Amilcar Cabral (Abel Djassi), um dos maiores revolucionários anticoloniais do mundo

Por Marcela Magalhães de Paula, na Jacobin

Neste dia, em 1924, nascia Amilcar Cabral, o revolucionário africano responsável por liderar a libertação de Guiné-Bissau e Cabo Verde da colonização portuguesa. Seu legado teórico e prático continua sendo uma referência central para as lutas contra o imperialismo, o racismo e a crise climática.

Era 1964, quando, em pleno curso da guerra de independência da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, Amílcar Cabral tomou uma decisão que encapsulava sua visão revolucionária em toda a sua profundidade: começou a assinar o seu nome como Abel Djassi. Mais do que um simples pseudônimo, essa escolha carregava um simbolismo significativo. Líder incontestável do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Cabral optou por afastar sua identidade individual em prol da coletividade da luta, esvaziando o protagonismo pessoal para reforçar a natureza coletiva da revolução. (mais…)

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MBL, Brasil Paralelo e Fundação Lemann juntos na formação do trabalhador sem emprego. Por Leonardo Sacramento

No Autopoesi e Virtu

Por que a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo está usando vídeos do Brasil Paralelo e MBL?[i] Por que fundações de bancos e bilionários, como Fundação Lemann, Instituto Itaú Social e Instituto Ayrton Sena, se instalaram no Ministério da Educação? Qual é a relação do Brasil Paralelo e MBL com a Fundação Lemann, Instituto Itaú Social e Instituto Ayrton Sena? Qual é a relação entre revisionismo reacionário e neoliberalismo? Qual é a articulação de institutos da burguesia e “movimentos” da extrema-direita com as propostas de Educação Integral, Base Nacional Curricular Comum (BNCC) e Novo Ensino Médio? (mais…)

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Rússia e China assinam documento que demarca o fim da hegemonia liberal-militar dos EUA. Por Miguel do Rosario

A declaração em conjunto divulgada durante o encontro traz críticas diretas, duríssimas, contra os esforços americanos de dominar o mundo através de intimidação militar e econômica. É o documento mais relevante do século XXI, e demarca uma nova era das relações internacionais.

Na Fórum

A declaração em conjunto divulgada durante o encontro traz críticas diretas, duríssimas, contra os esforços americanos de dominar o mundo através de intimidação militar e econômica. (mais…)

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O golpe, a ditadura e o revisionismo acadêmico. Por Michel Goulart da Silva

O movimento revisionista não se dá no vazio, mas expressa debates políticos de fundo, em especial de quais setores seriam os protagonistas do golpe e quais seriam suas vítimas

No A Terra é Redonda

Nesta segunda-feira, 1º de abril, completam-se sessenta anos do golpe que derrubou o governo João Goulart em 1964. O processo, encabeçado pela cúpula militar e apoiado por empresários e outros setores sociais, abriu as portas para a ditadura que perseguiu e assassinou críticos e opositores até a década de 1980. Contudo, ainda que as ações dos golpistas e dos ditadores sejam bastante evidentes e conhecidas pela sociedade, sempre gerou polêmicas e interpretações, que vão muito além do mero negacionismo desprovido de conteúdo de Jair Bolsonaro e seus seguidores. Pelo contrário, mesmo no ambiente acadêmico, essas interpretações afetam até mesmo o trabalho dos historiadores. (mais…)

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No comício da Central do Brasil, Jango desceu do muro em favor dos mais pobres e libertou o fantasma golpista de 1964. Entrevista especial com Juremir Machado da Silva

Para o professor e pesquisador Juremir Machado da Silva, não nos livramos dos espectros do Golpe Civil-Militar que nos ronda sob roupagens como o bolsonarismo, que apostou na quase bem-sucedida ruptura institucional após as eleições de 2022

Por: IHU e Baleia Comunicação

Há sessenta anos o Brasil vivia dias turbulentos. A sombra da ditadura militar já podia ser avistada. No dia 13 de março de 1964, em um comício histórico na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, João Goulart, o Jango, fez a aposta mais arriscada de sua carreira e defendeu as Reformas de Base. “No comício da Central do Brasil, Jango deu o passo que faltava para um governo progressista: abraçou as reformas de base, entre as quais a reforma agrária. Ali ele se comprometeu com os mais pobres e foi condenado pelos mais ricos”, explica Juremir Machado da Silva em entrevista por e-mail ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU. “Jango equilibrou-se no fio da navalha durante meses, até que escolheu dar o grande salto”. (mais…)

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Superterça: como evitar a volta de Trump?

Ex-presidente parece forte nas primárias e pesquisas, mas sua rejeição é ampla. Seu trunfo: a impopularidade de Biden, ainda maior após apoiar o massacre em Gaza. Há alternativas? Muito dependerá do que ocorrer hoje

Por Glauco Faria, em Outras Palavras

As chances de impedir que um político de ultradireita assuma o comando do país mais poderoso do mundo serão jogadas, em parte, amanhã, 5 de março. Os Estados Unidos terão a chamada “Superterça”, data que concentra algumas das mais importantes eleições primárias para escolher os candidatos à Presidência dos partidos Democrata e Republicano. Embora haja dois óbvios favoritos em cada legenda, Joe Biden e Donald Trump, as margens dos resultados podem influenciar uma corrida ainda indefinida e com potencial para surpresas. (mais…)

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Milly Lacombe: Então você acha que pode distinguir paraíso de inferno?

Colunista do UOL

Começa com esse verso a canção “Wish you were here” (“Gostaria que você estivesse aqui”), do Pink Floyd: So you think you can tell heaven from hell?

Você é capaz de distinguir céu azul de dor? Um sorriso de um véu? Fizeram você trocar seus heróis por fantasmas? Fumaça por árvore? Ar quente por uma brisa?

Esses versos estão na música composta na metade dos anos 70. A letra fala da falta de capacidade de perceber a realidade ao nosso redor e aponta para as trocas que somos encorajados a fazer na vida. Fala de entorpecimento, de fuga, de quebras, de rompimento. (mais…)

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