A cada remoção, uma nova ocupação

Por Raquel Rolnik

Estamos vivendo uma emergência habitacional em São Paulo, como não se via há mais de uma década, pelo menos. Em outras palavras, por absoluta falta de acesso à moradia no mercado formal, e diante da ausência absoluta de políticas públicas para este segmento da população, estão se multiplicando as ocupações e os novos assentamentos, tanto nas periferias quanto nos edifícios abandonados de bairros centrais. (mais…)

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Favela Indiana realiza o 2º Fórum Anual na Luta Contra a Remoção: união é fundamental

por Sophy Chan, em RioOnWatch

No dia 12 de abril, a Comissão de Moradores e a Associação de Moradores da Comunidade Indiana uniram-se para realizar o Segundo Fórum Anual, no auditório da Fundação São Joaquim, localizado na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. Mais de 35 pessoas estavam presentes na reunião, incluindo moradores e líderes da comunidade, moradores de favelas vizinhas, ativistas e representantes de organizações sociais, como a Federação das Favelas do Rio de Janeiro (FAFERJ), e de instituições públicas, como o Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio de Janeiro (ITERJ). (mais…)

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Comerciante que teve barraca derrubada na VK: ‘O sonho não acabou, mas me atrasaram bastante’

Pelo menos duas remoções marcaram a história da Vila Kennedy

por Luisa Fenizola, em RioOnWatch

A primeira, após o golpe militar de 1964, foi a remoção das famílias que viviam na Favela do Esqueleto. A remoção foi feita pelo governo do Estado para a construção da UERJ. As famílias removidas foram reassentadas nas recém criadas Vila Kennedy e Vila Aliança, em alusão ao presidente americano que tinha acabado de ser assassinado e à Aliança para o Progresso, programa de cooperação entre os Estados Unidos e o Brasil que financiou a sua construção, como parte da política de boa vizinhança americana no contexto da Guerra Fria, para assegurar a América Latina como área de influência americana. (mais…)

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Nem todos têm um preço, parte 6: Vila Autódromo no contexto das remoções olímpicas do Rio

Theresa Williamson – RioOnWatch

Infelizmente, a Vila Autódromo representa apenas uma de dezenas de comunidades que sofreram remoções na preparação para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Ao todo, 80.000 pessoais foram removidas. Duas a três mil dessas eram da Vila Autódromo. De acordo com algumas estimativas, foram removidas no Rio mais pessoas nos anos pré-Olímpicos do que em ambas as administrações anteriores associadas com remoções, juntas: a de Francisco Pereira Passosna primeira década do século XX e de Carlos Lacerda nos anos 60.

Os Jogos Olímpicos foram o pretexto perfeito para a remoção. Ao longo do século anterior, moradores de favela adquiriram direitos básicos à terra, e suas comunidades vinham sendo lentamente urbanizadas sob a crescente conclusão de que essa seria a única maneira de integrá-las de forma justa. Oportunidades para remoções em massa não seriam mais justificáveis–isso é, até o prazo das Olimpíadas oferecer um estado de exceção.1 A população da cidade ansiava por investimentos. Havia uma suposição geral de que as decisões sendo tomadas pela prefeitura eram pertinentes e de interesse público. E havia pouco controle para garantir que realmente o fossem. (mais…)

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Nem todos têm um preço, Parte 5: Prefeitura parte para a desapropriação e violência

A Ascensão da Vila Autódromo Como Símbolo de Resistência Olímpica (2014-2016)

Theresa Williamson – RioOnWatch

Em maio de 2014, em um segundo evento do OsteRio, logo quando estudantes de planejamento urbano e moradores da comunidade publicavam um mapa mostrando que centenas de moradores estavam decididos a permanecer, o Prefeito Paes disse ao público que era “difícil preparar um plano de urbanização quando [havia] tantas pessoas vindo a [eles] querendo sair”, mas que eles iriam “ver o que resta da comunidade [após todas as indenizações serem dadas aos que estavam saindo], e que os que restassem […] contanto que não [fossem] em áreas de acesso [ao Parque Olímpico], [eles iriam] urbanizar conforme prometido”. (mais…)

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Intimidação e virada crucial na luta da Vila Autódromo (2013-2014)

A Ascensão da Vila Autódromo Como Símbolo de Resistência Olímpica (2013-2014)

Theresa Williamson – RioOnWatch

Até o final de 2012 todos os ingredientes estavam reunidos para o que se passaria ao longo do crucial ano por vir. A resistência da Vila Autódromo, com bases sólidas, seguiu crescendo no início de 2013. O convincente Plano Popular estava sendo distribuído, uma forte rede de líderes comunitários se reunia e se mobilizava, uma diversa gama de parceiros se engajava, a mídia global começava a prestar atenção e a batalha judicial da comunidade seguia resolutamente sem solução. Legalmente, o prefeito não poderia remover a comunidade sem consentimento ou justificativa para a desapropriação. E dada a visibilidade e a mobilização da comunidade, uma remoção relâmpago estava, cada vez mais, fora de questão politicamente. (mais…)

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Horto protestará ‘quantas vezes for necessário’

Hari Pannum – RioOnWatch

Somente uma semana após uma manifestação produtiva em frente ao gabinete do prefeito,em Botafogo no dia 9 de março, os moradores da comunidade do Horto foram às ruas novamente para protestar contra as ameaças contínuas de remoção das suas casas e a crescente especulação imobiliária no bairro circundante ao Jardim Botânico. Aproximadamente 40 moradores integrantes da Associação dos Moradores e Amigos do Horto(AMAHOR) reuniram-se em frente ao Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico. (mais…)

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