Aborto espontâneo e leite contaminado: o impacto dos agrotóxicos no corpo das mulheres

Pesquisas mostram que a exposição das mulheres às substâncias tóxicas tornam seus corpos lugares ‘envenenados’ para si e para seus filhos

Por Júlia Motta, Revista Fórum

Apesar das mulheres representarem um pequeno percentual do total de trabalhadores à frente da produção agrícola no país, elas desempenham outras funções fundamentais nesse meio, como no preparo e aplicação de agrotóxicos e na lavagem de roupas contaminadas de seus parceiros. Esses trabalhos, além de outros fatores, contribuem para que o corpo das mulheres se tornem “envenenados” pelas substâncias. (mais…)

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Bancada ruralista adota ‘discurso tóxico’ em anúncios nas redes sociais, revela estudo

Posts se valem de desinformação e greenwashing para promover agenda política do setor, dizem pesquisadores da UFRJ

Por  Giovana Girardi, Rafael Oliveira, Agência Pública

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), mais conhecida como a bancada ruralista do Congresso, publicou anúncios nas redes sociais ao longo de todo o ano passado com conteúdo desinformativo, descontextualizado, distorcido e/ou que minimizavam os impactos negativos do setor, de modo a promover sua agenda política no legislativo. É o que aponta uma análise elaborada pelo Netlab, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. (mais…)

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Curso de Juristas Populares mobiliza agentes e lideranças comunitárias em Rondônia e Amazonas

Também fazem parte, como bolsistas, integrantes da coordenação e conselheiros da CPT Regional Rondônia e das equipes de Lábrea e Humaitá, no Sul do Amazonas, além de jovens agentes dos territórios e comunidades

Por Carlos Henrique Silva (Comunicação CPT Nacional)

Para grande parte da sociedade brasileira, principalmente pobres, trabalhadoras e trabalhadores rurais, povos indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais, uma das grandes barreiras do exercício pleno da cidadania é o conhecimento jurídico. Conhecer as leis, os direitos e deveres do Estado e da sociedade sempre foi mostrado como privilégio da elite, sendo isto uma das causas da exploração e da opressão desses segmentos. (mais…)

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“Violência no campo vai aumentar”, afirma professor da Unesp

Para o geógrafo Bernardo Mançano Fernandes, os governos são reféns do agronegócio; ele diz que o campo hegemônico do agronegócio define cargos, mas um governo progressista pode criar políticas que fortaleçam os excluídos, em uma reforma agrária “possível”

De Olho nos Ruralistas

Movimentos e intelectuais do campo da resistência costumam dizer que no Brasil nunca ocorreu uma reforma agrária que efetivamente desconcentrasse a propriedade de terras. Para o professor Bernardo Mançano Fernandes, professor livre-docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e coordenador do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária (Nera), o que temos é a reforma agrária possível. Para ele, o campo hegemônico do agronegócio e da bancada ruralista define ou aprova, por exemplo, quem será o nome à frente do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A vantagem de um governo progressista é a de poder criar políticas públicas que fortaleçam comunidades e povos excluídos; e que, no médio e longo prazos, isso possa corroer o poder hegemônico. Mançano tem entre seus temas centrais de estudo o capitalismo agrário, a reforma agrária, desenvolvimento territorial, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Via Campesina. O pesquisador aponta os movimentos sociais como impulsionadores da reforma agrária — por isso as tentativas fracassadas de criminalização, como a CPI do MST. Ele prevê mais violência no campo com o aumento das armas, mas acredita que o modelo destruidor vigente está se esgotando.  “O agronegócio não é sustentável, está morrendo; as forças populares estão nascendo”.  Confira a entrevista concedida em agosto a Alceu Luís Castilho e Nanci Pittelkow. (mais…)

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O que são Sistemas Alimentares?

Entrevista com a coordenadora do OBHA, Observatório Brasileiro de Hábitos Alimentares da Fiocruz, Denise Oliveira e Silva

Por Mateus Quevedo, no MPA

Para a pesquisadora em Saúde Pública, Denise de Oliveira e Silva, que coordena o Observatório Brasileiro de Hábitos Alimentares da Fiocruz (Obha), para melhor compreender o que são Sistemas Alimentares, é necessário ter a ideia de que são processos, ciclos interligados. “Quando a gente fala de sistemas elementares, é preciso entender como uma cadeia de relações, que vão desde o processo de conceber em si o produto que você vai desenvolver, no caso, o produto alimentar até o consumo final”. Ela chama atenção para o ato de consumo, que pode ser entendido do ponto de vista da aquisição ou então do ato de comer. (mais…)

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Ex-líder de Bolsonaro tenta passar lei capaz de aumentar grilagens no Tocantins

Caso aprovado, áreas no entorno da rodovia BR-153, um veio estratégico para o agronegócio da soja, seriam afetadas

Por Caio de Freitas Paes, Agência Pública

O ex-líder do governo Bolsonaro no Congresso, senador Eduardo Gomes (PL-TO), e a senadora Dorinha Seabra (União-TO) tentam aprovar ainda em 2023 um projeto de lei para transferir todas as terras da União no Tocantins para o domínio do estado. Caso passe, a lei aumentará sensivelmente a área controlada pelo governo local, com um detalhe: a iniciativa prioriza futuras “atividades agrícolas” nas terras arrecadadas, sem qualquer menção à reforma agrária. Para se ter ideia, o último assentamento estadual para a reforma agrária no Tocantins foi criado há quase trinta anos, em 1996. (mais…)

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Inconstitucionalidade da isenção de impostos para agrotóxicos volta a ser julgada pelo STF nesta sexta (15)

Mercado dos agrotóxicos é beneficiado há 26 anos com redução de ICMS e isenção de IPI. Organizações defendem fim da isenção.

Terra de Direitos

O Supremo Tribunal Federal (STF) volta a julgar nesta sexta-feira (15), em modalidade virtual, a Ação Direta de Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5553, que questiona isenção fiscal para agrotóxicos. O julgamento havia sido suspenso em 30 de outubro, com pedido de vista da ministra Carmen Lúcia. Até o momento cinco ministros se manifestaram na Ação. (mais…)

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