Uma educação a serviço do poder econômico é uma educação falsificada, que se torna um obstáculo ao processo de formação. Do ponto de vista político imediato, ela só pode fortalecer a extrema direita anti-intelectual, individualista e “empreendedora”.
Por Carolina Catini e Gustavo Mello, em Blog da Boitempo
A cena grotesca de um governador de extrema direita dando golpes de martelo no ritual de leilão de escolas estatais na bolsa de valores é também a celebração de quem avança mais alguns passos no projeto de colocar a educação do povo a serviço do poder. Pagando tributo ao imaginário patriarcal, o gesto busca expressar agressividade, virilidade, força, e implicitamente faz um elogio da destruição — destruição de tudo aquilo que foge às garras do mercado, que não serve exclusivamente para garantir o acúmulo de poder econômico e político. (mais…)