Comunidade do Cajueiro é ameaçada de despejo forçado

Despejo forçado de moradores da comunidade do Cajueiro,  zona rural de São Luís (MA), ocorre em meio à série de arbitrariedades relatadas por pessoas da comunidade e pela sociedade civil. Cerca de duas centenas de policiais militares foram mobilizados para retirar mais de 80 famílias da área para construção de um porto privado da empresa WPR São Luís Gestão de Portos e Terminais Ltda. Desde o domingo (11) a comunidade está acampada em frente ao Palácio do Governo do Maranhão.

CPT

Leia abaixo carta pública em defesa da comunidade Cajueiro:

CARTA PÚBLICA URGENTE EM DEFESA DO CAJUEIRO 

OS TRATORES ESTÃO PRONTOS PARA DERRUBAR A COMUNIDADE DO CAJUEIRO, EM SÃO LUÍS-MA! 

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Famílias oriundas do Metrô-Mangueira lutam pela permanência no MCMV ao terem promessas quebradas pela Prefeitura

por Tyler Strobl, em RioOnWatch

Antes de 2010, os moradores do Metrô-Mangueira, favela próxima ao estádio Maracanã na Zona Norte do Rio, foram abordados por supostos funcionários da prefeitura—com a alegação que estavam no local para colher dados de quem precisava do Bolsa Família. Ansiosos para receber assistência, muitos moradores da comunidade “se inscreveram, dando suas informações pessoais para os ‘assistentes sociais’”. Mal sabiam eles que essa missão de coleta de informações não era para o propósito de registrar famílias para o programa federal; em vez disso, o processo de inscrição iniciaria um período de vários anos de remoção em massa da comunidade.

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O eterno vale a pena ver de novo das remoções no Rio de Janeiro

Cabe silenciar sobre o caráter suspeito de licitações em que concorre um único consórcio? Os cariocas vão cair uma vez mais no surrado “conto do legado”?

Por Carlos Vainer *, no El País Brasil

Se a história recente do Rio de Janeiro fosse uma novela, o costumeiro resumo dos capítulos anteriores teria que incluir uma narrativa sobre os megaeventos esportivos acolhidos pela cidade — Jogos Pan-americanos 2017, Jogos Mundiais Militares 2011, Copa das Confederações 2013, Copa do Mundo 2014, Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016. Apareceriam meios de comunicação de massa, grandes empreiteiras, políticos de todos os partidos, experts contratados a peso de ouro, governantes aprovando favores fiscais, os presidentes da CBF e do Comitê Olímpico Brasileiro, todos entusiasmados, em uníssono, repetindo promessas mirabolantes: graças ao empreendedorismo dos governos — federal, estadual e municipal — e da coalizão dos grupos econômicos interessados, o Rio de Janeiro finalmente ingressaria no clube seleto das “global cities”, competitivo, (pós)moderno, distribuindo emprego e renda de maneira sustentável até o fim dos tempos.

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Legado olímpico debatido no lançamento do livro ‘Remoções de Favelas no Rio de Janeiro’

por Daiana Contini, em RioOnWatch

No dia 17 de abril, o Cidades: Núcleo de Pesquisa Urbana da UERJ, a editora Appris e o pesquisador Alexandre Magalhães organizaram o debate “O que restou do Rio Olímpico?” e o lançamento oficial do livro de Alexandre, “Remoções de Favelas no Rio de Janeiro: Entre Formas de Controle e Resistência”. Além de Alexandre, o debate do painel incluiu o professor de Direito da UERJ, Alexandre Mendes; Márcia Leite, professora de sociologia da UERJ; e Maria da Penha Macena, a Dona Penha, moradora da Vila Autódromo e um dos principais símbolos da resistência Olímpica na luta contra as remoções impulsionados pelos Jogos Olímpicos de 2016.

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PB – A comunidade do Porto do Capim e a sua luta

Uma história de abandono e resistência no centro da capital paraibana

Regina Célia Gonçalves*, Brasil de Fato

A comunidade do Porto do Capim, hoje formada por mais de 500 famílias, ocupa o local onde nasceu, em 1585, a cidade de João Pessoa, à margem direita do Rio Sanhauá, afluente do Rio Paraíba. Desde então, ali se localizava o porto comercial e os portos comunitários que ligavam as margens as ilhas do estuário. Em 1935, o porto comercial foi transferido para o município de Cabedelo devido ao assoreamento do rio Paraíba, provocado pela expansão descontrolada da atividade canavieira e pelo crescimento das cidades em suas margens. Iniciou-se, então, a decadência econômica da área, com as operações comerciais e financeiras, mudando-se para outros espaços. Enquanto isso, as instalações abandonadas deste antigo porto comercial foram sendo ocupadas, a partir dos anos 1940, por famílias de trabalhadores desempregados com o fim das atividades portuárias e das casas comerciais e de prestação de serviços. Elas se juntaram às de pescadores, marisqueiros, catadores de caranguejo e outros trabalhadores que já viviam ali, do rio e do mangue, desde que a cidade fora fundada no século XVI (herdeiros da cultura dos povos Potiguara).

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A violência contra a mulher no contexto das remoções, parte 4: o machismo institucional na cidade patriarcal

por Poliana Monteiro, em RioOnWatch

O despertencimento, isto é, o corte dos vínculos de pertencimento entre a população e o território, é uma ferramenta de controle territorial historicamente utilizada como tática para avançar processos de remoção ou espoliação. Desde a colonização a ocupação, demarcação e afirmação do controle físico e geográfico sobre o espaço configuram uma base material para um conjunto de relações sociais e espaciais intencionalmente desiguais. A dinâmica da fragmentação territorial, do acesso interditado e da expansão dos assentamentos é característica dessa ocupação colonial e também encontra ecos na produção do espaço urbano contemporâneo.

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Vila Autódromo Convida: Ocupação pela Renomeação de BRT e Cumprimento de Promessas da Prefeitura

por Maria Luiza Belo, em RioOnWatch

A comunidade Vila Autódromo está organizando para o dia 9 de fevereiro uma ocupação cultural na estação do BRT localizada em frente à comunidade. A ocupação surge como forma de reivindicação de duas demandas antigas: o cumprimento da totalidade do acordo firmado com a gestão municipal do Eduardo Paes em 2016 e a renomeação da estação de BRT “Centro Olímpico” para BRT “Vila Autódromo”. A ocupação está inserida em uma série de ocupações ao longo dos anos, que servem como ferramenta para dar visibilidade e reunir esforços e apoiadores em torno da luta pela permanência e reconhecimento simbólico da Vila Autódromo.

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