Gonçalves Dias e as lições do golpismo híbrido. Por Tarso Genro

IHU

“O mais importante daquele 8 de janeiro foi que o Golpe fracassou. Mas não ‘pela capacidade de resistência do povo brasileiro’, como chegaram a dizer muitos adeptos da mística existência de uma ‘fé democrática’ no espírito do povo, que aliás se mostra cada vez mais inerte face às promessas não cumpridas pela democracia liberal. O Golpe fracassou porque as Forças Armadas, na sua maioria profissionalizadas, não se lançaram na aventura golpista. Alguns porque não tinham unidade em torno de um ‘chefe’, outros porque efetivamente não querem mais golpes de Estado, outros – ainda – por respeito às normas de hierarquia que regem a instituição. E outros, talvez, que podem até aceitar um regime autoritário, mas não nos níveis de delinquência de um Governo tão brutalmente inepto e cretino como foi o de Bolsonaro”, escreve Tarso Genro, que foi governador do Estado do Rio Grande do Sul, prefeito de Porto Alegre, ministro da Justiça, ministro da Educação e ministro das Relações Institucionais do Brasil, em artigo publicado por Sul21, 23-04-2023. (mais…)

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Para entender as fardas que (ainda) espreitam

Troca de governo não tirou militares da política. Sem punição ao golpismo, continuam barganhando espaço e poder. Curso da Caixa de Ferramentas analisa atuação do Partido Fardado ao longo da história do Brasil. Sortearemos 2 vagas

por Guilherme Arruda, em Outras Palavras

Se, por um lado, felizmente já não temos mais um capitão na presidência do Brasil – ainda por cima com um general de vice –, por outro, a questão militar não saiu de pauta na política brasileira. Da participação de oficiais na tentativa golpista do 8 de janeiro à interferência do Alto Comando das Forças Armadas em decisões de Estado, os fardados seguem se movimentando em prol de seus objetivos políticos de direita. Para sanar esse problema, é preciso compreendê-lo em profundidade. (mais…)

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Teria a esquerda brasileira tomado calmantes?

Argentina, Chile, Peru… Lá, multidões ocupam as ruas e desafiam golpismos. Mas aqui progressistas apegam-se à defesa da ordem. Precauções beiram o medo. Assim, eles acomodam-se à barbárie – e renunciam um horizonte político emancipador

Por Uribam Xavier, no Segunda Opinião

Quando Euclides da Cunha, na sua obra maior “Os sertões”, publicada em 1902, afirmou que “o sertanejo é, antes de tudo, um forte”, talvez quisesse dizer, embora o sertanejo tenha resistido e derrotado por duas vezes as forças armadas, que ele era capaz de sobreviver às adversidades naturais do sertão e à exploração e ao domínio dos donos do capital, atributo que os dotavam de capacidades diferenciadas para suportar a servidão. Hoje, porventura, estamos constatando que parte dos brasileiros, aquela que se identifica com o pensamento político de esquerda e portadora de um pensamento crítico, seja portadora do medo de rupturas estruturais e do conflito violento com o poder, talvez, por medo de perder os privilégios de classe média num país de desigualdade brutal, comportamento bem diferente dos setores de extrema direita e fascistas que vêm se consolidando no país depois do golpe de 2016. Estes, com objetivos fascistas, colocam-se contra a ordem e forçam as esquerdas a serem o seu guardião, pois renunciaram a um horizonte político emancipador. (mais…)

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O que eles estão pensando? Estadão: “A democracia precisa do Supremo”

Enquanto a Folha de São Paulo se dedica a defender quem usa rede social para fazer enquete sobre o assassinato do presidente da República, o Estadão abre editorial em defesa do Supremo e da democracia. Diz ele: “não poucas vezes o STF poupou o País dos efeitos mais nefastos da agenda reacionária de Jair Bolsonaro. Tanto que o custo dessa altivez foi o ódio dos bolsonaristas não só à Corte, cuja sede foi a mais vandalizada em 8 de janeiro, mas aos seus ministros e familiares”. E acrescenta; desqualificar a Suprema Corte “é desqualificar a própria ideia de Justiça como alternativa civilizatória à barbárie.” Vale ler.(TP)

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AGU responde a editorial da Folha que defendeu jogador de vôlei

Jornal disse que o jogador “é um profissional do setor privado”. AGU rebateu: “os fatos ocorridos nos últimos quatro anos mostram que normalizar condutas criminais é perigoso”

No Brasil 247

A Advocacia-Geral da União (AGU) reagiu ao editorial da Folha de S. Paulo deste sábado (4), que chama de  ‘bola fora’ a decisão da AGU defender o banimento do jogador de vôlei Wallace, que incitou o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). (mais…)

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