Indiana, na Tijuca, se apronta para resistir à nova ameaça de remoção

Resistência fortalecida ao longo de oito anos de organização e luta

Tyler Strobl – RioOnWatch

Aos pés do morro do Borel no bairro da Tijuca na Zona Norte do Rio encontra-se a unida e humilde comunidade de Indiana, uma favela encantadora que cresceu, chegando a abrigar aproximadamente 600 famílias desde que foi fundada em 1957. No fundo de um imenso morro e com um pequeno rio que percorre por quase toda a comunidade, a favela tem sido rotulada como uma área de risco pela prefeitura, que tentou removê-la em várias ocasiões durante os últimos oito anos. Disputando a narrativa de risco como base para as ameaças de remoção, muitos moradores acreditam que a especulação imobiliária é o que tem levado a prefeitura a colocar uma incansável pressão sob a comunidade. (mais…)

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Protesto unido contra remoções finalmente resulta em reunião com a Secretária de Habitação

Cheyne Bull – RioOnWatch

Na sexta-feira passada, dia 2, aproximadamente 35 moradores de comunidades e aliados se uniram para protestar do lado de fora do gabinete do prefeito, em Botafogo. A manifestação foi o mais recente ato em uma série contínua de ações feitas por moradores com o objetivo de chamar atenção para a grande quantidade de comunidades sob ameaça de remoção durante a administração do Prefeito Marcelo Crivella. Moradores de locais que atualmente enfrentam remoções–incluindo Horto, Barrinha, Rio das Pedras, Araçatiba, Maracajás e Rádio Sonda—estiveram presentes com parceiros de outras favelas como Vila Autódromo, Rocinha e Vidigal. (mais…)

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Nem Todos Têm Um Preço, Parte 2: Apresentando a Vila Autódromo

Esta é a segunda matéria de uma série de sete que compõe o capítulo intitulado ‘Nem Todos Têm Um Preço’, que conta a história de luta da Vila Autódromo. Escrito por Theresa Williamson, diretora executiva da Comunidades Catalisadoras,* o capítulo faz parte do livro Rio 2016: Olympic Myths, Hard Realities (Rio 2016: Mitos Olímpicos, Duras Realidades) organizado pelo economista Andrew Zimbalist. Como o livro foi publicado somente em inglês, pedimos permissão e agradecemos à editora Brookings por nos permitir publicar o capítulo na íntegra em português

Theresa Williamson – RioOnWatch

É nesse contexto complexo (veja a parte 1) que se desenvolve a inspiradora e rica história da pequena favela Vila Autódromo, que surpreendeu por ser tão forte frente à escala dos ataques que se dispôs a enfrentar. Como é o caso de praticamente todas as favelas, a comunidade vincula a sua fundação à uma oportunidade de emprego ou subsistência, neste caso gerada à beira da Lagoa de Jacarepaguá. Ocupada por pescadores em 1967, há cinquenta anos, a pequena favela, localizada há aproximadamente oito quilômetros a sudoeste da Cidade de Deus, teve seu início apenas um ano após a fundação de sua afamada compatriota regional (Cidade de Deus é talvez o melhor exemplo de uma favela que ficou famosa devido à violência sensacionalizada, com o filme de 2002 de mesmo nome). Mas enquanto a Cidade de Deus foi ocupada inicialmente como habitação pública–a horas de distância dos centros empregatícios da época, repleta de pessoas removidas pelo regime militar, aglomeradas contra sua vontade apesar de se originarem de comunidades diferentes–a Vila Autódromo foi estabelecida por um pequeno grupo de pescadores que escolheram o local para subsistir e morar,1 sem se preocupar com a falta de desenvolvimento na região naquela época. Na realidade, a região inteira se caracterizava pelo que muitos enxergavam como pântanos impenetráveis. (mais…)

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Nem Todos Têm Um Preço, Parte 1: (Re)Introduzindo Favelas

Esta é a primeira matéria de uma série de sete, que compõe o capítulo intitulado ‘Nem Todos Têm Um Preço’ que conta a história de luta da Vila Autódromo. Escrito por Theresa Williamson, diretora executiva da Comunidades Catalisadoras,* o capítulo faz parte do livro Rio 2016: Olympic Myths, Hard Realities (Rio 2016: Mitos Olímpicos, Duras Realidades) organizado pelo economista Andrew Zimbalist. Como o livro foi publicado somente em inglês, pedimos permissão e agradecemos à editora Brookings por nos permitir publicar o capítulo na íntegra em português. Leia nossa resenha do livro Rio 2016 aqui.

Theresa Williamson – RioOnWatch

Foi exatamente há cento e vinte anos, como conta a história já completamente entrelaçada com lendas, que soldados oprimidos–assolados pela pobreza e feridos, após a longa e sangrenta batalha de Canudos, a guerra civil mais fatal do Brasil–se dirigiram da Bahia ao Rio de Janeiro que era a capital da nação na época. Os soldados, outrora escravos que haviam sido recém libertados e imediatamente recrutados para a luta, receberam promessas de terras na capital, por servirem em combate.1 (mais…)

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Cerro Corá Moradores em Movimento #RedeFavelaSustentável

Lucas Smolcic Larson – RioOnWatch

Cerro Corá é uma pequena favela localizada no topo do bairro do Cosme Velho na Zona Sul do Rio, e abaixo do morro do Corcovado. Em 2010 o censo registrou lá apenas 708 pessoas e 200 moradias. Mas o tamanho do Cerro Corá não impediu que os moradores fossem bem-sucedidos na luta pelo desenvolvimento da comunidade. Com esse objetivo em mente, um grupo de moradores e colaboradores de outras partes da cidade se juntaram para formar o Cerro Corá Moradores em Movimento.

Em 2013, eles começaram um projeto de museu chamado Memórias do Cerro Corá seguindo uma tendência em favelas do Rio. Em 2014, o grupo ocupou a Associação de Moradores, que estava fora de funcionamento, e construíram e fundaram uma biblioteca comunitária no local. Naquele ano, a Agência de Notícias das Favelas fez uma matéria sobre essas iniciativas que foi traduzida para o inglês no RioOnWatch. Porém, três anos se passaram e o grupo continua ativo. Em 2016, foi criado o Pré-Vestibular Popular Cerro Corá. Pré-Vestibulares são ainda mais críticos para moradores de favela, que de forma geral são limitados à educação pública inadequada ou de baixa qualidade e, em consequência, encontram-se excluídos de universidades. (mais…)

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PE – Arquidiocese recebe denúncias contra Suape

Moradores das comunidades impactadas pelo Complexo Industrial Portuário de Suape denunciaram as violações que vem sofrendo para membros da Comissão de Justiça de Paz da Arquidiocese de Olinda e Recife e Comissão de Direitos Humanos da OAB

Rosilene Miliotti¹, na Fase

A Comissão de Justiça de Paz da Arquidiocese de Olinda e Recife, juntamente com Fórum Suape², na tarde de ontem (20), deram continuidade ao diálogo estabelecido durante o encontro realizado com Dom Fernando Saburido, em dezembro de 2017, na comunidade quilombola Mercês, em Ipojuca (PE). Na ocasião, representantes da arquidiocese foram conversar e conhecer as famílias que estão tendo seus direitos violados. (mais…)

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Rio 2016: Mitos Olímpicos, Duras Realidades

Adam Talbot – RioOnWatch

A coletânea editada por Andrew Zimbalist intitulada Rio 2016: Olympic Myths, Hard Realities (Rio 2016: Mitos Olímpicos, Duras Realidades) é uma brilhante análise sobre os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro e seu impacto na cidade. Como já é de conhecimento dos leitores deste site, os Jogos Olímpicos Rio 2016 foram caóticos, caracterizados por uma polícia violenta, remoções de favelas, degradação ambiental e uma série de outros abusos dos direitos humanos, além da corrupção e consequências econômicas que foram divulgadas na imprensa mundial. (mais…)

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