“Só consigo escrever quando me relaciono com uma alma angolana”, entrevista a Ana Paula Tavares

No Buala

Ana Paula Tavares nasceu numa aldeia da província da Huíla, em 1952. Os seus pais, um homem mestiço e uma mulher branca nascida em Angola, viviam num ambiente rural e com poucos recursos, pelo que decidiram procurar “padrinhos coloniais” para a filha, na esperança de que tivesse acesso a uma boa formação. Assim, Ana Paula Tavares foi criada pelos seus padrinhos portugueses sob uma rígida educação católica, mas nunca perdeu de vista as sociedades agropastoris da região que a influenciaram profundamente. Absorveu os saberes das mulheres, as vozes e os sons da terra e das línguas bantu como necessidade de identificação com a terra. Enquanto os seus avós, pais e irmãos vieram para Portugal na altura da Independência de Angola, a poeta decide ficar e questionar o seu lugar neste mundo, numa época marcada pela guerra. No ano de 1992, muda-se a Lisboa e se consagrará como escritora e professora universitária. Nos seus livros de poesia usa o nome Paula Tavares, nos seus livros em prosa e trabalhos académicos assina com Ana Paula Tavares.

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Vale é condenada a pagar R$ 1 milhão a camponeses em Moçambique

Mineradora construiu barreira ao redor de complexo na cidade Moatize, impedindo população de chegar a seus territórios

Caroline Oliveira, Brasil de Fato

A Justiça de Moçambique condenou a mineradora Vale a indenizar camponeses depois que sua empresa no país, a Mina Carvão Moatize, construiu uma barreira ao redor de seu complexo minerário — em Moatize, cidade da província de Tete —, impedindo a população de chegar a seus territórios. 

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Miguel de Barros: “Vivo num país que não suporta imposição em nome da “libertação” da opressão”

O sociólogo e activista esteve à conversa com a BANTUMEN numa entrevista sobre a situação atual e os desafios colocados ao continente africano, no geral, e à Guiné-Bissau em particular.

Por Marisa Rodrigues, Batumen

Miguel de Barros é um Sociólogo e ativista guineense, especializado em Planeamento pelo ISCTE (Portugal). É igualmente Co-fundador do Centro de Estudos Sociais Amilcar Cabral – CESAC (Guiné-Bissau), Investigador no Centro de Estudos Internacionais do Instituto Universitário de Lisboa – CEI/IUL-ISCTE (Portugal); Investigador no Centro de Estudios Internacionales Epistemología de Frontera y Economía Psicopolítica de la Cultura, Universidad de La Frontera (Chile) e Pesquisador no Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência da Universidade Federal do Rio de Janeiro – NETCCON/URFJ (Brasil) e membro do Conselho para o Desenvolvimento de Pesquisa em Ciências Sociais em África – CODESRIA (SENEGAL) e do Concelho Estratégico da Rede Internacional das Periferias – RIP (BRASIL).

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Pastores angolanos denunciam desvio e racismo. Polícia reforça proteção da Igreja Universal no país

Religiosos acusam a igreja do bispo Edir Macedo de desvio de dinheiro e racismo

Por RFI, na Carta Capital

A polícia de Angola reforçou a proteção dos templos da Igreja Universal do Reino de Deus no país, depois que um grupo de pastores angolanos se rebelou contra a instituição, com sede no Brasil. Os religiosos acusam a igreja fundada pelo bispo Edir Macedo de desvio de dinheiro e racismo.

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Covid-19: Grupo de cidadãos quer explicações sobre testes com vacinas na Guiné-Bissau

Na Lusa

Um grupo de cidadãos guineenses dirigiu hoje (19) uma carta ao ministro da Saúde, António Deuna, para pedir uma “explicação cabal” sobre os ensaios clínicos de vacinas contra a poliomielite na prevenção da covid-19 a 3.400 cidadãos do país.

A carta aberta, a que a Lusa teve acesso, é patrocinada pelo ativista social e ambiental, o sociólogo Miguel de Barros, a professora universitária Zaida Pereira e o jovem ativista e estudante universitário em Portugal, Sumaila Jaló.

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Impactos da mineração em debate na UFRGS: “a água é a primeira coisa que começa a faltar”

Marco Weissheimer, no Sul21

A chegada de um pacote de grandes projetos de mineração que pretendem se instalar no Rio Grande do Sul vem mobilizando não só as comunidades atingidas pelos mesmos, movimentos sociais e entidades ambientalistas, mas também a comunidade acadêmica no Estado. Além dos tradicionais temas associados aos impactos socioambientais desses projetos, outros temas, que mobilizam diferentes áreas do conhecimento vêm sendo objeto de debates. Alguns deles: como a mineração pode impactar a segurança alimentar e nutricional de uma comunidade? Em que medida a desterritorialização de uma população afeta o seu modo de vida e bem estar? Quais os limites territoriais, sociais e ambientais dos impactos de megaprojetos de mineração?

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