Acordo UE-Mercosul: Era ruim. Ficou pior

União Europeia faz novas exigências e quer compromisso que amplia as trocas desiguais e a regressão da economia brasileira. Política econômica do governo Lula permanece cega ao novo e incapaz de ir além do neoliberalismo e do atraso

Por Paulo Nogueira Batista Jr e Manoel Casado, em Outras Palavras

Há poucos dias, o Presidente Lula declarou, referindo-se ao acordo Mercosul/União Europeia, que “estamos cedendo mais do que os europeus” para poder assinar o acordo ainda neste ano de 2025. E fez um apelo ao presidente da França, Emmanuel Macron, e à primeira-ministra da Itália, Giorgia Melloni, para que desistam das suas objeções e permitam essa assinatura. (mais…)

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Europa: ódio, racismo e lucro das plataformas

Entregadores são o alvo. Brasileiro é atacado e imigrante assassinado em Lisboa. Casos não são isolados. Máxima exploração depende de pessoas descartáveis – e alvo de ódio. Greve em Portugal enfrenta “pacote de desmontes” que pode piorar tudo

Por Nirsan Dambrós, em Outras Palavras

Os recentes ataques violentos contra entregadores por plataformas digitais – o assassinato de Mohamed Shamim Bhai em Lisboa e a tentativa de homicídio contra André Oliveira em Dublin, ambos com suas bicicletas roubadas – não constituem episódios aleatórios da barbárie social. Eles representam a expressão fenomênica mais aguda de uma contradição estrutural do capitalismo contemporâneo europeu: sua dependência material da superexploração de uma força de trabalho racializada e precarizada, concomitantemente à produção ideológica dessa mesma força como descartável e vulnerável. Este processo é a síntese de fatores históricos e estruturais, interligados e incorporados socialmente: a inovação tecnológica a serviço da subsunção real do trabalho[i], a função histórica do racismo como divisão da classe trabalhadora e a operação concertada de aparelhos estatais e privados para naturalizar essa violência. (mais…)

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Europa: O teatro político da imigração

Em Portugal, extrema direita surfa na xenofobia, com uso de violência descarada. E cortar políticas não evita a explosão de imigrantes – apenas relega-os à trabalhos precários e a viver nas ruas. A ironia: portugueses sofrem o mesmo em Luxemburgo

Por Nuno Ramos de Almeida, em Outras Palavras

A qualificação da seleção de futebol de Cabo Verde para a fase final do Campeonato do Mundo levou centenas de pessoas a comemorar nos bairros de Amadora e Sintra e na Grande Lisboa. (mais…)

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“O discurso de Trump, cheio de mentiras e ilusões, prova a degradação dos EUA”. Entrevista com Jeffrey Sachs

Entrevista com o ex-assessor do secretário-geral da ONU, Guterres: Há um ataque contínuo à ordem internacional. A UE precisa intervir e parar de beijar o anel de Washington.

por Paolo Mastrolilli, em La Repubblica / IHU

O mundo precisa parar de se enganar: Trump está tirando os Estados Unidos da ordem internacional criada após a Segunda Guerra Mundial. O restante da comunidade global precisa se unir urgentemente para se manter viva mesmo sem os Estados Unidos. A essa acusação, o economista da Universidade de Columbia, Jeffrey Sachs, ex-assessor do secretário-geral da ONU, António Guterres, acrescenta um alerta especial dirigido a nós: a Europa precisa tomar a decisão mais importante: se continua implorando pela bênção de uma Casa Branca que a detesta ou se lidera a alternativa. (mais…)

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Como o acordo MERCOSUL-União Europeia pode impactar a vida das mulheres?

Na Coluna Aromas de Março deste mês, mulheres reforçam assimetrias históricas, ameaça direitos das mulheres e amplia impactos socioambientais do acordo MERCOSUL-União Europeia

Por Raiara Pires¹, na Página do MST

O acordo entre o bloco do MERCOSUL (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) e a União Europeia (UE, atualmente com 27 países) iniciou seu desenho ainda nos anos 1990, não escondendo seu “DNA” neoliberal, que no Brasil já dava o tom em muitas políticas. (mais…)

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UE-Mercosul: Anatomia de um acordo colonial. Por Paulo Nogueira Batista Jr

Celebrado por neoliberais e governo, compromisso aprofunda desindustrialização do país, limita políticas públicas e agrava nossa condição primário-exportadora. Vale examiná-lo – e torcer para que suas contradições internas o inviabilizem

Em Outras Palavras

Meus amigos, os brasileiros que procuram defender o Brasil têm vida quase sempre difícil. Alcançamos, em geral, pouco ou nenhum sucesso e raramente temos algo a comemorar. Uma razão é a tenebrosa “quinta coluna”. Não sei se o leitor conhece a origem dessa expressão. Durante a Guerra Civil Espanhola, os republicanos diziam que pior do que as quatro colunas do General Franco, que marchavam sobre Madrid, era a quinta coluna franquista que operava dentro da capital. Pois bem, a nossa quinta coluna faz sombra à madrilenha. É um numeroso exército de oportunistas e vassalos de interesses estrangeiros. Dou meu testemunho: ao longo da vida inteira, passei grande parte do tempo lutando contra esses quinta-colunistas. (mais…)

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A carta de Macron, os ministros que não o querem ser e o “golpe de força”

O presidente francês quebrou o silêncio para dizer que ninguém ganhou as eleições e que devem existir “compromissos”. Os ministros dão a conhecer a sua inquietação por permanecerem num governo sem legitimidade. Mélenchon e o resto da esquerda apelam ao respeito pelo voto popular.

Em Esquerda.net

A esquerda, pela boca da insubmissa Manon Aubry, diz que a apresentação da solução de governo está “por horas”. Mas a situação política em França continuará longe de ficar desbloqueada, mesmo no caso de as negociações entre as diversas componentes da Nova Frente Popular chegarem a bom porto. (mais…)

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