Política do Brasil de subsidiar óleo e gás pode elevar emissões em 20% até 2050

Manutenção dos atuais incentivos a combustíveis fósseis ameaça transição energética e cumprimento do Acordo de Paris

Por Gabriel Gama | Edição: Giovana Girardi, Agência Pública

Se o patamar atual de incentivos do governo federal aos combustíveis fósseis continuar, o Brasil caminha para aumentar suas emissões de carbono pelo setor da energia em mais de 20% até 2050, em comparação com o ano de 2022. O valor repassado em subsídios à produção de petróleo e gás natural, que agravam as mudanças climáticas, cresceu 15% entre 2022 e 2023. Na prática, isso representa uma ameaça à transição energética do país e ao cumprimento das metas nacionais definidas no Acordo de Paris, assinado há quase uma década. (mais…)

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Por recomendação do MPF, Adepará cancela registros de fazendas ilegais na Terra Indígena Apyterewa (PA)

Foram cancelados os registros de 130 fazendas que ficaram sem rebanho após a retirada dos não indígenas

Ministério Público Federal no Pará*

Em atendimento ao Ministério Público Federal (MPF), a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) cancelou registros de 130 fazendas ilegais na Terra Indígena (TI) Apyterewa, em São Félix do Xingu, no sudeste do Estado. A informação sobre o cancelamento dos registros foi encaminhada pela Adepará ao MPF no último dia 22. (mais…)

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Documentário aborda situação de quilombolas do Cerrado

Graça Portela (Icict/Fiocruz)

Com roteiro e direção da jornalista Yasmine Saboya, aluna de mestrado do Programa de Pós-Graduação de Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS) do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), o Canal Saúde lançou o documentário Ecocídio no Cerrado. A produção analisa a resistência dos povos originários e comunidades tradicionais do Cerrado, em especial dos territórios quilombolas de Cocalinho e Guerreiro, mostrando “uma comunidade quilombola cercada pelo agronegócio e vendo a sua produção agrícola familiar ser reduzida drasticamente e a sua saúde serem ameaçadas”, como destaca a jornalista. (mais…)

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Algodão transgênico foi plantado em zona proibida de Mato Grosso

  • Durante cinco anos, agricultor desrespeitou medida de biossegurança e avançou sobre área que impedia contaminação de algodão nativo.
  • Em maio deste ano, a Embrapa, dona de patentes de algodão transgênico, atuou e conseguiu derrubar as zonas de exclusão em Mato Grosso.
  • Indígenas temem que liberação do cultivo de algodão transgênico em todo o estado contamine as suas variedades crioulas, usadas na produção de artesanato e para fins medicinais.

A reportagem é de Adriana Amâncio e André Uzêda, publicada por Mongabay, 29-10-2024.

Uma lavoura de algodão transgênico foi plantada em área irregular durante cinco anos no estado de Mato Grosso, desrespeitando abertamente uma medida de biossegurança criada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A Mongabay identificou com exclusividade o cultivo desta semente em Marcelândia – município a 641 km da capital, Cuiabá, e que tem no agronegócio o seu principal modelo econômico. (mais…)

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As epistemologias colaborativas das periferias

WikiFavelas mostra: fervilham iniciativas de produção de conhecimentos e memórias nas quebradas. Resgate dos legados ancestrais é a tônica; assim o “nós por nós” para gerar dados locais e contextualizados. Mas, muitas vezes, Academia e Estado tentam deslegitimar-los

por Palloma Menezes, ​Gustavo Azevedo e Kharine Gil, Thaís Cruz, Hugo Oliveira e Caíque Azael, em Outras Palavras

Há um ano, o governo federal lançava o Mapa das Periferias, iniciativa que pretende reunir e visibilizar ações em diferentes favelas e periferias por todo o país. No início de 2024, o IBGE eliminou o termo aglomerados subnormais do conceito de favelas e comunidades para a produção do Censo e das demais pesquisas feitas pelo Instituto. Há poucas semanas, em São Paulo, foi criado pela Fapesp o Centro de Estudos da Favela (CEFAVELA). (mais…)

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História viva: assim se constroem as “Cracolândias”

Narrativa e mapas da degradação urbana, no centro de SP. Como a omissão do Estado, e mais tarde a especulação imobiliária, abandonaram uma área habitada pelos pobres; para em seguida tentar expulsá-los à força e dar lugar a obras suntuosas ou empreendimentos privados

Por Aluízio Marino, Alec Akasaka Benedusi, Renato Abramowicz Santos, Débora Ungaretti, Raquel Rolnik, no LabCidade

A persistência da cracolândia na região entre os Campos Elíseos, Santa Efigênia e Luz, há mais de três décadas, é resultado de decisões de política urbana, e não da falta delas. Por diversas vezes, ao longo da história recente, esse fragmento da cidade foi alvo de ações policiais e urbanísticas tendo em vista solucionar um processo de “degradação”, cujo sinônimo oculto é o deslocamento das elites e classes médias (suas formas de consumo e habitação) dessa área da cidade durante o processo de urbanização de São Paulo, e o rechaço de formas populares de morar e viver. (mais…)

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TI Guyraroká sofre novo ataque por agrotóxicos: “nos chamam de amargoso, resistente ao veneno”, diz Guarani Kaiowá

A chuva tóxica caiu sobre escola; 4ª Câmara do MPF defende em nota técnica regulamentação e analisa brecha para punição internacional

Por Renato Santana, do Cimi

A Terra Indígena (TI) Guyraroká voltou a ser alvo do despejo de agrotóxicos. No início desta semana, os Guarani Kaiowá registraram o momento em que um avião sobrevoa a comunidade para pulverizar o veneno na lavoura de soja sobreposta à TI. A chuva tóxica caiu sobre moradias, escola e área de circulação dos indígenas no tekoha. (mais…)

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