O dilema do dilema das redes: a internet é o ópio do povo

Mauro Iasi faz uma leitura marxista do novo documentário da Netflix sobre as engrenagens perversas das redes sociais.

No Blog da Boitempo

O capital tem que ser crisálida por um tempo antes de poder voar como borboleta”
KARL MARX, GRUNDRISSE, p. 453.

O dilema do documentário O dilema das redes (2020) é muito comum em documentários deste tipo. Nos apresentam uma série de dados, fatos e denúncias – todos muito preocupantes – mas lhes faltam categorias de análise para compreender a questão que denunciam. Podemos ver tal problema em bons documentários, como Uma verdade inconveniente (dirigido por Davis Guggenheim e apresentado por Al Gore, 2006) ou mesmo no brasileiro Democracia em vertigem (dir. Petra Costa, 2019).

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Yes, nós temos deepfake: brasileiros são o 2º maior público de aplicativo que “troca rostos” de políticos e celebridades

Reportagem apurou que aplicativo pretende lançar rostos de personalidades brasileiras; o Impressions App já permite simular imagem de Trump e Obama, além de celebridades dos EUA

Por Ethel Rudnitzki, Agência Pública

“Hey, Brasil. Estou em praia de Rio de Janeiro pescando”, diz o cantor Justin Bieber, em português, em um vídeo gravado em Cabo Frio. Com mais de 80 mil curtidas, o conteúdo em questão não foi produzido pelo cantor, mas por um influencer brasileiro, Daniel Xavier, utilizando um aplicativo que permite trocar seu rosto pelo de celebridades e políticos — e que pode mudar a forma como conteúdos falsos são produzidos atualmente.    

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Quem são as pessoas que não têm acesso à internet no Brasil?

Uma a cada cinco pessoas não tem internet própria e compartilha rede do vizinho

Martha Raquel, Brasil de Fato

pandemia de covid-19 trouxe à tona uma realidade que por vezes foi ignorada no Brasil: a falta de acesso à internet. A necessidade do isolamento social por conta do novo coronavírus, torna o momento decisivo para se aprofundar na discussão sobre o tema e conhecer quem está sendo deixado de lado.

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A vida digital

por Elaine Tavares, em Palavras Insurgentes

A pandemia do coronavírus provocou o aprofundamento da dependência digital. Isso é um fato. E ainda que milhões de seres no mundo não tenham acesso ao “admirável” mundo da internet, a tendência que desponta é justamente essa: tudo o que puder ser feito via rede mundial de computadores, será. Em muito pouco tempo quase nada necessitará ser  presencial e chegaremos ao tempo que considerávamos como um futuro distópico que é  tempo dominado por um grande irmão sem rosto e sem nome. 

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Com verba pública, publicitário do Aliança pelo Brasil cuida de redes sociais de deputados que apoiam protestos antidemocráticos

Empresa contratada vendia cosméticos até fevereiro e foi “reformada” para trabalhar com políticos

Por Alice Maciel, Ethel Rudnitzki, na Agência Pública

O marqueteiro do Aliança pelo Brasil, Sérgio Lima, é o responsável, desde março, pelas redes sociais da sua amiga a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), e de outros três parlamentares do PSL que estão na linha de frente da criação da nova legenda do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Os quatro deputados também corroboram o discurso anti-isolamento social contra a Covid-19, espalhando desinformação e, no caso da deputada, fake news sobre a doença. Apoiados nessa narrativa construída na internet, os parlamentares saíram às ruas para participar de atos antidemocráticos que também contaram com o apoio da cúpula do Aliança.

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O futuro do Google é também seu passado: colonialismo digital e capitalismo de vigilância

Em 3 de dezembro, os dois fundadores do Google, Sergey Brin e Larry Page, abandonaram a empresa que criaram em 1998. Desde 2015, eram presidente e CEO, respectivamente, da Alphabet, a matriz do Google. Embora permanecerão no conselho e manterão 51% das ações especiais com capacidade de veto, sua retirada tem um grande simbolismo. Soma-se a de Eric Schmidt, em 2017, que foi CEO do Google de 2001 a 2011 e depois ocupou cargos executivos na Alphabet.

por Ricardo Dudda, em Letras Libres. Tradução Cepat / IHU On-Line

Brin, Page e Schmidt transformaram um simples mecanismo de busca na internet em uma das maiores empresas de publicidade do planeta e um gigante do capitalismo de vigilância, avaliado em mais de 100 bilhões de dólares. Conseguiram estabelecer um modelo de negócios que não parecia claro inicialmente. O Google seria uma empresa de publicidade. Quase 90% da renda da Alphabet vem da publicidade. Apenas Google e Facebook detêm 60% da publicidade on-line global.

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