‘Deplorável’ e ‘completamente desequilibrada’: acadêmicos repudiam nota do Itamaraty sobre o 7 de outubro de 2023

Comunicado omitiu dados sobre mortes e destruição em Gaza, evitando chamar de ‘genocídio’ o que ocorre no enclave; para intelectuais, texto é ‘ato de insubordinação’

Rocio Paik, Opera Mundi

A nota publicada pelo Itamaraty sobre o aniversário de um ano dos acontecimentos do dia 7 de outubro de 2023 gerou uma série de questionamentos. Diversos acadêmicos e especialistas classificaram a mensagem como “desequilibrada”, especialmente pela omissão ao massacre cometido por Israel na Faixa de Gaza a partir dos eventos ocorridos naquela data. (mais…)

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MPF e UFS assinam acordo para reparar uso indevido da política de cotas para professor efetivo e repor 41 vagas para pessoas negras

Universidade vai repor 41 vagas para pessoas negras em seus editais

O Ministério Público Federal (MPF) e a Universidade Federal de Sergipe (UFS) firmaram acordo judicial em ação civil pública ajuizada para corrigir distorções no acesso da população negra a cargos de professor efetivo. Com o acordo, serão repostas 41 vagas que deixaram de ser destinadas à ação afirmativa de cotas nos concursos públicos da universidade. O compromisso contou também com a participação da Educafro Brasil e de Ilzver Mattos, que participam da ação como terceiros (amici curiae). (mais…)

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Desigualdades: Interpenetração racismo-machismo-pobreza. Novidade!? Por Nilma Bentes(1)

Há possibilidade de alguma pessoa brasileira ser absolutamente equilibrada, harmonizada consigo mesma? Qual percentual de equilíbrio emocional de pessoas negras [2] e brancas diante do racismo que está entranhado desde a invasão europeia – escravismo-colonial continuando pelo império e república atual? Pessoas brancas que se consideram NATURALMENTE superiores às negras e indígenas podem ser consideradas equilibradas? Penso que certamente NÃO. Ocorre que mesmo nas camadas de baixa renda, as pessoas/famílias brancas se beneficiam desse “privilégio branco”, criado à força[3]. (mais…)

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MPF investiga falas racistas e discursos de ódio contra indígenas do Baixo Tapajós, no Pará

Atos discriminatórios teriam sido realizados após operação de fiscalização na TI Cobra Grande e no PAE Lago Grande

MPF/PA

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito civil e procedimento criminal para investigar discursos racistas e incitadores de ódio contra povos indígenas do Baixo Tapajós, no Pará. A medida foi adotada após inúmeras fontes compartilharem com a instituição áudios enviados em aplicativo de mensagens, nos quais dois homens questionam a legitimidade étnica de indígenas da Terra Indígena Cobra Grande, localizada no município de Santarém (PA), para incitar outras pessoas contra o direito deles ao território, liberdade e segurança. (mais…)

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A violência de Porongos segue viva no Brasil ainda racializado. Entrevista especial com Daniela Vallandro de Carvalho

Professora analisa a entrada dos Lanceiros Negros no panteão dos heróis nacionais, mas reforça que o episódio que matou estes soldados se atualiza na violência do racismo em nossa sociedade

Por: João Vitor Santos, em IHU

A lei n. 14.795/2024 inscreveu os Lanceiros Negros no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Para muitos, a homenagem aos negros escravizados que aderiram à Guerra dos Farrapos (1835-1845) em busca de liberdade e igualdade é um reconhecimento e uma reparação histórica. A professora Daniela Vallandro de Carvalho também vai neste mesmo sentido, mas também não se furta de lembrar: “essa lógica de uma maior mortalidade de negros e negras pobres no país tem sido, infelizmente, um retrato constante da reprodução da estrutura hierárquica racializada que se ergueu no Brasil e do qual temos colhido esses podres frutos diariamente”. (mais…)

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Pesquisa com povos ciganos analisa interseccionalidade e decolonialidade no SUS

Icict/Fiocruz

O 1° Seminário Geral da pesquisa Interseccionalidades e (de)colonialidades na Política Nacional de Integração em Saúde dos Povos Ciganos: uma abordagem e um caminho para descolonizar o SUS, que ocorreu na Fiocruz Brasília (15 e 16/8), marcou o encerramento da fase de implementação do estudo, que tem em sua coordenação geral a pesquisadora do Laboratório de Comunicação e Saúde (Laces) do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), Inesita Soares de Araujo, e como coordenador adjunto Aluízio de Azevedo, do Ministério da Saúde. Com o objetivo geral de identificar como se produz a prática colonial de anticiganismo nas instâncias do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como as possíveis formas de descolonização, a investigação está sendo desenvolvida pelo Laboratório e conta com financiamento e apoio do Programa de Políticas Públicas e Modelos de Atenção e Gestão à Saúde (PMA), do Ministério da Saúde, por meio de aprovação na Chamada para submissão de propostas nº 01/2023, que privilegiou projetos que buscassem a descolonização do SUS. (mais…)

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“Não há independência em mundo racista”, diz ativista luso-senegalês

Intelectual antirracista participou de evento no Rio de Janeiro

Por Bruno de Freitas Moura, da Agência Brasil

Na véspera do feriado da Independência, quando o Brasil completará 202 anos de rompimento formal com o colonialismo, o intelectual negro luso-senegalês Mamadou Baila Ba – uma das mais proeminentes vozes antirracistas em Portugal – questiona a ideia de independência onde há racismo. (mais…)

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