Ato reúne milhares de mulheres no Rio contra cultura do estupro

Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil

Um ato contra a cultura do estupro reuniu pelo menos 5 mil pessoas no início da noite de ontem (1º), no centro do Rio de Janeiro. A concentração ocorreu na Igreja da Candelária e seguiu em passeata pela Avenida Presidente Vargas até a Central do Brasil. A estimativa de público é da organização do ato. A Polícia Militar (PM) ressaltou apenas que “o metro quadrado está muito denso”.

Com muitas faixas, cartazes, instrumentos musicais e gritos de ordem, as mulheres diziam: “Eu não me dou ao respeito porque ele é meu por direito”, “Meu corpo, minhas regras”, “A culpa não é da vítima”, “Não é o tamanho da nossa saia que envergonha a sociedade, mas o tamanho do seu machismo”, “O estuprador não é doente mental, ele é filho saudável do patriarcado” e “O feminismo nunca matou ninguém, o machismo mata todos os dias”, entre outros. (mais…)

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A Justiça no Brasil não é divina, é feminina

A incompetência do delegado que conduzia o caso da menor estuprada no Rio revela por que os crimes desta natureza ficam impunes. A pressão das mulheres vira o jogo

Carla Jimenez – El País

Sai um delegado que desacredita uma vítima de 16 anos, violentada por no mínimo seis homens numa favela no Rio, mas que podem chegar a mais de 30. Entra uma delegada que se debruçou sobre o caso neste domingo, esticando o estudo de evidências recolhidas até então: o estupro coletivo está comprovado, afirmou Cristiana Bento. Pelo vídeo e pelo depoimento da adolescente. O seu antecessor no caso, Alessandro Thiers, saiu porque lhe faltou trato com a vítima, segundo o chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Fernando Veloso. Durante coletiva de imprensa sobre o caso, Veloso foi questionado se o afastamento havia ocorrido por erros que o delegado pudesse ter cometido. “Nós não fazemos pré-julgamento”, respondeu o chefe da polícia. (mais…)

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“O machismo também afeta o homem”, diz criadora do blog Escreva, Lola, Escreva

Edwirges Nogueira – Repórter da Agência Brasil

“O machismo também afeta os homens. Eu, particularmente, quero que eles sejam feministas”, disse hoje (29) Lola Aronovich, uma das vozes do feminismo mais ativas no Brasil, em   palestra no 1º Colóquio Feminista da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC). Para Lola, que mantém o blog Escreva, Lola, Escreva, o movimento beneficia toda a sociedade, na medida em que promove a igualdade entre os gêneros.

“Gostaria que os homens pensassem em um mundo onde as mulheres não precisem temê-los e onde eles não precisem provar que são másculos o tempo todo. O feminismo é uma luta para emancipar a vida de todo mundo.” (mais…)

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‘Mães não podem ser prefeitas’, diz Berlusconi em meio a denúncias de sexismo na política italiana

Ex-premiê da Itália diz que ocupar Prefeitura de Roma ‘não seria a escolha certa’ para a pré-candidata Giorgia Meloni, que está grávida e é rival do seu partido

Opera Mundi

O ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi declarou nesta terça-feira (15/03) que a pré-candidata à Prefeitura de Roma Giorgia Meloni, que está grávida, não é adequada para assumir o cargo porque, segundo Berlusconi, a função de prefeita e a maternidade são incompatíveis. (mais…)

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Brasil precisa combater imaginário patriarcal da sociedade, diz ministra

Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

A ministra das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, disse hoje (9) que cada avanço e cada direito que vão sendo garantidos para as mulheres no Brasil ajudam na mudança do imaginário que muitas têm sobre si mesmo e que os homens têm sobre as mulheres. “Quando se fala dessa dimensão cultural de algumas mulheres se sentirem como propriedade e homens como proprietários, e por isso acham que podem exercer toda forma de violência, isso diz respeito a uma dimensão que é o próprio imaginário patriarcal que temos em nossa sociedade”, afirmou. (mais…)

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Machismo: o jogo virou?

Como é possível, com tantos indícios disponíveis na internet, que se duvide da existência de preconceito?

por Joanna Burigo — CartaCapital

Como será que andam sendo as conversas de quem, mesmo habitando a internet, ainda brada que “não existe machismo (ou racismo, ou homofobia, ou…)”? Perguntar não ofende, e ao final deste fevereiro de dois mil e dezesseis, com tantas evidências destes fenômenos nas redes sociais, francamente, parece impossível continuar fingindo que machismo [ou…] não existe. (mais…)

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