Jornalistas e indígenas Guarani e Kaiowá são agredidos em conflito por terra no MS

Fotógrafo canadense e cineasta foram atacados ao tentar registrar violência contra indígenas que retomavam área

Por Rafael Oliveira, Agência Pública

O caso do grupo de documentaristas agredidos no Mato Grosso do Sul que ganhou o noticiário nos últimos dias é a ponta do iceberg de uma série de episódios de violência de fazendeiros contra indígenas Guarani e Kaiowá em Iguatemi (MS), próximo à fronteira com o Paraguai. Na mesma semana em que o fotojornalista canadense Renaud Philippe, a antropóloga e cineasta Ana Carolina Mira Porto e o engenheiro florestal Renato Farac Galata foram vítimas de pistoleiros, um grupo de pelo menos 10 indígenas também foi agredido por jagunços. (mais…)

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Nota Conjunta: Agressões a jornalistas e a indígenas em Mato Grosso do Sul precisam ser investigadas e punidas

Dois jornalistas e ao menos dez indígenas Guarani e Kaiowá foram alvo de agressões na região da fronteira do Brasil com o Paraguai

No Cimi

“No dia 22 de novembro de 2023, o jornalista canadense Renaud Philippe e a cineasta e antropóloga Ana Carolina Mira Porto foram violentamente agredidos, ameaçados e roubados enquanto apuravam uma sequência de ataques contra uma retomada realizada por indígenas Kaiowá e Guarani em Iguatemi (MS), na fronteira com o Paraguai. Até o presente momento, segundo lideranças, três indígenas seguem desaparecidos e pelo menos dez foram feridos, entre eles uma gestante. (mais…)

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Jagunços atacam ocupação Guarani Kaiowá no MS e espancam indígenas, antropóloga, engenheiro e jornalista canadense

Os ataques aconteceram em represália à retomada indígena de um território tradicional sobreposto pela Fazenda Maringá

Por Gabriela Moncau, no Brasil de Fato

Dezenas de homens encapuzados com armas de fogo e facas cercaram e espancaram indígenas do povo Guarani Kaiowá que, no sábado (18), haviam retomado uma área que faz parte do território Pyelito Kue e está sobreposta pela Fazenda Maringá, na cidade de Iguatemi (MS). O grupo agredido conseguiu voltar para a aldeia somente na quinta-feira (23), machucado e com escoriações. José*, indígena que estava na retomada, conta que além do espancamento, “jagunços ameaçaram estuprar as mulheres”. (mais…)

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Fazendeiro acusado de formação de milícia rural é preso preventivamente no Pará

Marcos Antônio Fachetti Filho é acusado de promover expulsão violenta de famílias ribeirinhas e assentadas em Marabá. O pai também teve prisão preventiva decretada pela segunda vez

O fazendeiro Marcos Antônio Fachetti Filho foi preso preventivamente pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (13) em Marabá (PA). O mandado de prisão preventiva foi expedido pela Justiça Federal em acatamento a pedido do Ministério Público Federal (MPF), que o acusa de formação de milícia rural armada. O pai de Marcos Antônio Fachetti Filho, outro acusado pelo MPF, também teve prisão preventiva decretada. Marcos Antônio Fachetti não havia sido localizado até a tarde desta quinta-feira.

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Os indígenas e os trabalhadores. Por Elaine Tavares

No Palavras Insurgentes

Nos fundões do Brasil os jagunços armados invadem aldeias, matam índios e intimidam famílias. São “trabalhadores” da morte, a soldo dos fazendeiros ou mineradores ricos que provavelmente nunca sequer pisarão nas terras que querem tomar. Os jagunços estão ousados, sabem que a polícia, que deveria proteger as pessoas, também tem a mesma intenção que eles: servir aos poderosos. E que dentro da corporação vão encontrar pessoas que, como eles, consideram aqueles índios uma gente suja e inútil, praticamente não-humanos. Provavelmente também devem ter ouvido o presidente da nação dizer algo assim. Então, estão seguros, protegidos. E sorriem quando matam um jovem guerreiro. Poderiam até pendurar a sua cabeça, como um troféu. Não o fazem porque ainda não podem. Quem sabe daqui a pouco.

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Entidades pedem ação e Força Nacional para conter ataques de ruralistas a indígenas no MS

Por meio da Defensoria Pública da União em Campo Grande, inúmeras organizações de direitos humanos dirigem ofício ao governador do estado, o tucano Reinaldo Azambuja

Por Redação RBA

São Paulo – Por meio da Defensoria Pública da União em Campo Grande, diversas entidades, entre as quais a Associação dos Juristas para a Democracia, a Comissão Pastoral da Terra (CPT/MS), a Comissão Regional de Justiça e Paz de Mato Grosso do Sul (MS), a CUT-MS, o coletivo Terra Vermelha, o Conselho Indigenista Missionário, encaminharam ao governador do Mato Grosso do Sul (PSDB), Reinaldo Azambuja, e ao secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica (Segov), Eduardo Corrêa Riedel, um ofício pedindo providências para que sejam contidos atos violentos na cidade de Dourados contra indígenas.

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Protejam Erasmo: ele pode ser assassinado a qualquer momento. Por Eliane Brum

Por que a violência na Amazônia aumentou em 2019 e por que a sociedade precisa se organizar para barrar as mortes

No El País

Quando vi Erasmo Alves Teófilo pela primeira vez, o que me chamou a atenção foi aquele homem se movimentando muito rápido numa velha cadeira de plástico branca. Vítima de paralisia infantil, porque não havia vacina onde ele vivia, Erasmo não pode caminhar. Mas lidera. Este homem que só conta com uma cadeira de plástico branca luta pela vida de cerca de 300 famílias de agricultores familiares e pescadores na Volta Grande do Xingu, em Anapu, na Amazônia paraense, uma das regiões mais sangrentas da Amazônia. Este homem sem movimento nas pernas movimenta-se mais do que a maioria dos brasileiros para manter a floresta em pé. Hoje, ele também conta com pouco mais do que sua cadeira de plástico para escapar da morte.

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