Polícia não descarta nenhuma hipótese, mas parentes dos executados apontam crime político. Assassinatos mantêm tradição de violência no Estado, desde as Ligas Camponesas, na década de 1960
Por Jessica Mota – Repórter Brasil
Cada pé de feijão, banana e maracujá na plantação da família Bernardo da Silva guarda um gesto de Orlando. A dedicação e as ideias do trabalhador rural se traduzem na fartura da plantação que cuidava. Ali, o vento sopra com a intensidade do litoral nordestino e faz as bananeiras sussurrarem. Falam por Orlando. “Parece que ele ainda vai chegar”, diz a sua mulher, Nilda. Em 8 de dezembro, José Bernardo da Silva, conhecido como Orlando, 46 anos, foi executado à queima roupa. Seis tiros. Ele era um dos dirigentes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na Paraíba e vivia no assentamento Zumbi dos Palmares, distante 1h30 da capital.
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