companheiros do campo democrático e popular que colocaram seus nomes e sua trajetória nas disputas eleitorais de 2024. Sabemos que os acertos e os erros eleitorais são fruto de decisões coletivas, ninguém é candidata/o de si mesmo, no entanto, os sacrifícios e os custos pessoais e políticos são assumidos por quem se dispõe a colocar seu nome para o pleito. Por isso, meu profundo agradecimento as guerreiras Maria do Rosário (PT) e Tamyres Filgueira (PSOL) que foram incansáveis na missão de fazer o enfrentamento político em Porto Alegre. A Guilherme Boulos (PSOL) e Marta Suplicy (PT) por terem, igualmente, enfrentado em São Paulo as agruras de uma disputa de novo feitio, onde a lógica das redes sociais dominou a dinâmica política. E ao camarada e amigo Edmilson Rodrigues (PSOL), que enfrentou, não só a extrema direita de Belém, mas sofreu com a articulação de alianças do chamado Centrão com setores que compõe a base do Governo Lula. A todas as demais lideranças que dispuseram seus nomes e a militância popular que esteve presente, nas ruas e nas redes sociais, fazendo o bom combate, meu muito obrigado. (mais…)

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Eleições: Por que as esquerdas perderam vereadores

Eleitorado cresceu 5,4%; os votos válidos, 9,6%. Porém, esquerdas perderam cadeiras nas Câmaras. Dois fatores explicam: uso massivo de emendas pelos conservadores e “politização à direita” diante da institucionalização de partidos progressistas

por Andre Luiz de Souza e Jefferson Ferreira do Nascimento, em Outras Palavras

Nos últimos anos, o crescimento eleitoral da direita e extrema direita, especialmente do bolsonarismo, gerou várias hipóteses explicativas. Uma delas, proposta pelo professor Alysson Mascaro, aborda a politização do povo brasileiro pela direita, exigindo uma reflexão crítica sobre as recentes mudanças no cenário político. Mascaro argumenta que, nas últimas décadas, a conscientização política da população foi direcionada por um viés conservador, influenciada por crises econômicas, políticas e pela manipulação midiática, além do uso estratégico das redes sociais. (mais…)

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Como o Bixiga se tornou o bunker vermelho no coração de São Paulo

Formado por quilombolas, imigrantes italianos e, depois, trabalhadores nordestinos, um dos mais tradicionais bairros de São Paulo tem se tornado o último reduto da esquerda na cidade. Mas nem sempre foi assim: mesmo com histórico de luta, a região voltou a guinar à esquerda nos últimos anos devido a inúmeras iniciativas culturais, sociais, teatros e livrarias – operando uma transformação radical no território.

Por Hugo Albuquerque e Cauê Seignemartin Ameni*, Jacobin

O Bixiga não existe. É o que você vai ler em boa parte dos relatos sobre ele. Formalmente, este que é o bairro síntese de São Paulo não existe mesmo – ou teria por nome oficial Bela Vista, que é praticamente uma gêmea e antagonista. Mas poucos lugares existem – e resistem – tanto quanto o Bixiga, incrustado no coração de São Paulo, bem no meio do caminho entre o Centro Velho e a Avenida Paulista. (mais…)

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Construir alianças no combate à desigualdade e melhorar a vida dos trabalhadores é o desafio das políticas municipais. Entrevista especial com Lucas Chiconi Balteiro

“É necessário um olhar mais atual para a sociedade e seus territórios, que seja mais flexível com questões que sempre tratamos de maneira pejorativa, como a ascensão social – seria mais justa se não fosse pelo capitalismo? É o que precisamos aprofundar e pôr em prática”, sugere o pesquisador de arquitetura e política urbana

Por: Patricia Fachin, em IHU

O resultado das eleições municipais deste ano aponta para a complexidade social e territorial de um país composto por 5.570 municípios, cuja diversidade não permite reduções simplistas ou sínteses baseadas em estereótipos. Entre os dados que chamam a atenção neste pleito, destaca-se o número de abstenções: 29,26%, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ou seja, aproximadamente três de cada dez eleitores não compareceram às urnas. Esse resultado, segundo Lucas Chiconi Balteiro, “indica uma enorme descrença na política, efeitos dos solavancos da última década”. (mais…)

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Resultado eleitoral de 2024 mostra os traços tortos do futuro. por Roberto Liebgott e Ivan Cesar Cima

Pelo que se vislumbra, a política seguirá por traços tortos, que podem nos conduzir a um abismo sem fim.

No Sul21

As eleições municipais, concluídas no domingo, 27 de outubro de 2024, em segundo turno, mostram uma realidade de traços aparentemente tortos. O cenário parece desconexo, porque as lideranças partidárias se desfazem – se esvaziam – por dentro de um núcleo de poder hegemônico à direita, onde estão as forças econômicas, os grandes meios de comunicação e informação, as igrejas e o crime organizado do narcotráfico. (mais…)

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Derrota e Descaminho. Por Antonio Martins

Fiasco eleitoral do governo é dramático e expõe necessidade de mudança de rumos. Porém, Fazenda insiste no erro e pode tornar Lula refém do rentismo e do Centrão. Há alternativas; mas presidente não tem muito o tempo para buscá-las

por Antonio Martins, em Outras Palavras

Mesmo quando previstas, as derrotas graves são doídas. Embora Lula governe o país, os partidos de esquerda e centro esquerda fecharam, ontem, o pleito deste ano elegendo apenas três, de 26 prefeitos de capitais – uma queda abrupta frente aos 14, em 2012, e abaixo mesmo dos 6, em 2020, sob o mandato de Jair Bolsonaro. A esquerda perdeu redutos históricos como Diadema (SP), onde governou por 32 anos nas últimas quatro décadas e elegeu, em todo o país, um número de prefeitos menor do que o alcançado há quatro anos. No primeiro turno, o PL, de Jair Bolsonaro, foi o partido mais votado (com 13,95% dos votos), graças a sua ascensão nas grandes cidades; e o PT, apenas o sexto (com 7,79%). (mais…)

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