Pensador indígena ministrou uma das conferências de inauguração da cátedra Darcy Ribeiro, do Ieat, nesta segunda-feira.
Por Ewerton Martins Ribeiro e Teresa Sanches, da UFMG, no IHU
“Darcy Ribeiro conviveu com uma geração que se sentia intimidada, pela arrogância do pensamento colonial, a evitar ter ideias próprias. Os pensadores da América Latina evitavam ter ideias próprias porque tê-las impedia que eles dialogassem com o que era a produção moderna ou contemporânea de um mundo [colonial] definido por publicações em inglês, francês ou alemão – bibliografias grandiosas, mas que não incluíam os latino-americanos. O Darcy, contudo, não tinha medo de pensar. Obviamente, quem não tem medo de pensar pode incorrer em algum erro, em algum equívoco. Mas isso não importa. O que importa é ter coragem de pensar. E Darcy tinha. Ele tinha aquela maneira tão gentil dele de se comunicar com todos nós, e isso possibilitava uma abertura ampla de entendimento do que ele estava propondo e das possibilidades de diálogo. Com os povos indígenas, durante a vida toda, eu acho que o Darcy se sentiu em casa.” (mais…)
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