Centro antiaborto espalha mentiras com verba pública de deputados de extrema direita

Cervi mantém relações com parlamentares como Damares Alves, Janaína Paschoal e a família Gandra

Por Raphaela Ribeiro, em Agência Pública

Se você é uma das 5 milhões de pessoas que utilizam o metrô da cidade de São Paulo diariamente, é possível que já tenha se deparado com um dos 70 cartazes do Centro de Reestruturação para a Vida (Cervi), afixado nos murais de aviso das estações. Por cima da silhueta do rosto de uma mulher, pintado na cor preta, há a seguinte pergunta em letras vermelhas garrafais: “GRÁVIDA?”. Logo abaixo, aparece uma mensagem ambígua — “Você está confusa ou completamente sozinha… Quais são as suas opções?”—, seguida de um “Ligue para Nós”, dois telefones e o logo da organização. Quem entra em contato pelos telefones no cartaz é convidado a conversar pessoalmente com uma assistente social ou psicóloga, que busca convencer a pessoa a levar a gravidez adiante por meio de promessas de ajuda e informações falsas sobre o procedimento do aborto. (mais…)

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Conselho tutelar tentou impedir aborto de vítima de violência sexual no Pará

Adolescente de 17 anos sofreu abusos pelo pai e teve o procedimento autorizado pela Justiça

Por Mariama Correia, Paula Bianchi, em Agência Pública

O Conselho Tutelar do município de Igarapé-Miri, no Pará, tentou impedir o aborto legal de uma menina de 17 anos, vítima de violência sexual. Conselheiros enviaram um pedido formal ao Ministério Público do município para reconsiderar a ordem judicial de interrupção da gestação, “para que a adolescente leve mais adiante a gravidez, até completar cerca de 7 ou 8 meses, para que o serviço de saúde realize a cesária e destine a criança recém-nascida para adoção.” (mais…)

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Aborto: por que o Brasil não consegue avançar

Em debate sobre direitos reprodutivos organizado pelo Cebes, a constatação de que o país dá passos para trás. Mudar o rumo e garantir a saúde e a dignidade às mulheres exige entender suas particularidades e romper com preconceitos patriarcais

por Gabriel Brito, em Outra Saúde

Em meio a toda a cacofonia de sentidos e valores com a qual o bolsonarismo impregnou a sociedade brasileira, os prejuízos práticos da pauta moral caíram com muita força sobre os ombros das mulheres. Mais vulneráveis, elas pagaram o preço do desmonte de políticas públicas fundamentais, muitas vezes com suas próprias vidas – o que fica claro na revelação do aumento das mortes maternas no Brasil. Aliado a isso, um discurso ultraconservador fez retroceder até os direitos já conquistados, em especial no âmbito sexual e reprodutivo. (mais…)

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Mudanças sobre o aborto mostram ‘espírito colaborativo’ de ministérios com as políticas para as mulheres

Pactos firmados durante a transição começam a dar sinais positivos, de acordo com a secretária-executiva do Ministério das Mulheres. Nesta semana, a Saúde revogou portaria de Bolsonaro sobre o aborto, retomando o cumprimento à lei das vítimas de violência sexual

Por Redação RBA

As mudanças sobre o tratamento do aborto no campo da política externa e na saúde brasileira, divulgadas nesta semana, mostram um “espírito colaborativo” de diferentes pastas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com as políticas para as mulheres. É o que destaca a secretária-executiva do Ministério das Mulheres, Maria Helena Guarezi. De acordo com ela, esse trabalho de transversalidade começou já na transição de governo, no final do ano passado, quando os grupos de trabalho estavam abertos não só ao debate sobre gênero, mas também à igualdade racial, da diversidade, dos povos indígenas e das pessoas com deficiência. (mais…)

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Estatuto do Nascituro: o último ato bolsonarista?

Em tramitação há 15 anos, projeto que tolhe o direito ao aborto legal pode ser votado nesta quarta. Proposta também impacta fertilização in vitro e pesquisas de células tronco. Deputadas e movimentos feministas tentam barrar retrocesso

Por Masra de Abreu, em Outras Palavras

Hoje, dia 14 de dezembro, será o último dia em que as Comissões da Câmara dos Deputados despacharão suas matérias na 56ª legislatura. Com o clima de final de ciclo, elas votarão projetos de leis consensuados, aprovar solenidades, entregar prêmios, mas isso para as 24, das 25 comissões permanentes da Câmara. Há uma delas que está apresentando um ritmo diferente das demais, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher. (mais…)

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Dominação fundamentalista da Comissão da Mulher pode anular o aborto legal no Brasil

Conservadores têm presidência e maioria no grupo que decide sobre o Estatuto do Nascituro, nesta quarta-feira (14)

Por Mariama Correia, em Agência Pública

Parlamentares fundamentalistas identificados com o bolsonarismo dominam a Comissão de Direitos da Mulher, que deve votar o Estatuto do Nascituro, nesta quarta-feira (14). O projeto (PL 478/2007) pode anular o direito ao aborto legal no Brasil, mesmo em casos já previstos como violência sexual, anencefalia do feto e risco à vida da gestante. (mais…)

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