Atendendo a orientação do Movimento Bíblico integrado por várias organizações bíblicas, em 2024, o livro de Ezequiel foi escolhido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para ser o texto bíblico do Mês da Bíblia, setembro. Ezequiel é considerado um dos doze grandes profetas da Bíblia, mas o livro de Ezequiel nos informa que Ezequiel era sacerdote também (Ez 1,3), tendo exercido suas funções de sacerdote e de profeta entre os anos 591 e 571 antes da Era Cristã (a.E.C.). (mais…)
conjuntura
Europa: o Partido da Guerra perdeu. Por Antonio Martins
Avanço da ultradireita é real, mas limitado. Mídia oculta o principal: fracassaram os governos que mergulharam na política bélica de Washington e voltaram as costas à crise social. Mesmo estancada, esquerda tem alguns resultados animadores
Ao dissolver a Assembleia Nacional e convocar eleições antecipadas no domingo (9/6), logo depois de sofrer derrota política avassaladora, o presidente da França, Emmanuel Macron, deu o tom das manchetes e análises sobre o resultado da disputa pelo Parlamento Europeu. A extrema direita teria obtido, em todo o velho continente, uma grande vitória. O resultado estaria fazendo tremer as instituições. Somado à alta probabilidade de triunfo de Donald Trump nos EUA, em novembro, ele pressagiaria o pior. (mais…)
A psicologia de massas do fascismo ontem e hoje: por que as massas caminham sob a direção de seus algozes? Por Mauro Luis Iasi
Mauro Iasi revisita as teses de Wilhelm Reich sobre a psicologia de massas do fascismo para compreender os impasses políticos do presente.
o fascismo, na sua forma mais pura,
é o somatório de todas as reações irracionais
do caráter do homem médio”
W. Reich
“queriam que eu falasse do agora
mas, o presente que procuro
está preso em um passado
que insiste em ser futuro”
M. Iasi
O psicólogo marxista Wilhelm Reich (1897-1957) escreveu o livro Psicologia de massas do fascismo em 1933 (o estudo se estendeu de 1930 até 1933), no contexto da ascensão do nazismo na Alemanha. O autor se refugiou em Viena, depois Copenhagen e Oslo, onde iniciou seus estudos sobre as couraças e depois do que denominou de “energia vital”, levando-o a teoria do “orgon”. Desde 1926 acumulava divergências com Freud, com o qual trabalhou como assistente clínico, e em 1934 seria expulso da Sociedade Freudiana e da Associação Psicanalítica Internacional, sairia da Noruega em direção aos EUA, onde seria também perseguido com a acusação de “subversão”. Acabou preso em 1957 e morreu no mesmo ano na prisão. Toda sua obra, incluindo livros e material de pesquisa, foram queimados por ordem judicial nos EUA em 1960. (mais…)
Rudá Ricci: A esquerda que não é esquerda
Recentemente, alguns intelectuais sugeriram a divisão da esquerda brasileira em dois blocos: a esquerda institucional e a esquerda social. Esta é a proposição de Carlos Vainer, da UFRJ.
A divisão teria ocorrido mais nitidamente neste século 21 e, possivelmente, tem relação com o advento do lulismo como fiel da estrutura e dinâmica de poder nesta primeira quadra do século.
A esquerda social seria aquela vinculada e orientada por movimentos sociais, sindicatos e organismos ou fóruns da sociedade civil. Seus membros podem estar filiados a um partido, mas privilegiam pautas e planos de ação de suas organizações sociais. (mais…)
A teoria da vitória. Por Gilberto Lopes
Se o mundo civilizado não os detiver, estes selvagens nos levarão à Terceira Guerra Mundial
As ofertas são as mais variadas, todas com o objetivo de derrotar a Rússia, incluindo a desintegração de seu Estado. A Federação Russa é composta por muitas nações, que poderiam formar Estados separados após a derrota da Rússia, disse a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, num debate na capital do país, Talin, em 18 de maio. É uma das vozes mais agressivas no palco deste conflito, junto com seus colegas dos demais países bálticos, Letônia e Lituânia. Deram o mote para um debate em que se sente confortável, entre outros, o primeiro-ministro polonês Donald Tusk. (mais…)
A universidade operacional. Por Marilena Chaui
A universidade operacional, em termos universitários, é a expressão mais alta do neoliberalismo
1.
A primeira universidade que eu conheci é o que eu chamo de “universidade clássica”, que foi a universidade dos anos 1930 até o começo dos anos 1960. É a universidade de formação, sobretudo, e de reprodução dos seus próprios quadros. No caso da filosofia, isso era nítido, de reproduzir os quadros para o seu próprio trabalho. (mais…)
A esquerda se tornou uma espécie de gestora de crises do capitalismo. Entrevista especial com Vladimir Safatle
Para o filósofo e pesquisador da USP, enquanto o espectro político associado ao fascismo cresce em escala global, aparecendo inclusive como força “revolucionária”, a esquerda não consegue realizar as mudanças estruturais urgentes e necessárias
Por: IHU e Baleia Comunicação | 09 Abril 2024
O Brasil foi sede do maior partido fascista fora da Europa. Nada menos que 1,2 milhão de membros compuseram a Ação Integralista Brasileira nos anos 1930. Quase 90 anos depois, o lema desse partido – Deus, Pátria e Família – é mais familiar do que nunca no país. “Isso diz muito, muito, muito do que é o Brasil e muito da perenidade desse processo, que se desrecalcou agora”, avalia Vladimir Safatle, professor e pesquisador a USP, em entrevista por telefone ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU. (mais…)