100 mil mulheres lotaram Brasília na Marcha das Margaridas

Entre elas, a trabalhadora rural Marilene Rodrigues Rocha, da Reserva Extrativista Tapajós; veja imagens

Por João Canizares, Agência Pública

Para chegar a Brasília e participar da Marcha das Margaridas, a trabalhadora rural Marilene Rodrigues Rocha, de 54 anos de idade, fez um longo percurso. Viajou cerca de oito horas de barco da sua comunidade Vista Alegre do Muratuba, que fica dentro da Reserva Extrativista Tapajós — Arapiuns até Santarém, no Pará, pelo rio Tapajós. (mais…)

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“As leis foram criadas por homens para favorecê-los”

Especialista em feminicídio, advogada Fayda Belo lança livro com linguagem simples para conscientizar brasileiras de seus direitos. “O enfrentamento à violência contra a mulher é dever de todos.”

Por Edison Veiga, na DW

Celebridade nas redes sociais, a advogada criminalista Fayda Belo tem como missão combater dois grandes problemas da sociedade: o machismo, que não raras vezes é causa de crimes e violências contra as mulheres, e o chamado “juridiquês”, ou seja, aquele vocabulário empolado que costuma ser empregado por advogados, juízes e promotores. (mais…)

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Angela Davis defende feminismo abolicionista e que justiça não seja vingança

Filósofa visita o Brasil para lançamento do livro “Abolicionismo. Feminismo. Já.”, acompanhada pela coautora Gina Dent

Por Débora Britto, Agência Pública

Sentenças com penas longas não resolvem o problema estrutural da violência e não garantem justiça. A ideia de que a justiça pode e deve ser alcançada por meios alternativos está no centro do conceito que une o abolicionismo penal e o feminismo, defendido pela filósofa norte-americana e professora emérita da Universidade da Califórnia Angela Davis, com quem a Agência Pública conversou. (mais…)

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‘Ni una menos’: Como o 3 de junho se tornou o dia de protesto contra o feminicídio

A Pública conversou com a ativista argentina Lucía Cavallero sobre as lutas feministas no Brasil e na América Latina

Por Mariama Correia, em Agência Pública

No ano passado, o Brasil bateu recorde de feminicídios. Foram 1,4 mil assassinatos, segundo o Monitor da Violência. Isso significa que a cada seis horas uma mulher foi morta. Na América Latina, onde ao menos 4,4 mil mulheres foram assassinadas em 2021, estamos entre as nações com as maiores taxas de mortes motivadas por gênero. Somos o quinto país em mortes violentas de mulheres do mundo, atrás de El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia. (mais…)

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“A proteção precisa chegar às indígenas”, diz gestora de prevenção à violência de gênero

Indígena Fulni-Ô, Pagu Rodrigues quer priorizar mulheres indígenas na elaboração de políticas públicas

Por Nathallia Fonseca, Agência Pública

“Do ano de 1500 para cá, o Estado brasileiro se consolidou por ser o primeiro a violar direitos e corpos das mulheres indígenas”, diz Pagu Rodrigues, que assumiu a recém-criada Coordenação Geral de Prevenção a Violência Contra a Mulher do Ministério das Mulheres. Indígena Fulni-ô, socióloga e ativista, paulistana com raízes no interior pernambucano, ela quer priorizar particularidades territoriais e das populações originárias na elaboração de diretrizes e protocolos das políticas de proteção. (mais…)

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WikiFavelas: Oito vezes Marielle

Em série de depoimentos, uma homenagem do Dicionário Marielle Franco à defensora dos direitos humanos. Assassinada há 5 anos, ela brotou como símbolo de cidadania insurgente e reconstrução do país pelas mãos das mulheres negras

por Clara Polycarpo e Palloma Menezes, em Outras Palavras

“Eles combinaram de nos matar. E nós combinamos de não morrer.” Conceição Evaristo já nos ensina que, para romper com a política de morte, devemos forjar tecnologias insurgentes que partam da luta coletiva. E é também assim, reverenciando Conceição, que Anielle Franco, atual ministra da Igualdade Racial, inicia o seu depoimento “Ninguém solta a mão de ninguém”. Nesses cinco anos desde seu assassinato, Marielle Franco se faz presente como símbolo e como referência na luta pelos direitos de cidadania de todos, todas e todes, mulheres, negres, favelades, LGBQIAP+, quilombolas, indígenas e juventudes que acreditam, em especial, na luta pelo direito de se ter direitos. Como aguerrida defensora de direitos humanos, Marielle foi forjada na ancestralidade feminina que se mantém viva nas favelas e periferias do Brasil. Para os(as) moradores(as) de favela, a luta por direitos humanos é uma luta fundamental, porque se trata da luta pela própria sobrevivência. Por sua força e por sua garra, Marielle levou a voz de milhares de tantas outras do passado e do futuro para o palco da tribuna, exigindo ser ouvida. E assim ecoou. (mais…)

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